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Leite muda estratégia para tentar convencer aliados a aprovar pacote

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Como parte da estratégia adotada após parte da base aliada se rebelar contra o projeto de lei que altera o plano de carreira do magistério, o governador Eduardo Leite (PSDB) promoveu novo encontro com a imprensa, na manhã desta quinta-feira, para falar do pacote das reformas administrativa e previdenciária. No Galpão Crioulo do Piratini, Leite permaneceu durante duas horas apresentando ou reapresentando números e respondendo a questionamentos. Apesar de algumas perguntas abordarem outros pontos do pacote, como a série de mudanças na previdência dos servidores, ou questões que vem sendo a ele relacionadas, como a política de incentivos fiscais do Estado, o governo focou o encontro nas alterações pretendidas pelo Executivo no plano de carreira do magistério.

A reunião marcou também uma alteração no tom do governador. Pela primeira vez, apesar de destacar sua disposição ao diálogo, ele adotou publicamente termos pesados para se referir ao sindicato que representa categorias de servidores da Educação, o Cpers, ou a reivindicações históricas acerca do pagamento do piso nacional.

“A lógica de combate do sindicato, ela é maldosa e desonesta. Porque coloca todos os governadores, de todos os partidos, em todo este tempo, como cruéis e desumanos. Como se houvesse uma tara, uma sina em maltratar professor. Isto é um absurdo, uma sandice, e nos mantêm imóveis e inertes em uma situação há 40 anos”, disparou Leite, ao ser questionado sobre se poderia ser feita alguma projeção para que os professores tivessem os salários elevados nos próximos anos. Na sequência, o governador completou que se a categoria seguir com a mesma ideia, “continuará perdendo.”

Sobre as diferenças nas médias salariais das áreas da educação e da segurança e o fato de que a segurança, apesar de ser a segunda categoria em número de vínculos, deter médias remuneratórias bem mais altas do que o magistério, Leite assinalou que não há qualquer possibilidade de que se repita a política de reajustes concedida a segurança no governo Tarso Genro (PT), que se estendeu pelo governo de José Sartori (MDB) e que praticamente dobrou as médias remuneratórias. “Foi feita uma opção naquele momento. O Estado fez aquela escolha quando tinha uma condição, que na verdade mesmo já não tinha. Primeiro usou depósitos judiciais. Depois começou a atrasar salários. Não estou aqui culpando uma categoria. Os reajustes foram meritórios. Mas o Estado não consegue voltar a fazer uma coisa como esta.”

Sobre o questionamento de que a adoção do pagamento por subsídio tanto para o magistério como para policiais vai gerar quebra na paridade e na integralidade entre ativos e inativos, quem respondeu não foi Leite e sim o procurador-geral do Estado, Eduardo Cunha da Costa. “Entendemos que não há quebra da paridade. A mudança para o subsídio é essencial para a transparência”, afirmou.

A alteração na estratégia do governo ocorre após a greve do magistério ter ganhado corpo; de integrantes de diferentes partidos da base, como o PP e o PSB, revelarem publicamente que votarão contra o projeto que altera o plano de carreira caso ele não seja modificado; e de a bancada do MDB, maior sigla aliada, com oito votos no Parlamento, emitir nota oficial informando que também não concorda com o PL do magistério, que ele vai precisar ser modificado e que é necessário mais tempo para avaliação do texto, enviado em regime de urgência. Os aliados, assim como diferentes entidades de servidores, assinalam que os números apresentados pelo próprio governo ajudam a reforçar os argumentos contra a proposta do Executivo. Por ela, um professor no início de carreira (primeiro nível, primeira classe) em regime de 40 horas, que hoje recebe R$ 1.260,20, passaria a receber R$ 2.557,80. Já o professor no fim de carreira (último nível, última classe), com pós-graduação, que pela tabela atual recebe R$ 3.780,60, teria um aumento de R$ 100,00, passando para R$ 3.887,30. Para os críticos do projeto, a alteração, somada ao fim de uma série de vantagens e a política de ajuste fiscal com congelamento do orçamento, vai resultar em um nivelamento para baixo das remunerações.

O Executivo, por sua vez, que inicialmente demonstrava confiança na aprovação rápida das medidas, agora se desdobra em reuniões e ‘aulões’ na tentativa de convencer aliados. No twitter do governador, há uma profusão de postagens sobre a Reforma RS, o nome adotado pelo governo para o conjunto das mudanças. Na busca do Google, o usuário que nesta quinta-feira procurava pelo termo ‘governo RS’ encontrava, no topo da lista, um endereço identificado como anúncio: ‘Estado.rs.gov.br/Reforma RS/Não é Contra Ninguém’.

Frases do governador

“Temos condições de fazer e vamos ao extremo para fazer (as mudanças) dentro deste ano.”

“Não aceito que se diga que os professores estão pagando a conta. Não é verdade.”

“O Cpers nos apresentou uma demanda de 28% de reajuste. 28%, 30%, 100% de reajuste, não mexe em muitos professores, porque esta tabela (atual) causa esta enorme distorção. O primeiro passo para voltar a ganhar é parar de perder.”

“O Cpers distorce informações em benefício das suas teses. A lei nacional do piso criou uma imensa distorção.”

