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SpaceX, de Elon Musk, está prestes a realizar a primeira caminhada espacial comercial

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Foto: Divulgação

A SpaceX se prepara para lançar uma missão audaciosa, enviando quatro astronautas particulares a 1.400 km acima da Terra, com o objetivo de realizar a primeira caminhada espacial por uma nave privada.

Chamada de Polaris Dawn, essa missão é a primeira de três voos tripulados que compõem o Programa Polaris, culminando no primeiro voo espacial humano utilizando a nave Starship, desenvolvida pela SpaceX, empresa fundada pelo bilionário Elon Musk.

Aqui estão os detalhes principais sobre o Programa Polaris e a missão Polaris Dawn:

O que é o Programa Polaris? O Programa Polaris é uma série de três missões espaciais tripuladas, concebidas para expandir as capacidades da SpaceX. Após a conclusão dessas missões, o próximo passo será o primeiro voo tripulado a bordo da Starship, que ainda está em fase de testes. Segundo Jared Isaacman, bilionário e comandante do Programa Polaris, “O Programa Polaris é um avanço significativo na exploração espacial humana, ao mesmo tempo em que busca resolver problemas na Terra por meio de tecnologias inovadoras”. Isaacman já comandou a Inspiration4, a primeira missão orbital composta apenas por civis, realizada em setembro de 2021. “Nosso objetivo é inspirar a humanidade a olhar para o alto e imaginar o que podemos alcançar tanto na Terra quanto em outros mundos”, afirma.

O que é a Polaris Dawn? A missão Polaris Dawn está prevista para ser lançada nos próximos dias, assim que as condições climáticas forem favoráveis. O lançamento ocorrerá no Complexo de Lançamento 39A, no Centro Espacial Kennedy, na Flórida. Os astronautas viajarão em uma cápsula SpaceX Dragon, impulsionada por um foguete SpaceX Falcon 9. Para informações sobre o horário exato do lançamento e como acompanhar ao vivo, consulte as atualizações no perfil da Polaris no X (antigo Twitter), no site da SpaceX e no canal da SpaceX no YouTube.

Durante a missão, a tripulação da Polaris Dawn passará até cinco dias em órbita, alcançando a maior altitude já atingida por uma missão Dragon.

A equipe será composta por Jared Isaacman, o tenente-coronel aposentado da Força Aérea dos EUA, Scott Poteet, e as engenheiras de operações espaciais da SpaceX, Sarah Gillis e Anna Menon, que também atuam como treinadoras de astronautas.

Qual é o objetivo da Polaris Dawn? A Polaris Dawn tem três objetivos principais, apesar de sua curta duração em órbita. “Buscamos alcançar a maior órbita terrestre já atingida, realizar a primeira caminhada espacial comercial do mundo e testar a comunicação por laser do sistema Starlink”, explica Isaacman. A caminhada espacial acontecerá a cerca de 700 km acima da Terra.

Embora a cápsula Dragon da SpaceX já tenha sido usada pela NASA em missões tripuladas, nunca houve uma caminhada espacial realizada a partir dela. Isso mudará com a Polaris Dawn, que utilizará trajes extraveiculares especialmente desenvolvidos pela SpaceX.

Além disso, a tripulação conduzirá pesquisas científicas focadas na saúde humana no espaço, abordando questões como doenças descompressivas, radiação espacial e os efeitos de voos espaciais de longa duração.

A Polaris Dawn também seguirá o exemplo da Inspiration4, que arrecadou mais de US$ 240 milhões para o St. Jude Children’s Research Hospital, em Memphis, Tennessee. Durante a missão, haverá uma leitura em órbita de um livro infantil, “Kisses from Space”, escrito por Anna Menon.

A SpaceX pode resgatar o Telescópio Espacial Hubble? Em junho, Isaacman sugeriu que a segunda missão do Programa Polaris poderia incluir uma visita ao Telescópio Espacial Hubble, que precisa de um impulso para evitar sua reentrada descontrolada na atmosfera terrestre, o que levaria à sua queda no chamado “cemitério de naves espaciais” no Oceano Pacífico antes do fim de sua vida útil.

Em maio, a National Public Radio (NPR) obteve e-mails internos da NASA que revelaram preocupações com os riscos de uma caminhada espacial tanto para os astronautas quanto para o Hubble, o que pode impactar os planos de salvamento do telescópio. Além disso, as cápsulas Dragon não possuem câmaras de descompressão nem braços robóticos para capturar o Hubble, o que complica ainda mais a missão.

Fonte: Forbes Brasil

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