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Pesquisadores utilizam IA para detectar sinais de doença degenerativa em expressões faciais
A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa que provoca uma progressiva fraqueza muscular, levando eventualmente à paralisia motora irreversível, incluindo os músculos faciais. Em busca de compreender melhor os padrões de paralisia facial associados à ELA, pesquisadores estão utilizando inteligência artificial. Em um estudo publicado na revista Digital Biomarkers, o brasileiro Guilherme Oliveira e seus colegas analisaram vídeos de pessoas com ELA e indivíduos saudáveis realizando expressões faciais simples, como sorrir, levantar a sobrancelha ou assoprar uma vela.
Essas informações foram usadas para alimentar a IA, que pode identificar sinais sutis de paralisia facial. “Não é um substituto para exames tradicionais, mas sim uma ferramenta para auxiliar no diagnóstico e monitoramento da doença, sempre sob supervisão médica”, explica Oliveira, que iniciou o estudo durante seu doutorado na Unesp e atualmente trabalha no Instituto Real de Tecnologia de Melbourne (RMIT), na Austrália.