Quantos presos voltam a cometer crimes no Brasil? Entenda fatores que favorecem a reincidência
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Quantos presos voltam a cometer crimes no Brasil? Entenda fatores que favorecem a reincidência

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Foto: Epitácio Pessoa/Estadão

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O Brasil, com a terceira maior população carcerária do mundo, com cerca de 827 mil presos, enfrenta um alto índice de reincidência. Estudos indicam que cerca de um terço dos indivíduos que cumprem pena acabam retornando ao sistema prisional, apesar da falta de números oficiais precisos.

A precariedade do sistema carcerário, as condições socioeconômicas adversas e a ausência de políticas públicas voltadas para a reintegração dos egressos são fatores que contribuem para esse cenário. Além disso, há críticas sobre benefícios legais, como as saídas temporárias das cadeias, que são vistas como facilitadoras para a reincidência.

Um levantamento do Instituto Igarapé, baseado em 111 estudos empíricos, aponta que a reincidência criminal no Brasil chega a 32%. O relatório, publicado em 2022, abrange dados de quatro décadas. Outro estudo, realizado pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen) em colaboração com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), revela taxas um pouco mais altas: 37,6% de reincidência para novos crimes dentro de cinco anos e 42,5% considerando qualquer nova entrada no sistema prisional, sem necessariamente uma nova sentença.

Os dados sobre reincidência são fornecidos apenas por alguns estados, e a falta de uniformidade nos dados compromete a análise. A pesquisa do Depen, por exemplo, usa dados de 13 estados, excluindo alguns dos maiores, como Rio de Janeiro e Minas Gerais. Melina Risso, diretora de pesquisa do Instituto Igarapé, ressalta que a falta de um banco de dados completo contribui para a alta taxa de reincidência. “Sistematizar informações é essencial para a formulação eficaz de políticas públicas que promovam a reintegração social e a redução da reincidência.”

Causas da reincidência

Especialistas identificam vários fatores para a reincidência criminal no Brasil, incluindo problemas estruturais nos presídios, falhas na legislação e ineficiência do Estado na reintegração social. O delegado Fernando Veloso, ex-secretário de Administração Penitenciária, afirma que “a deficiência do Estado em prover oportunidades para quem entrou no sistema é evidente.” Ele também aponta que muitos presos são rapidamente associados a facções criminosas, elevando o risco de envolvimento em novos delitos. Além disso, o ambiente prisional pode funcionar como uma “escola” do crime, onde estratégias e redes de contatos são compartilhadas.

Recentemente, um evento que chamou a atenção foi a fuga de dois detentos ligados ao Comando Vermelho de um presídio federal em Mossoró (RN), o que ressaltou a fragilidade do sistema carcerário.

O ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Marcos Carneiro, menciona o sequestro do empresário Abílio Diniz, em 1989, para ilustrar como o próprio sistema prisional pode incentivar novos crimes. Ele conta que após a prisão da quadrilha envolvida, os detentos produziram uma cartilha sobre como cometer sequestros, demonstrando a falha do sistema em evitar a reincidência.

O estudo do Depen também indica que a reincidência está frequentemente associada aos mesmos tipos de crimes que levaram à primeira condenação, como delitos contra o patrimônio. No entanto, também há registros de novos crimes após a liberação, como homicídios cometidos por ex-detentos anteriormente condenados por crimes relacionados a drogas.

Questões sobre a aplicação da lei

Há uma percepção de que a polícia prende e a Justiça solta, o que gera críticas. Thiago Bottino, professor de Direito da FGV Rio, observa que essa ideia é “verdadeira e falsa ao mesmo tempo”. Ele explica que o policial que realiza a prisão pode não ter formação jurídica aprofundada, e o delegado, embora formado em Direito, pode ter uma análise jurídica limitada. A Justiça muitas vezes atua conforme a lei, e lacunas na investigação ou no processo podem influenciar a decisão.

