Veja como foguete impulsionado por açúcar levou brasileiros ao pódio de competição mundial
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Veja como foguete impulsionado por açúcar levou brasileiros ao pódio de competição mundial

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Foto: Arquivo pessoal

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Se você não possui formação em física ou engenharia, certamente ficará impressionado com esta informação: um foguete totalmente desenvolvido por estudantes da Universidade de São Paulo (USP) utilizou um motor movido a açúcar e conquistou o segundo lugar na maior competição estudantil do mundo nesse segmento.

Qual é esse campeonato?

Trata-se da Spaceport America Cup 2024, realizada de 17 a 22 de junho no Novo México (EUA). Participaram 156 equipes de diversos países, como Canadá, México, Estados Unidos, Tailândia, Reino Unido, Turquia, Alemanha e Austrália, incluindo um grupo brasileiro da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Em qual categoria a equipe da USP alcançou o pódio?

O grupo de nove integrantes do projeto Júpiter, da Escola Politécnica (Poli-USP), conquistou a medalha de prata na categoria que exigia foguetes com: apogeu de 10 mil pés (cerca de 3 mil metros de altitude); motor de fabricação própria, sem uso de peças pré-fabricadas; e propelente sólido.

O foguete da USP quase atingiu a marca pretendida, alcançando 2.944 metros, ficando apenas atrás dos campeões absolutos da “Copa”, da Universidade de Maryland (EUA).

 Como um foguete pode ser impulsionado por açúcar?

Os participantes enfrentaram um desafio significativo nesta competição.

“Não podemos embarcar com o combustível no avião para os EUA. É necessário chegar alguns dias antes do campeonato, comprar todos os materiais e montar tudo lá”, explicou Caio Castello, líder do grupo da USP. “Mas provamos que, mesmo com essas dificuldades, conseguimos chegar longe.”

Para os brasileiros, há um desafio adicional: o perclorato de amônio, usado pelas equipes americanas (incluindo a vencedora), não é permitido no Brasil. Aqui, uma alternativa possível seria o nitrato de amônio, porém ele é proibido nos Estados Unidos.

Na competição, quatro grupos optaram por uma solução alternativa e curiosa: misturar nitrato de potássio (um fertilizante purificado) com sorbitol (açúcar). A mistura é feita em um “cooktop” de indução para evitar grandes chamas, enquanto toda a equipe usa equipamento de proteção (ou seja, não é algo para tentar em casa!).

“O açúcar carameliza e se transforma em uma pasta branca. Depois, é moldado para se adequar ao formato correto do motor”, detalhou Castello. “Para a combustão ocorrer, é necessário calor, combustível e oxigênio. O nitrato de potássio, por ser composto por KNO3, possui uma grande quantidade de oxigênio. Dentro do motor, com alta pressão, a queima é intensificada.”

É claro que, antes do lançamento oficial, o foguete foi testado: primeiro em simulações computacionais e depois, na prática, na USP de Pirassununga, no interior de São Paulo.

Quem eram os membros do grupo?

Os seguintes participantes do projeto Júpiter foram premiados: Caio Castello (líder), Pedro Henrique Balduci (líder de segurança), Leonardo Valente (líder de lançamento), Felipe Baptista, Felipe Fonseca, Samuel Santos, Orlando Rui Filho, Arthur Almeida e Mateus Pimenta.

Neste ano, não houve prêmio em dinheiro, mas a sensação de vitória compensou todo o esforço de um ano no projeto, conforme relato de Castello.

“Participar da competição e do projeto proporciona um aprendizado que nenhum curso de engenharia poderia oferecer. Precisamos realmente colocar a mão na massa. Ver o resultado final e saber que o Brasil está se destacando é incrível.”

Fonte: G1
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Ciência

Cientista brasileiro embarca em missão espacial para investigar tratamentos para autismo e Alzheimer

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Foto: Reprodução
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O professor Alysson Muotri, que lidera o laboratório Muotri Lab na Universidade da Califórnia, em San Diego, nos Estados Unidos, participará de uma missão espacial com a NASA entre o final de 2025 e o início de 2026. A missão visa investigar a progressão de doenças neurológicas e buscar tratamentos – ou até a cura – para os casos mais graves de transtorno do espectro autista e Alzheimer. Analisando os efeitos da microgravidade no cérebro humano, ele e mais quatro cientistas serão os primeiros pesquisadores brasileiros a viajar para o espaço. Ainda não foram definidos outros nomes para a expedição.

A equipe embarcará no foguete Falcon 9 da SpaceX rumo à Estação Espacial Internacional (ISS), levando organoides cerebrais como ferramentas de estudo. Conhecidos como “minicérebros”, esses organoides são pequenas estruturas com neurônios criadas a partir de células-tronco de indivíduos vivos, que reproduzem aspectos do funcionamento cerebral. Os cientistas levarão organoides derivados de pacientes com Doença de Alzheimer e autismo, principalmente daqueles que necessitam de acompanhamento constante e correm risco de vida.

