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Jato de plasma solar pode atingir a Terra hoje
A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) emitiu um alerta preocupante: a Terra corre o risco de ser atingida por uma ejeção de massa coronal (CME) do Sol ainda nesta quarta-feira (20). Esses jatos de plasma, disparados pela alta concentração energética na superfície solar, podem desencadear uma tempestade geomagnética de nível G1. O fenômeno previsto tem o potencial de criar auroras, especialmente intensas devido à chegada do equinócio outonal.
O equinócio de março, marcando o início do outono no hemisfério sul e a primavera no hemisfério norte, começou à 00h06 (horário de Brasília) de hoje. Esse período é notável pela igualdade entre o dia e a noite, antes do gradual aumento das noites. Os registros históricos indicam que distúrbios geomagnéticos, como os previstos para hoje, são mais prováveis durante os equinócios, ocorrendo em março/abril e setembro/outubro.
A tempestade geomagnética esperada é resultado do efeito Russell-McPherron, que aumenta a atividade geomagnética nos arredores dos equinócios, provocando perturbações na magnetosfera da Terra. Isso, por sua vez, aumenta a ocorrência das luzes do norte e do sul, conhecidas como auroras, mesmo em resposta a jatos de plasma solar relativamente fracos.
As auroras, fenômenos ópticos visíveis em latitudes extremas do globo, podem apresentar uma variedade de cores, incluindo verde, vermelho, azul, violeta e rosa. São provocadas pela interação das partículas carregadas lançadas pelo Sol com a atmosfera terrestre.
Essas ejeções de massa coronal são comuns durante os ciclos de atividade solar, que ocorrem a cada 11 anos. Atualmente, o Sol está no Ciclo Solar 25, caracterizado por manchas solares e intensa atividade. Quando direcionadas para a Terra, as partículas carregadas podem interagir com a magnetosfera, desencadeando auroras visíveis principalmente nas regiões polares.
A NOAA classifica esses eventos em diferentes níveis de intensidade, com a tempestade geomagnética de classe G1 representando um dos níveis mais baixos. Mesmo assim, os efeitos podem ser significativos, especialmente para sistemas de comunicação e eletricidade em regiões próximas aos polos.
À medida que os cientistas monitoram o avanço dessa ejeção de massa coronal em direção à Terra, a expectativa é de um espetáculo natural no céu, com auroras potencialmente visíveis em várias partes do mundo.
Fonte: Olhar Digital