“A lógica de combate do sindicato, ela é maldosa e desonesta. Porque coloca todos os governadores, de todos os partidos, em todo este tempo, como cruéis e desumanos. Como se houvesse uma tara, uma sina em maltratar professor. Isto é um absurdo, uma sandice, e nos mantêm imóveis e inertes em uma situação há 40 anos.”

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Vereador propõe Projeto de Lei para Revogação de Diárias na Câmara de Vereadores de Crissiumal

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Foto: Redes Sociais
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O Vereador Almiro Carvalho dos Santos (PSB) de Crissiumal, protocolou na manhã desta quarta-feira, dia 2 de abril, o Projeto de Resolução do Legislativo nº 07/2025, que propõe a Revogação das Resoluções de Mesa Diretora nº 003, 007 e 013 de 2023 da Câmara Municipal de Vereadores de Crissiumal. O objetivo da iniciativa é aumentar a transparência e garantir economicidade aos cofres públicos.
De acordo com o texto do projeto, a partir da Revogação das referidas Resoluções, não haverá mais pagamento de diárias fixas aos vereadores e servidores da Câmara que participarem de cursos, treinamentos, congressos ou reuniões em outros municípios. Ao invés disso, os deslocamentos serão reembolsados com base nas despesas efetivamente comprovadas com alimentação, transporte e hospedagem, mediante apresentação de notas fiscais.
Segundo o Vereador Almiro dos Santos, a proposta tem como finalidade evitar que as diárias sejam utilizadas como complemento salarial. “Nós, vereadores, já recebemos um salário mensal para desempenhar nossa função. As diárias devem apenas cobrir os custos reais das viagens necessárias para capacitação ou captação de recursos ao município, e não servir como forma de gerar ganhos extras”, justificou Almiro.
O projeto também prevê que os valores referentes a deslocamentos serão indenizados conforme a modalidade de transporte utilizada. Caso seja um veículo oficial da Câmara, será pago o abastecimento e eventuais pedágios. Para transportes coletivos, serão reembolsadas passagens de ônibus ou avião, sempre com a devida autorização da Presidência da Casa.
Outro ponto do projeto estabelece que a capacitação de servidores também passará por avaliação da presidência da Câmara, que irá analisar a pertinência dos pedidos. Os reembolsos serão efetuados em até cinco dias úteis após a apresentação das notas fiscais e um relatório descritivo das atividades realizadas.
Com essa medida, Almiro dos Santos acredita que haverá uma economia significativa nos recursos da Câmara, possibilitando uma maior devolução de verbas ao Executivo municipal ao final do ano. “Com esse dinheiro, poderemos contribuir para obras e serviços que beneficiem toda a população crissiumalense”, ressaltou o vereador ao Gaudério News
O projeto agora segue para análise e votação na Câmara Municipal.
Fonte: Gaudério News.
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Política

Ronaldo Caiado afirma que irá lançar chapa com Gusttavo Lima à Presidência

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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), disse nesta quarta-feira (5), que deve começar em breve a pré-campanha à Presidência da República de 2026 ao lado do cantor Gusttavo Lima. O evento de lançamento da chapa está agendado para o dia 4 de abril, em Salvador. Caiado ressaltou que a parceria com Lima está confirmada, mesmo que a filiação partidária do cantor ainda não tenha sido definida e possa ocorrer apenas no ano da eleição.

 

Fonte: Jovem Pan.

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Bancada do PT elege fim da escala 6×1 e isenção do Imposto de Renda como pautas para “salvar” popularidade de Lula

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A bancada do PT na Câmara, liderada por Lindbergh Farias (RJ), elegeu o fim da escala 6×1 (seis dias de trabalho e um de descanso) como uma de suas principais bandeiras na disputa política neste ano. O outro foco é a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. A avaliação entre petistas é de que será preciso intensificar a defesa de medidas populares no Congresso para tentar alavancar a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com foco na tentativa de reeleição em 2026.

Ainda não está definido se o próprio governo fará campanha pela redução da jornada de trabalho no comércio e em parte do setor de serviços, mas a bancada se preparar para centrar esforços na discussão, já a partir da próxima semana. A investida ocorre num momento em que o governo muda sua articulação política e entrega a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) para o comando da presidente do PT, Gleisi Hoffmann.

No último dia 25, a deputada Erika Hilton (PSOL-SP) protocolou uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que estabelece a escala 4×3 (quatro dias de trabalho e três de descanso). O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) também é autor de uma PEC que trata do assunto.

Petistas ainda apostam que a mudança na SRI deixará a equipe de Lula mais coesa nesse debate político. A escolha de Gleisi também faz parte do “modo campanha” adotado pelo governo Lula, após a popularidade da gestão Lula 3 despencar. O perfil combativo da presidente do PT, que é popular entre a militância da sigla, foi levado em conta no xadrez da reforma ministerial.

Ao longo dos últimos dois anos, Lula estabeleceu um “tripé de rejeição”, até amargar o derretimento da popularidade em todo o País. Os três fatores que empurram o governo ladeira abaixo são apontados por integrantes da própria base aliada a Lula: erros na economia, apatia política e desconexão com a vida real do brasileiro.

 

Fonte: Estadão Conteúdo.

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