De acordo com Mike Krieger, diretor de produto da Anthropic e cofundador do Instagram, um recente avanço técnico teria solucionado esse problema. O chatbot já estava operando em 175 países e, em maio, chegou a Portugal, onde usuários locais testaram sua performance no idioma nativo. O consultor português Rafael Estrela elogiou o Claude como redator, destacando sua citação de fontes confiáveis e suas explicações claras.
A versão gratuita do Claude oferece acesso limitado ao modelo mais recente da Anthropic, o Claude 3.5 Sonnet, que, segundo a empresa, superaria o GPT-4 da OpenAI em testes de linguagem e raciocínio, embora tenha desempenho inferior em alguns desafios matemáticos.
A naturalidade da escrita do Claude é confirmada por um estudo independente realizado por pesquisadores da Universidade de Columbia e da Salesforce, que comparou o desempenho de IAs com o de escritores humanos. Os textos de profissionais eram aprovados em 84,7% das simulações, enquanto os do ChatGPT obtiveram 9% e os do Claude, 30%.
Outro diferencial do Claude é a aba de criação de conteúdo “Artifacts”, que permite aos usuários combinar imagens e textos de maneira mais livre, disponível também na versão gratuita.
O chatbot da Anthropic já chega ao Brasil com aplicativos para smartphones Android e iPhone. “O Brasil pode oferecer uma boa amostra do uso de inteligência artificial na web e no celular,” afirma Krieger, ressaltando o apego dos brasileiros à navegação por smartphones. “Isso pode influenciar nosso planejamento de investimentos, dependendo do sucesso da plataforma nas operações internacionais.”
A habilidade de “visão” do Claude permite interagir com textos manuscritos, esquemas mentais e fotografias. Outra funcionalidade exclusiva é a plataforma de equipes, que custa R$ 165 por integrante para grupos de mais de cinco pessoas. “A ideia é que os usuários possam interagir com o modelo de IA de forma colaborativa, permitindo que os mais experientes ajudem os iniciantes.”
Os serviços do Claude também estarão disponíveis nas nuvens da Amazon e do Google. A Anthropic foi fundada após uma divisão na OpenAI em 2021, motivada por discordâncias sobre práticas de segurança no desenvolvimento de IA. Dario Amodei, CEO da Anthropic, frequentemente destaca a importância de estabelecer salvaguardas para um avanço seguro na tecnologia.
Fonte: Noticias ao minuto