Em entrevista, Danielly Rocha, que reside no prédio há cerca de sete anos, afirmou que tomou essa decisão como um ato de protesto. Segundo ela, outro morador também teria realizado o pagamento com moedas.
“Para mim, isso foi o cúmulo do absurdo. É inviável e perigoso para nós, moradores, sair durante o horário comercial para sacar uma quantia considerável de dinheiro. Não faz sentido. Além disso, o uso de dinheiro em espécie dificulta o controle financeiro e abre espaço para irregularidades na prestação de contas. Isso levanta até questionamentos sobre a verdadeira intenção por trás dessa exigência, não é? Essa foi a maneira que encontrei para demonstrar o quão absurda essa situação é”, disse.
Para conseguir reunir as 1.663 moedas usadas no pagamento, a engenheira eletricista de 30 anos contou com a ajuda de amigos e familiares em uma “força-tarefa”.
“Deu um pouco de trabalho. Foram vários cofrinhos quebrados, na verdade. Meus amigos do trabalho também me ajudaram bastante. Foi uma ação coletiva. Todo mundo se mobilizou para conseguir o máximo de moedas pequenas possível.”