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Anvisa autoriza retomada de testes da CoronaVac

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Testes foram suspensos na segunda-feira (9), após morte de voluntário. Pausa levou a embate entre a Anvisa e o Instituto Butantan, que tem parceria para fabricar a vacina e conduzir ensaios no Brasil. Disputa também opõe Bolsonaro e Doria.

” A ANVISA informa que acaba de autorizar a retomada do estudo clínico relacionado à vacina Coronavac, que tem como patrocinador o Instituto Butantan”, disse a agência, em nota.
Os testes haviam sido suspensos pela Anvisa, há dois dias, por causa da morte de um dos voluntários. Segundo a nota divulgada pela agência nesta quarta, o “evento adverso grave” que levou à suspensão ainda está sendo investigado. A Anvisa informou que “não está divulgando a natureza” do ocorrido em respeito à privacidade e integridade dos voluntários de pesquisa”.

Na noite de segunda-feira (9), a Anvisa suspendeu temporariamente os testes da CoronaVac no Brasil. Ao fazer o anúncio, a agência citou “evento adverso grave” com voluntário, mas não deu detalhes.
Ainda na noite de segunda, o diretor do Instituto Butantan, que conduz os testes no Brasil, disse à TV Cultura que o incidente era uma morte não relacionada à aplicação vacina.
Na manhã desta terça, o presidente Jair Bolsonaro celebrou a suspensão dos testes e citou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), seu adversário político.
Ainda manhã desta terça, o governo de São Paulo afirmou ser impossível relacionar o “evento adverso grave” à aplicação da vacina no voluntário.
Horas depois, um boletim de ocorrência da Polícia Civil de São Paulo obtido pela TV Globo indicou que a causa da morte do voluntário foi suicídio.
No início da tarde desta terça, a Anvisa disse em entrevista coletiva que a decisão de interromper os testes da CoronaVac foi “técnica” e baseada na falta de informações.

Na nota divulgada nesta quarta em que anunciou a retomada do estudo clínico, a agência disse: “A Anvisa entende que tem subsídios suficientes para permitir a retomada da vacinação e segue acompanhando a investigação do desfecho do caso para que seja definida a possível relação de causalidade entre o EAG [evento adverso grave] inesperado e a vacina”.
Em nota, o diretor do Butantan, Dimas Covas, afirmou que a retomada dos testes é “uma excelente notícia” e que espera continuar o estudo “o mais rapidamente possível”.

Em setembro, o governo de São Paulo acordou a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, que já esteve no centro de uma disputa envolvendo Bolsonaro, o Ministério da Saúde e Doria. O acordo prevê que a Sinovac vai transferir tecnologia de produção para o Brasil por meio do Butantan, que é ligado à Secretaria de Saúde de São Paulo.

Bolsonaro e Doria divergem desde o início do ano sobre as medidas contra a pandemia de Covid-19 e se tornaram adversários políticos declarados.

Os testes haviam sido suspensos pela agência na noite de segunda-feira (9). Na ocasião, a Anvisa disse, sem dar detalhes, que um “evento adverso grave” havia ocorrido.

A suspensão levou a um embate entre a agência e o Instituto Butantan, em São Paulo, que tem uma parceria com a Sinovac para fabricar a vacina e conduzir os ensaios de fase 3 no Brasil. Logo após o anúncio da pausa, o diretor do instituto, Dimas Covas, disse estranhar a decisão da agência, porque o evento adverso se tratava de um “óbito não relacionado à vacina”.

Na terça-feira (10), um boletim de ocorrência obtido pela TV Globo indicou que a morte do voluntário foi um suicídio.

Pouco depois, em coletiva de imprensa, o diretor da Anvisa, Antonio Barra Torres, disse que “objetivamente, não havia essa informação [sobre a causa da morte] entre as que recebemos ontem [segunda-feira]”. Ele afirmou que a suspensão dos testes da CoronaVac foi “técnica” e baseada na falta de informações.

O Butantan, por outro lado, afirmou ter enviado duas vezes cópias das notificações à Anvisa sobre a morte do voluntário (veja detalhes). O instituto disse que as informações sobre o caso foram enviadas pela primeira vez na sexta-feira (6) e reenviadas no começo da noite de segunda (9), horas antes de a suspensão do estudo ser comunicada à imprensa.

Conforme a nota publicada pela Anvisa nesta quarta (11), entretanto, a causa do evento adverso grave não havia sido informada até o dia 9 de novembro, nem o boletim de ocorrência relacionado a ele havia sido enviado até essa data.

A agência afirma que a causa em investigação foi informada apenas na manhã de terça (10), e, depois, foi enviada oficialmente às 16h41 do mesmo dia. Já o boletim de ocorrência foi enviado às 23h43.

A outra informação que a Anvisa diz ter obtido também na terça-feira (10) foram os dados do comitê internacional de segurança sobre os testes. O diretor da agência havia anunciado que a suspensão dos ensaios seria mantida até que essas informações fossem apresentadas. Essa era a última atualização do caso até esta quarta-feira (11).