Críticas à legislação e propostas de mudança

A Lei de Execução Penal prevê benefícios como a “saidinha”, que permite a saída temporária dos presos em datas comemorativas. Um projeto de lei em tramitação no Senado busca restringir esse benefício, com críticas de que a saidinha contribui para a reincidência. O ex-deputado Guilherme Derrite, relator do projeto, argumenta que a saidinha tem sido usada por indivíduos reincidentes.

Outro caso que reacendeu o debate sobre a saidinha foi a morte de um sargento da Polícia Militar em Belo Horizonte, causado por um detento que estava no regime semiaberto e havia obtido o direito de saída temporária.

O promotor Alexandre Daruge defende a revisão, mas não a extinção do benefício. “É necessário equalizar e restringir um pouco as saídas em bloco, prezando pela segurança pública”, afirma Daruge.

Além disso, há propostas no Congresso para restringir a progressão de regime, especialmente para crimes graves. Algumas propostas incluem o monitoramento eletrônico obrigatório para todos os presos que passam para regimes aberto ou semiaberto, embora isso enfrente desafios logísticos.

O juiz Luís Geraldo Lanfredi defende a progressão de pena, ressaltando que ela é baseada em avaliações objetivas e subjetivas que, se bem aplicadas, podem reduzir a reincidência.

Soluções para reduzir a reincidência

Fernando Veloso sugere que o foco deve ser evitar que indivíduos presos pela primeira vez se tornem reincidentes. “É importante distinguir entre crimes violentos e não violentos e manter benefícios para aqueles que não cometeram violência”, afirma.

André Vilela Komatsu, da USP, acredita que endurecer a legislação não é a solução. “É necessário implementar políticas de desencarceramento para crimes menores e combinar essas políticas com ações voltadas à inclusão e igualdade social.”

O levantamento do Instituto Igarapé indica que apenas 14 estados têm programas de reintegração social para presos, que incluem trabalho, educação e assistência social. “Investir em programas que auxiliem na transição do sistema prisional para a vida em liberdade é crucial”, conclui Risso.

Fonte: Estadão

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Pesquisa indica que, em média, uma pessoa faz sexo cerca de 52 vezes por ano

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As mulheres que fazem sexo menos de uma vez por semana podem ter mais probabilidade de morrer cedo do que aquelas que se envolvem em relações sexuais com maior frequência, é o que sugere um novo estudo feito nos Estados Unidos. Além disso, os pesquisadores também notaram que o sexo mais frequente reduz as chances de morte precoce em homens e mulheres com depressão.

No artigo, os autores comentaram que a atividade sexual é importante para a saúde cardiovascular geral dos humanos, possivelmente devido à redução da variabilidade da frequência cardíaca e ao aumento do fluxo sanguíneo. “Usando as descobertas do nosso estudo, podemos inferir que a atividade sexual pode melhorar a perda de função que pode ocorrer com a idade e a progressão da doença”, disseram os investigadores.

 

A importância da vida sexual

Para chegar a qualquer conclusão, os pesquisadores analisaram dados de 14.542 indivíduos dos EUA registrados como parte de uma pesquisa nacional de saúde feita entre 2005 e 2010. No total, 2.267 participantes forneceram detalhes sobre suas vidas sexuais, com 94,4% deles afirmando terem relações pelo menos uma vez por mês. Além disso, 38,4% responderam fazer sexo mais de uma vez por semana.

Estudos anteriores já indicavam que os norte-americanos médios faziam sexo 54 vezes por ano — o que se aproxima de uma vez por semana. Então, os pesquisadores decidiram classificar as pessoas entre aquelas com alta e baixa frequência sexual, dependendo se tinham relações acima ou abaixo dessa média.

No geral, mulheres com baixa frequência sexual tinham 1,7 vezes mais probabilidade de morrer por qualquer causa até o final de 2015 do que aquelas com vidas sexuais mais agitadas. Apesar de não encontrar a mesma resposta em homens, os pesquisadores ficaram surpresos ao observar que a relação sexual parecia ter um efeito direto no impacto da depressão para a saúde de ambos os sexos.

 

Efeitos benéficos

Mesmo após ajustar fatores de risco, como obesidade, idade avançada e status socioeconômico, os autores chegaram a conclusão de que pessoas que sofriam de pressão tinham cerca de três vezes mais probabilidade de morrer durante um período de baixa frequência sexual.

