Em uma carta enviada nesta segunda-feira (26) ao presidente do Comitê de Justiça do Congresso americano, Jim Jordan, Zuckerberg, que comanda as redes sociais Facebook, WhatsApp e Instagram, afirmou que a administração Biden pressionou “repetidamente” sua equipe para que determinadas informações sobre a Covid-19, incluindo conteúdos humorísticos e satíricos, fossem censuradas.
“Nós decidimos remover ou não o conteúdo e somos responsáveis por nossas decisões, incluindo as alterações relacionadas à Covid-19 que fizemos após essa pressão”, disse Zuckerberg, classificando a ação do governo americano como “errada”.
O CEO acrescentou que a empresa não tomaria essas mesmas decisões hoje em dia e que a Meta está pronta para reagir “se algo assim acontecer novamente”.
Outro caso citado por Zuckerberg envolve Hunter Biden, filho do presidente, e teria sido alvo de pedido do governo para que a Meta “rebaixasse” o conteúdo na plataforma. Na época, o jornal New York Post publicou informações sugerindo uma suposta influência de Joe Biden, então candidato à presidência, nas controvérsias comerciais de Hunter com o grupo Burisma, uma grande produtora ucraniana de gás natural.
As informações vieram à tona após um técnico de informática ter vazado dados pessoais do laptop de Hunter em 2019.
De acordo com Zuckerberg, o FBI alertou a Meta que a reportagem do jornal poderia ser parte de uma campanha de desinformação russa contra a família Biden. Como resultado, a publicação foi temporariamente rebaixada enquanto a equipe da Meta verificava a veracidade das informações.
Em sua conta oficial no X, o Comitê Judiciário da Câmara dos EUA divulgou a carta de Zuckerberg, afirmando que o governo Biden-Harris “pressionou” o Facebook a censurar os americanos, que a plataforma cedeu a essas pressões e “sufocou” a história de Hunter Biden.
Apoio de Zuckerberg nas Eleições
A Chan Zuckerberg Initiative, organização filantrópica liderada por Mark Zuckerberg e sua esposa, Priscilla Chan, doou grandes quantias para ONGs que ajudaram a conduzir as eleições de 2020, que elegeram Joe Biden durante a pandemia de Covid-19.
“O objetivo era garantir que as jurisdições eleitorais locais em todo o país tivessem os recursos necessários para que as pessoas pudessem votar com segurança durante uma pandemia global”, explicou Zuckerberg na carta, destacando que as doações foram planejadas para serem apartidárias.
Diante das acusações de parcialidade, Zuckerberg afirmou que não fará contribuições nas próximas eleições americanas, que terão como candidatos a atual vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Donald Trump.
Fonte: CNN Brasil