Declarações do presidente
A disputa também envolve o presidente Jair Bolsonaro. Na terça-feira (10) – portanto depois que o diretor do Butantan havia dito que o evento adverso se tratava de uma morte – , o presidente escreveu, em uma rede social, que a suspensão dos testes da CoronaVac era “mais uma que Jair Bolsonaro ganha”.

“Morte, invalidez, anomalia. Esta é a vacina que o Doria queria obrigar a todos os paulistanos tomá-la. O presidente disse que a vacina jamais poderia ser obrigatória. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”, escreveu Bolsonaro.
No texto, o presidente se refere a João Doria (PSDB), governador de São Paulo. A referência se deve ao fato de que o acordo que foi firmado entre o Butantan e o laboratório Sinovac foi assinado pelo governador, já que o instituto, público, é vinculado à Secretaria de Saúde de São Paulo. O trato previa a compra de 46 milhões de doses da vacina e a transferência de tecnologia para o Brasil, para que o Butantan pudesse produzir a CoronaVac em solo brasileiro.

O acordo entre Butantan e Sinovac já havia sido motivo de disputa entre o governo estadual de São Paulo e o governo federal. No fim de outubro, o Ministério da Saúde anunciou que compraria a vacina desenvolvida pelo laboratório chinês. A negociação, entretanto, foi desautorizada por Bolsonaro.

 

 

 

FONTE G1

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Saúde

Brasil passa de 4 milhões de casos de dengue; mortes chegam a 1.937

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O Brasil passou de 4 milhões de casos de dengue registrados neste ano, conforme atualização do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde nesta segunda-feira (29). No total, 4.127.571 casos prováveis da doença foram notificados em todo o país nos quatro primeiros meses.

Quanto às mortes por dengue, 1.937 foram confirmadas e 2.345 estão sob investigação. O coeficiente de incidência da doença no país é 2.032,7 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

A faixa etária mais afetada é de 20 a 29 anos, que concentra a maior parte dos casos. Já a faixa etária menos atingida é a de crianças menores de 1 ano, seguida por pessoas com 80 anos ou mais e por crianças de 1 a 4 anos.

As unidades da Federação com maior incidência da doença são Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, Goiás e Santa Catarina.

Projeções divulgadas no início do ano apontam que os casos de dengue no país podem chegar a 4.225.885.

 

Fonte: Agência Brasil.

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Destaque

 Hospitais de referência suspenderão atendimento eletivo a segurados do IPE Saúde na próxima semana

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Crédito Foto: Edivan Rosa/Critério
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Diante da falta de condições de sustentabilidade para continuar prestando os serviços ao IPE Saúde, devido aos novos modelos de remuneração adotados em 1º de abril, 18 hospitais de referência do estado vão suspender o atendimento eletivo aos segurados do IPE na próxima segunda-feira (6). A medida foi comunicada ao órgão e anunciada em entrevista coletiva hoje (29).

Há vários meses, as instituições vêm tentando demonstrar ao IPE o impacto negativo que o novo modelo trará aos hospitais que atuam na média e alta complexidade. No começo do mês, uma liminar suspendeu as tabelas para mais de 10 hospitais, mas a decisão foi cassada pela desembargadora Laura Louzada Jaccottet, da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do RS.

“Entendemos como necessária a reestruturação do IPE. Mas isso não pode ser feito de forma unilateral e impositiva, obrigando os hospitais a custear esse processo, comprometendo a própria sobrevivência dos hospitais e, consequentemente, a manutenção do atendimento de milhões de gaúchos”, alerta Júlio Dornelles de Matos, diretor-geral da Santa Casa de Porto Alegre.

A suspensão impactará mais de 25 mil pacientes que possuem procedimentos eletivos já agendados a partir da próxima segunda, como cirurgias, exames, consultas e procedimentos. A nominata foi entregue ao IPE Saúde e os pacientes serão comunicados dos cancelamentos durante esta semana.

As novas tabelas de remuneração dizem respeito ao ressarcimento sobre medicamentos, diárias e taxas para as instituições que atendem pelo IPE Saúde. No entanto, para os hospitais credenciados que atuam com alta complexidade, a medida representaria R$ 154 milhões de prejuízo ao ano, segundo estudo da Federação RS – Santas Casas e Hospitais sem Fins Lucrativos e da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Rio Grande do Sul (Fehosul).

Na notificação enviada hoje, as instituições adiantam, também, o início do processo de descredenciamento do IPE Saúde, caso não haja uma solução para o tema.

“Não gostaríamos de tomar essa medida, mas ela é necessária para evitar uma desassistência ainda maior para a população”, afirma Rogério Franklin, presidente em exercício da Federação RS.

“Esperamos que haja um rápido julgamento do tema pelo colegiado da 2ª Câmara Cível do TJRS e, também, que o Judiciário auxilie na mediação desse tema”, acrescenta Cláudio Allgayer, presidente da Fehosul.

As instituições de referência prestam serviços como emergência adulta e pediátrica, tratamento do câncer, cirurgias cardíacas, neurocirurgias, transplantes, gestações de alto risco, neonatologia, UTIs, além de outros exames e procedimentos especializados.

