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Usada desde a Antiguidade, árvore-da-castidade era associada à redução da libido

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Foto: willstandish / iNaturalist

A árvore-da-castidade (Vitex agnus-castus), utilizada desde a Antiguidade, é originária da região Mediterrânea, estendendo-se do sul da Europa até a Ásia Ocidental, sendo amplamente reconhecida por suas propriedades históricas.

O termo agnus-castus deriva do grego “ἀγνοῦς” (puro, casto) e do latim “castus” (castidade), refletindo suas propriedades anafrodisíacas, que historicamente eram associadas à redução da libido. Desde o século 6 a.C., monges utilizavam as folhas da árvore para auxiliar na manutenção do celibato.

Escritos antigos, como os de Dioscórides, destacavam o uso das folhas da árvore-da-castidade para esse fim. Plínio, o Velho, mencionava que ela era empregada pelas mulheres atenienses, colocada em suas camas durante as ausências dos maridos, como um símbolo de fidelidade.

No Brasil, a planta se naturalizou nas regiões Nordeste e Sudeste, encontrada em vegetações de áreas antrópicas.

Atualmente, segundo a botânica Carolina Ferreira, suas propriedades medicinais são aplicadas no tratamento de irregularidades do ciclo menstrual, como sangramentos irregulares, ausência de menstruação e sintomas de TPM, como dor nas mamas e retenção de líquidos. Também é usada para tratar hiperprolactinemia e infertilidade relacionada a baixos níveis de progesterona ou insuficiência do corpo lúteo.

Além disso, a planta demonstra propriedades antimicrobianas, antifúngicas, repelentes de insetos, larvicidas, antiepilépticas, e é estudada por suas atividades anti-inflamatórias.

Carolina alerta que o uso de Vitex agnus-castus deve ser evitado durante a gravidez e a lactação, assim como em combinação com certos medicamentos antipsicóticos. Recomenda-se cautela ao utilizar com contraceptivos orais e terapias de reposição hormonal.

As formas de uso incluem comprimidos fitoterápicos, cápsulas, tinturas e chás, disponíveis em lojas físicas e online que vendem ervas medicinais, assim como sementes e mudas para cultivo.

É essencial, conforme destaca a especialista, que o uso de plantas medicinais seja feito com orientação médica, garantindo um consumo consciente e seguro.

Fonte: G1

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