Esta não é a primeira vez que o laboratório envia organoides ao espaço. Desde 2019, realizam missões espaciais, mas sem a presença de cientistas. Os “minicérebros” viajam em caixas automatizadas, que são conectadas a tomadas para funcionar durante um período determinado pelos pesquisadores.

Então, por que as respostas para a cura e tratamentos do autismo e Alzheimer podem estar na microgravidade? Segundo Muotri, ao levarem os organoides para o espaço, seria como se os cientistas viajassem no tempo. “O aceleramento do desenvolvimento ou envelhecimento dos organoides cerebrais permite que estudemos o que acontece em outras etapas da vida da pessoa”, explicou ele. Na Terra, precisariam esperar muitos anos para, por exemplo, verificar como surge e se desenvolve a Doença de Alzheimer, que costuma aparecer na velhice.

No espaço, como os organoides envelhecem mais rápido do que na Terra, conseguem acelerar os processos para prever como o cérebro humano se comportará em diferentes estágios da doença ou transtorno. A partir daí, realizam testes em busca de tratamentos – e até da cura – dessas condições neurológicas. “Eu poderia cultivar o organoide por 80 anos? Poderia, mas não estarei mais aqui quando ele estiver maduro o suficiente para eu estudar o Alzheimer”, destacou o cientista.

A missão espacial contará, pela primeira vez, com interferência humana. Para isso, testarão fármacos ou bioativos derivados da floresta amazônica, que serão manualmente inseridos nos “minicérebros” durante a viagem, para testá-los como agentes de proteção contra o Alzheimer. “Precisamos colocar, em cada um desses organoides, o equivalente a um microlitro do volume de uma das drogas da Amazônia”, explicou ele.

Fonte: CNN Brasil

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Ciência

Pesquisador gaúcho coordenará a maior expedição científica latino-americana à Antártica

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Foto: Divulgação/CIRM Programa Antártico Brasileiro
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O cientista gaúcho Jefferson Simões, um dos maiores especialistas brasileiros na Antártica, liderará a maior expedição científica latino-americana ao continente. A partida está marcada para o dia 22 de novembro, com pesquisadores de oito países — Argentina, Brasil, Chile, China, Índia, Peru, Portugal e Rússia — embarcando no navio quebra-gelo russo R/V Akademik Tryoshnikov para circunavegar a Antártica.

A Expedição Internacional de Circunavegação Costeira Antártica (ICCE) tem como objetivo coletar informações ambientais por meio de pesquisas biológicas, químicas e físicas. O grupo de cientistas também realizará levantamentos geofísicos e análises atmosféricas, glaciológicas e oceanográficas ao longo do percurso, utilizando várias estações oceanográficas. Além disso, a missão fornecerá apoio ao radar aerotransportado RINGS, que examinará a borda de gelo da Antártica.

Simões, que coordena o Centro Polar e Climático (CPC) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua como delegado do Brasil no Comitê Científico de Pesquisa Antártica (SCAR), comandará a missão, financiada pela Swiss Fondation Albédo pour la Cryosphère.

Fonte: O Bairrista

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Ciência

Estudo sugere explicação científica para milagres bíblicos de Jesus

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Fonte: Fine Art Images/Heritage Images/IMAGO IMAGES…
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Um novo estudo conduzido por pesquisadores israelenses sugere que dois dos milagres mais famosos atribuídos a Jesus Cristo na Bíblia podem ser explicados por um fenômeno natural em corpos de água isolados. A pesca milagrosa e a multiplicação dos pães e dos peixes, eventos ocorridos no Mar da Galileia (também conhecido como lago de Genesaré) em Israel, podem ter uma explicação científica.

Na pesca milagrosa, os apóstolos estavam tendo dificuldades para pescar até que Jesus os instruiu a lançar a rede novamente, resultando em uma captura abundante de peixes. Na multiplicação dos pães e dos peixes, Jesus teria alimentado cinco mil pessoas com apenas cinco pães e dois peixes.

De acordo com o artigo publicado na revista Water Resources Research no final de outubro, um fenômeno natural no Mar da Galileia, que deixa as águas com pouco oxigênio e causa uma alta mortandade de peixes, pode estar relacionado a essas narrativas bíblicas.

O fenômeno conhecido como ressurgência ocorre quando a água mais fria e pobre em oxigênio das profundezas do lago sobe à superfície. Esse movimento pode ser desencadeado pela força do vento e por ondas internas chamadas seiches, comuns em corpos de água isolados como o Mar da Galileia.

A ressurgência pode diminuir o nível de oxigênio dissolvido na água do lago, resultando na morte de grandes quantidades de peixes. Embora eventos de mortandade de peixes não sejam frequentes no Mar da Galileia, eles foram registrados duas vezes em 2012.

“O notável é que, atualmente, eventos de mortandade de peixes acontecem no mesmo local do lago onde os milagres bíblicos da multiplicação dos pães e peixes e presumivelmente a pesca milagrosa ocorreram há dois milênios. Isso pode explicar a aparição de grandes números de peixes fáceis de coletar perto da costa, como descrito nas narrativas bíblicas”, explicam os pesquisadores no estudo.

Fonte: CNN Brasil

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