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Médica age rápido e usa embalagem de bolo como máscara de oxigênio para salvar bebê
Em meio à precariedade da saúde pública em Santa Cruz (RS), uma médica plantonista demonstrou grandeza e humanidade ao agir rapidamente para salvar a vida de um bebê de apenas 3 meses. A profissional improvisou e utilizou uma embalagem de bolo como máscara de oxigênio enquanto o bebê aguardava uma vaga na UTI local.
O bebê chegou ao hospital com um quadro de saúde muito debilitado e suspeita de bronquiolite. Sem leitos e equipamentos necessários, a médica usou a embalagem de bolo para administrar oxigênio ao bebê até que ele pudesse ser transferido para uma unidade com UTI pediátrica.
“Mesmo sem suporte para atender crianças, eles fizeram todo o possível para atendê-lo”, disse Kadja Juliane, mãe do bebê, que afirmou que, apesar do improviso, o filho “melhorou bastante”.
De acordo com Kadja, o bebê tem uma saúde delicada. Ele foi diagnosticado com hidrocefalia, usa uma bolsa de colostomia e também tem síndrome de Dandy-Walker, uma malformação no cérebro que pode causar problemas no desenvolvimento motor.
A mãe precisou levar o filho às pressas até o hospital municipal porque ele estava com muita dificuldade para respirar, congestão nasal, febre, rinorreia, vômitos e diarreia.
O hospital municipal de Santa Cruz era o mais próximo da família. Kadja sabia que o filho precisaria de atendimento especializado em Natal, mas uma intervenção de urgência era necessária.
Ela relatou que a equipe médica estava preocupada com a internação no hospital por ele não ser pediátrico e devido ao risco de infecção pela estrutura inadequada. No entanto, a médica fez de tudo para garantir que a criança recebesse os primeiros socorros.
Segundo o médico do Samu que fez a transferência do bebê de Santa Cruz para Natal, o improviso com a embalagem de bolo melhorou as condições da criança.
“São alguns improvisos que a gente precisa fazer. Realmente ajudou bastante o rapazinho a voltar a respirar bem e a ter uma boa penetração de oxigênio no pulmão. Foi fundamental para ajudar na recuperação dele”, disse o médico Francisco Júnior.
Em nota assinada pela direção técnica, a unidade de saúde afirmou que agiu prontamente na solicitação da internação do bebê em Natal. No entanto, ele estava “clinicamente grave, mantendo quadro de desconforto respiratório e taquidispineia” e precisava de uma intervenção de emergência.
Fonte: Só notícia boa