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Após prisão por injúria racial, Justiça manda soltar mulher que vivia em MC Donald’s no Rio

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Foto: Reprodução/TV Globo

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu, em audiência de custódia realizada neste sábado, 31, não converter a prisão em flagrante de Susane Paula Muratori Geremia, de 64 anos, em prisão preventiva. Susane e sua filha têm vivido há meses em um restaurante da rede McDonald’s no Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro, e estão sendo processadas por injúria racial. A decisão foi baseada no fato de que Susane é idosa e ré primária.

Apesar da negativa à prisão preventiva, a juíza Ariadne Villela Lopes impôs restrições à mulher e sua filha. Elas estão proibidas de frequentar o restaurante pelos próximos dois anos e Susane não pode se aproximar da vítima. Além disso, ela deverá informar mensalmente à Justiça sobre suas atividades e localização. No documento, ao qual o Estadão teve acesso, Susane é descrita como “pessoa em situação de rua.”

Susane foi indiciada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por injúria racial após uma discussão com uma adolescente que teria fotografado ela e sua filha no McDonald’s na sexta-feira, 30. Testemunhas afirmam que Susane usou termos racistas para ofender a jovem. O Estadão não conseguiu contato com a defesa de Susane ou com a vítima.

A juíza afirmou que, com base nos depoimentos, o incidente se enquadra no artigo 2º da Lei 7716/99 (sobre injúria racial). Contudo, levando em consideração que Susane é primária e idosa, a juíza optou por não converter a prisão em flagrante em prisão preventiva.

Susane e sua filha têm sido foco de curiosidade desde que o caso ganhou atenção pública. Elas vivem no restaurante do Leblon e seu comportamento, como carregar malas e consumir sanduíches do McDonald’s diariamente, contrasta com sua situação de rua, o que tem atraído a atenção.

Em entrevista à TV Globo, Susane afirmou que ela e a filha estão aguardando o retorno de seu marido de uma viagem para poderem encontrar um novo lugar para morar.

Fonte: Estadão

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