Segundo o ministro, se as chuvas forem suficientes para recompor o sistema elétrico, é possível que o horário de verão não seja decretado neste ano. “Estou prolongando as discussões para verificar se o horário de verão é realmente necessário este ano ou se podemos esperar o período chuvoso e ver os volumes de chuva. Se forem altos, podemos evitar a necessidade de decretar o horário de verão”, afirmou.
A decisão, conforme Silveira, precisa ser tomada até a próxima semana. Anteriormente, quando o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendou a medida, o prazo indicado pelo ministro era de 10 dias, vencidos no último dia 29 de setembro.
Economia de R$ 400 milhões
A adoção do horário de verão em 2024 pode resultar em uma economia de R$ 400 milhões, de acordo com um estudo do ONS. Se implementado a partir de 2026, a economia pode aumentar para R$ 1,8 bilhão por ano.
O ajuste dos relógios pode melhorar o aproveitamento das fontes de energia solar e eólica, além de reduzir a demanda máxima em até 2,9%. Desde sua implementação anual em 1985, o horário de verão visava promover uma economia no consumo de energia, aproveitando mais a luz natural.
No entanto, devido às mudanças no comportamento da sociedade, a medida foi perdendo eficácia, e em 2019, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) suspendeu o adiantamento dos relógios.
A discussão sobre o retorno do horário de verão em 2024 surge não pela economia de energia, mas pelo melhor aproveitamento da geração de energia solar, reduzindo o uso de termelétricas, que são mais caras e poluentes.
As usinas eólicas e solares dependem da incidência de vento e sol para gerar energia, mas esses recursos não são constantes. As usinas eólicas produzem mais energia durante a madrugada e manhã, enquanto as solares geram durante o dia. Ajustando os relógios, os padrões de consumo se alinham melhor aos momentos de maior geração dessas fontes, que são mais baratas que as térmicas.
Fonte: G1