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‘Falso sequestro’ é o crime que mais mobilizou delegacia especializada em 2024, diz polícia
Desde o início de 2024, a Polícia Civil informou que solucionou dez casos de pessoas que simularam o próprio sequestro, crime que mais mobilizou a Delegacia Antissequestro neste ano. Segundo a corporação, em quase todas as ocorrências, o objetivo era extorquir dinheiro de familiares, causando sofrimento desnecessário e cruel.
Casos Recentes
Um dos casos investigados envolve uma mulher encontrada com seu filho de colo em um motel na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, na última quinta-feira (21). De acordo com os investigadores, ela inventou o próprio sequestro e exigiu R$ 3 mil de resgate do marido.
Na última terça-feira, Rodrigo Francisco Menezes foi preso após alugar uma moto e enviar mensagens ao proprietário simulando um sequestro por traficantes do Complexo do Alemão. Ele pedia R$ 2 mil como resgate.
Já Stephany Medeiros Coelho, também presa esta semana, confessou ter forjado o próprio sequestro para conseguir R$ 50 mil do pai. Segundo o delegado Carlos Eduardo Rangel, ela administrava uma “caixinha” com valores de amigos, que gastou em jogos e apostas online. Para recuperar o dinheiro, simulou o sequestro e fez exigências financeiras aos familiares.
“Ela gastou todo o dinheiro em apostas e, para tentar reaver esses valores, simulou o sequestro, exigindo resgate dos familiares e amigos próximos”, explicou o delegado.
Outros Casos
Em outubro, Gabriela dos Santos e seu amante, Aldo Homem, foram presos por exigir resgate do marido dela.
Já em janeiro, Raquel Teles Rodrigues chegou a enviar um vídeo para a mãe, fingindo estar sendo agredida em um cativeiro. As investigações revelaram que tudo era mentira.
Punição
Os autores de sequestros forjados respondem por extorsão, com pena prevista de 4 a 10 anos de prisão.
“Todos esses dez casos foram resolvidos com êxito. Os responsáveis pelas simulações e aqueles que colaboraram com os crimes foram presos em flagrante e permanecem detidos”, informou o delegado.
Confissões e Defesa
Stephany Medeiros Coelho e Rodrigo Francisco Menezes confessaram os crimes em depoimento. Já os outros acusados optaram por permanecer em silêncio.
A reportagem do RJ2 não conseguiu contato com as defesas dos envolvidos.
Fonte: G1