 

Fonte: Mega Curioso.

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Donos da globo ficam 16 bilhões mais ricos em 2024 segundo a forbes

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O patrimônio dos donos do Grupo Globo disparou R$ 16 bilhðes, cerca de US$ 2,8 bilhões, no último ano, segundo divulgou a revista Forbes. A empresa pertence a João Roberto Marinho, José Roberto Marinho e Roberto Irineu Marinho. Juntos, eles possuem uma fortuna de US$ 9 bilhões, cerca de R$ 51 bilhões.

No ranking de 2024, os três proprietários da Globo tinham um patrimônio total de US$ 6,2 bilhões (R$ 35,4 bilhões). Porém, mesmo com a alta do dólar em relação ao real, o patrimônio da família Marinho cresceu cerca de 45% em um ano.

A Forbes divulgou que cada filho de Roberto Marinho, fundador da emissora Rede Globo, possui uma fortuna de US$ 3 bilhões, cerca de R$ 17 bilhões. A família, contudo, não é apenas dona do canal de televisão, eles são proprietários do portal g1, Globoplay, emissoras de rádio (como CBN e Rádio Globo), editora de livros, jornais e revistas impressas, além da produtora Globo Filmes.

O filho mais velho de Roberto Marinho, o Roberto Irineu Marinho também é proprietário da Fazenda Sertãozinho, que produz o café gourmet Orfeu.

 

Valor total do ativo de Globo cresce em 2024

A Forbes não detalhou qual calculo foi realizado para determinar o patrimônio da família Marinho. O último levantamento divulgado pelo Grupo Globo mostra que o total do ativo da companhia também cresceu.

Em 2023, a Globo possuia R$ 27 bilhões em ativos, valor que subiu para R$ 30,9 bilhões em 2024.

O lucro líquido do Grupo Globo mais que dobrou no último ano, de R$ 838 milhões em 2023 para R$ 1,9 bilhão em 2024. A companhia registra o lucro depois de uma grande reestruturação, que contou com a venda de ativos e demissão de atores, diretores, autores, produtores. apresentadores e profissionais de outras funções.

Além disso, a Globo também pode ter sido beneficiada com a mudança do governo federal. A gestão Luiz Inácio Lula da Silva tem investido em publicidade nas empresas do grupo. Como mostrou Oeste, na soma de 2023 e 2024, o governo repassou mais de R$ 300 milhões para 0 conglomerado de mídia.

Segundo dados da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, o valor destinado pelo governo Lula ao Grupo
Globo supera o montante de R$ 177 milhões que o Palácio do Planalto enviou à companhia durante a Presidência de Jair Bolsonaro, entre 2019 e 2022.

 

Fonte: Revista Oeste.

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Igreja Batista Filadélfia realiza bazar com preços acessíveis no dia 12 de abril

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A Igreja Batista Filadélfia de Santa Rosa promove no próximo sábado, dia 12 de abril, a 2ºedição do bazar solidário do projeto “Mãos Que Servem”, com uma proposta que une solidariedade, economia e cuidado com a comunidade.

O evento acontece das 9h às 14h, nas dependências da igreja, e contará com uma grande variedade de peças de roupas infantis, juvenis e adultas, todas em ótimo estado de conservação.

O destaque do bazar é o preço fixo de R$ 5,00 para a maioria dos itens. Além disso, haverá uma sessão especial com peças selecionadas com valores de R$ 10, R$ 20 e R$ 30, oferecendo opções acessíveis para todos os gostos e necessidades.

Essa é a segunda edição do bazar, que já se consolidou como uma importante ação social da Igreja Batista Filadélfia. A iniciativa faz parte do projeto “Mãos Que Servem”, que visa atender pessoas em situação de vulnerabilidade e promover a solidariedade por meio do voluntariado.

O evento também marca uma data especial para a comunidade: neste mês de abril, a Igreja Batista Filadélfia completa 72 anos de história em Santa Rosa, reforçando seu compromisso com o serviço cristão e o apoio à população local.

 

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