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Colheita de café no Brasil alcança sequência histórica de altas em 144 anos

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Foto: Reprodução

O Brasil está prestes a testemunhar um marco histórico na produção de café, com previsões indicando o terceiro aumento anual consecutivo na colheita, algo que ocorreu apenas sete vezes em 144 anos de safras no país. Esse triênio excepcional de seguidas altas ocorre em meio a condições climáticas extremas, como geadas e secas, que impactaram a produção nos últimos anos.

Segundo dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a estimativa é que a colheita em 2024 atinja cerca de 58 milhões de toneladas, representando um crescimento de 5% em relação ao ano anterior. Esse aumento contínuo na produção de café, especialmente impulsionado pelo cultivo de variedades canéforas, como o robusta e o conilon, está moldando uma perspectiva promissora para o setor.

O Brasil, maior produtor e exportador global de café, tem visto um aumento significativo na produtividade das lavouras canéforas devido aos investimentos em irrigação e ao desenvolvimento de técnicas de cultivo mais eficientes. Esse cenário é uma resposta às adversidades climáticas, como geadas e secas, que afetaram as safras de café arábica e incentivaram os produtores a buscar alternativas mais resilientes.

A expansão dos canéforas, que agora respondem por cerca de 30% da safra total do país, tem contribuído para uma maior estabilidade na produção brasileira de café. Além disso, o aumento da produtividade nas lavouras, impulsionado pela aplicação de tecnologia e técnicas avançadas de cultivo, tem ajudado a reduzir as oscilações anuais na produção.

Se as previsões se confirmarem, o Brasil poderá alcançar um feito inédito de quatro anos consecutivos de aumento na produção de café, algo que ocorreu apenas uma vez na história do país. Esse fenômeno reflete não apenas a resiliência do setor diante de desafios climáticos, mas também o potencial do Brasil para se consolidar como líder mundial na produção de café.

Os especialistas destacam que a expansão dos canéforas e a diversificação geográfica das áreas de cultivo estão contribuindo para uma produção mais estável e menos sujeita às flutuações climáticas. Com a demanda global por café em alta e os preços favoráveis, o Brasil está posicionado para manter sua posição como principal produtor e exportador mundial da commodity.

Este cenário otimista para a cafeicultura brasileira reflete não apenas os avanços tecnológicos e as práticas sustentáveis adotadas pelos produtores, mas também a resiliência e a capacidade de adaptação do setor diante dos desafios climáticos e econômicos. Com isso, o Brasil continua a consolidar sua posição como uma potência na produção de café, com perspectivas promissoras para o futuro.

Fonte: Forbes Brasil

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