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Bailarina brasileira troca a dança pelo rapel aos 82 anos; “desafiar o corpo”

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Foto: @isthisreal/Instagram

Aos 82 anos, a bailarina brasileira Cacia Figueiredo tem mostrado que a idade não é uma limitação para viver intensamente e experimentar novas aventuras. Em um vídeo gravado pelo fotógrafo Brian Baldrati para o projeto Retratos Desconhecidos, Cacia demonstra que é possível aproveitar a vida plenamente em qualquer fase.

Residente do Rio de Janeiro, Cacia começou a dançar aos 40 anos e se tornou uma bailarina dedicada. Durante a pandemia, sem poder dançar, ela buscou novas maneiras de manter o corpo ativo, decidindo não ficar parada. “Eu queria manter meu corpo em movimento”, explica.

Cacia relata que, após seus filhos crescerem, ela decidiu explorar o mundo e desafiar seus limites. Para ela, bens materiais como casas e carros não têm tanta importância quanto ser feliz. “Eu não quero nada disso, eu quero é viver a vida porque o que você leva da vida é o que você faz nela”, diz com entusiasmo.

A dança entrou na vida de Cacia aos 40 anos, uma idade considerada tardia por muitos, mas não para ela. “Eu comecei a dançar com 40 anos e agora estou com 82, sempre querendo desafiar meu corpo. Sou acrobata, faço qualquer tipo de acrobacia na dança”, compartilha.

Com a pandemia, a dança ficou em segundo plano e Cacia descobriu novas paixões: o montanhismo e o rapel. “Na pandemia, não podíamos dançar, então eu procurei algo para mexer com meu corpo”, lembra.

O projeto de Brian Baldrati consiste em conversar com estranhos na rua e registrar o momento com fotos. A entrevista com Cacia ocorreu no Morro Dois Irmãos, no Rio de Janeiro, onde ela praticava rapel. Cacia se destaca na modalidade, sempre respeitando os limites da natureza. “Descobri a delícia de fazer trilha, rapel e montanha. Topo qualquer desafio que envolva meu corpo, mas com segurança”, afirma.

Para Cacia, os limites ficaram no passado. “Eu não tenho mais limites. Com a terra e o mato eu estou me dando bem, então vou continuar com isso”, diz ela, pendurada pelas cordas do equipamento de rapel.

Cacia não pretende parar tão cedo, ao contrário, ela sente que está apenas começando. “Normalmente, as pessoas chegam a uma certa idade e acham que não têm mais nada para viver ou fazer. Ou então estão muito cansadas, com problemas no corpo e nos ossos, o que dificulta a viver mais”, explica.

Ela dá um conselho valioso: “Encare tudo com coragem. Um conselho de vida: faça tudo programado, não arrisque sem planejamento. Só com programação você consegue o resultado que deseja”, enfatiza.

O próximo grande desafio de Cacia é escalar o Monte Everest. “Eu vou conseguir, desde que encontre pessoas loucas como eu”, brinca.

Outra dica importante de Cacia é ter projetos: “O verdadeiro motivo de continuar vivendo é acordar e pensar no que você vai fazer, porque você tem projetos”, aconselha.

Para os jovens, ela deixa um recado essencial: “Jovens do Brasil, saiam do computador e venham viver junto à natureza, venham sentir outras emoções”, convida.

Fonte: Só notícia boa

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