A coletiva contou com a participação de representantes dos hospitais de referência, do Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers), da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS) e do Sindicato Médico do RS (Simers).

Como funcionará a suspensão

A partir da próxima segunda-feira (6), os hospitais de referência suspenderão todos os atendimentos eletivos já agendados a partir dessa data, incluindo exames diagnósticos, consultas, internações e procedimentos para 25.446 segurados do IPE. Cirurgias, exames e consultas marcadas até domingo (5) serão realizadas normalmente para mais de 6.800 pacientes.

As instituições continuarão atendendo mais de 2.400 pacientes já internados ou em radioterapia, quimioterapia e hemodiálise. Nas emergências, serão atendidos apenas casos de risco de vida iminente, após triagem com adoção dos protocolos de classificação de risco.

A suspensão afetará os seguintes hospitais:
•    Hospital Divina (Porto Alegre)
•    Hospital Ernesto Dornelles (Porto Alegre)
•    Hospital Mãe de Deus (Porto Alegre)
•    Hospital São Lucas da PUCRS (Porto Alegre)
•    Santa Casa de Porto Alegre
•    Hospital Tacchini (Bento Gonçalves)
•    Hospital de Caridade de Cachoeira do Sul
•    Hospital Santa Lúcia (Cruz Alta)
•    Hospital de Caridade de Erechim
•    Hospital Dom João Becker (Gravataí)
•    Hospital de Clínicas de Ijuí
•    Hospital Bruno Born (Lajeado)
•    Hospital de Clínicas de Passo Fundo
•    Hospital São Vicente de Paulo (Passo Fundo)
•    Complexo Hospitalar Astrogildo de Azevedo (Santa Maria)
•    Hospital Vida e Saúde (Santa Rosa)
•    Hospital Ivan Goulart (São Borja)
•    Hospital Sapiranga

Hospitais tentam adequação desde 2009
Desde 2009, os hospitais gaúchos tentam adequar seu relacionamento com o IPE Saúde, como foi feito com as demais operadoras de saúde do país, para cumprir a Resolução 03/2009, da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). As novas regras federais exigiram a negociação das margens de remuneração às instituições, que garanta condições de reinvestimento como compra de novos aparelhos e manutenção diária dos serviços.
Somente em 2018 houve a migração do IPE para o novo modelo. No entanto, a partir de 2019, o órgão começou a adotar medidas unilaterais e impositivas, alterando regras e modelos de contraprestação, ignorando as condições de cada instituição. Isso foi reduzindo as margens, fazendo com que os hospitais passassem a trabalhar com um índice próximo de zero.

Recentemente, o IPE começou a discutir novas tabelas de remuneração sobre medicamentos, diárias e taxas que, após estudo das federações, constatou-se que trariam um prejuízo anual de R$ 154 milhões para 13 hospitais de referência. As instituições vêm tentando dialogar com o Governo do Estado por adequações, sem sucesso.

No Hospital Ernesto Dornelles, de Porto Alegre, maior prestador de atendimentos para o IPE (183 mil atendimentos ao ano), o prejuízo seria de R$ 40,6 milhões com as novas regras. Na Santa Casa de Porto Alegre, que faz 129 mil atendimentos ao ano, as perdas seriam de R$ 16,7 milhões. Já para o Hospital Astrogildo de Azevedo, de Santa Maria (101 mil atendimentos/ano), o prejuízo seria de R$ 68,4 milhões.

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Geral

FUMSSAR realizou ações para o Abril Verde

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Foto: Divulgação/ Prefeitura de Santa Rosa
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A FUMSSAR por meio da equipe do CEREST Fronteira Noroeste, promoveu no sábado (27), um mutirão de prevenção e cuidado à saúde e segurança dos trabalhadores. A ação fez parte da campanha Abril Verde, que tem como foco, a conscientização de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. As atividades foram realizadas na Praça da Bandeira. Cerca de 200 pessoas foram abordadas com a entrega de orientações sobre a saúde do trabalhador e informações de saúde mental. Também foram disponibilizados, gratuitamente, testes de glicemia e verificação da pressão arterial.

Na oportunidade, foi celebrado o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, comemorado no dia 28 de abril. A equipe do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador circulou pelo comércio e conversou com os trabalhadores. A Coordenadora do Cerest Fonteira Noroeste, Luciana Buuron, destacou o objetivo principal do Abril Verde, “Esta é uma importante campanha que alerta a população de que os acidentes de trabalho não ocorrem por acaso. É necessária a conscientização de todos, empregadores e trabalhadores, para que sejam realizadas ações de prevenção garantindo um ambiente de trabalho seguro e saudável. Com medidas simples, podemos prevenir acidentes, doenças ocupacionais e promover a saúde e o bem-estar de todos”.

A atividade contou com o apoio do SEST SENAT e a presença do personagem do mosquito da dengue e da mascote CERESTINA. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), anualmente, quase 2 milhões de pessoas morrem de causas relacionadas ao trabalho no mundo. Além disso, ocorrem mais de 270 milhões de acidentes e mais de 160 milhões de doenças ocupacionais são diagnosticadas por ano.

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