Brasil bate recorde na produção de carnes em 2024 e projeta estabilidade para 2025

O Brasil registrou um recorde na produção de carnes bovina, suína e de frango em 2024, atingindo 31,57 milhões de toneladas, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (27) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O volume representa um crescimento de 6,14% em relação a 2023, quando foram produzidas 29,75 milhões de toneladas. O aumento foi impulsionado pelo pico do abate no ciclo pecuário de bovinos.

A produção de carne bovina atingiu um recorde de 10,91 milhões de toneladas, um crescimento de 14,61% em comparação com os 9,51 milhões de toneladas de 2023. O aumento no abate de bovinos, incluindo fêmeas, contribuiu para esse avanço. No entanto, para 2025, a Conab prevê uma leve queda na produção para 10,37 milhões de toneladas (-4,9%), devido à retenção de vacas reprodutoras, estratégia comum no ciclo pecuário. Ainda assim, será o segundo maior volume já registrado na série histórica.

As exportações de carne bovina cresceram significativamente, passando de 3,03 milhões para 3,78 milhões de toneladas. A China seguiu como principal destino, absorvendo 46% das exportações brasileiras, seguida pelos Estados Unidos (8%) e Emirados Árabes Unidos (4,6%). Os dois últimos países ampliaram suas importações em 52% e 72%, respectivamente.

Produção de carne de frango segue em crescimento

A produção de carne de frango também apresentou alta, totalizando 15,3 milhões de toneladas em 2024, um aumento de 2,48% em relação a 2023. As exportações do setor somaram 5,16 milhões de toneladas, 2,95% acima do ano anterior. Apesar da queda de 18% na demanda da China, esse recuo foi compensado pelo aumento das compras por países como México (+23%), Iraque (+18%) e Chile (+44%).

Para 2025, a Conab prevê continuidade no crescimento da produção de frango, projetando 15,66 milhões de toneladas, um avanço de 2,31%. As exportações também devem crescer 2,9%, chegando a 5,31 milhões de toneladas.

Com esse cenário, a disponibilidade interna de carnes no Brasil continuará elevada, garantindo o abastecimento e mantendo o consumo per capita acima dos 102 kg por habitante ao ano.

Fonte: O Sul