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Trigo tem 50% da área colhida no RS

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No Rio Grande do Sul, apesar da alta umidade dos últimos dias, 50% das lavouras de trigo foram colhidas, estando 5% das lavouras em enchimento de grãos e 45% na fase de maturação (característica que se configura entre a maturação fisiológica e o ponto de colheita). De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (31/10), a área destinada para o cultivo do trigo no RS é de 739,4 mil hectares, que corresponde a 37% da área brasileira de plantio com o grão.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí, que representa 30% da área de trigo no Estado, os produtores estão preocupados com as previsões meteorológicas que apontam longo período com alta umidade no Estado. Há grande variabilidade de produtividade média entre as lavouras, em decorrência da tecnologia utilizada e alguns danos ocasionados pelo clima (geadas, granizo e ventos fortes), com aumento dos sintomas de incidência de giberela na maturação da cultura. Lavouras bem conduzidas e sem danos climáticos apresentam produtividade acima de 70 sacas por hectare.

Na canola, 24% das lavouras estão em fase de maturação e 76% já colhidas. Na regional de Santa Rosa, a cultura está praticamente toda colhida, atingindo 96% das lavouras, restando apenas 4% em fase de maturação. A produtividade média atingiu 1.457 quilos por hectare. Em lavouras implantadas no tarde e que foram recentemente colhidas, a produtividade esteve acima da média da região (dois mil quilos por hectare). Mesmo assim insuficiente para elevar a média regional da produtividade e reduzir o percentual de perdas. A expectativa para a próxima semana é de que haja dias sem precipitações, para encaminhar a colheita e finalizar a safra de canola na região.

CULTURAS DE VERÃO
A cultura da soja está em fase de implantação da safra 2019-2020, com plantio previsto até 31 de dezembro, de acordo com o zoneamento da soja no RS. Da área projetada para o Estado, que é de 5.956.504 hectares, 13% já foram implantados. As lavouras se encontram em fase de germinação/desenvolvimento vegetativo. A fase inicial de implantação está 3% superior a igual período da safra anterior.

No milho, 77% dos 771.578 hectares estimados para esta safra já foram implantados, com a cultura nas fases de germinação/desenvolvimento vegetativo (92%) e floração (8%). A produção estimada é de 5.948.712 toneladas, com uma produtividade alcançando 7.710 quilos por hectare.

O arroz atingiu, no período, o plantio de 53% da área prevista para o RS nesta safra, 7% menor do que em igual época na safra anterior. As lavouras implantadas se encontram na fase de germinação/desenvolvimento vegetativo. Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, seguem as atividades de preparo do solo e plantio. A sequência de dias chuvosos interrompeu as atividades de rotina nas lavouras, além de dificultar o transporte dos insumos. As precipitações ocorridas no período têm contribuído para manter os níveis das barragens adequados.

No RS, a área de feijão 1ª safra se encontra com 85% na fase de desenvolvimento vegetativo, 12% em floração e 3% em enchimento de grãos. Na regional de Frederico Westphalen, a primeira safra já está implantada, sendo que 80% das lavouras se encontram na fase de germinação/desenvolvimento vegetativo e 20% em floração. Os produtores estão realizando os tratos culturais de controle das invasoras e adubação nitrogenada. Em geral, as lavouras se mantêm com bom stand de plantas.

OLERÍCOLAS
Alho – Na região Serrana, as lavouras apresentam bom vigor, sanidade razoável e estão em formação do bulbo. O excesso de umidade no solo e a pouca insolação, consequência das frequentes chuvas das semanas anteriores, interferiram na fisiologia das plantas, afetando o seu desenvolvimento quanto à bulbificação, transformando os bulbilhos (dentes) em brotações. Essa anomalia deprecia o bulbo no seu valor culinário e comercial, tanto no peso e quanto na precificação. Em casos mais severos, o bulbo é descartado. Produtores realizam tratamentos fitossanitários para prevenção/cura de fitopatias e controle de pragas, controle químico de ervas espontâneas e adubação nítrico-potássica de cobertura.

Cebola – Na região Sul, iniciou a colheita de cebola, que está sendo destinada ao comércio local devido à pouca presença de casca. A fase predominante nas lavouras da região é a bulbificação, apresentando bom desenvolvimento e estado sanitário. A safra deve ser normal, sendo que a região tem 2.460 hectares de cebola. Produtores intensificaram os tratamentos fitossanitários para prevenção das doenças, principalmente o míldio, mesmo não havendo ocorrência significativa de pragas.

FRUTÍCOLAS
Melão – Na regional de Porto Alegre, o cultivo de melão nesta safra é de 380 hectares e estão implantadas 98% das lavouras. A previsão de início da colheita é em novembro, estendendo-se até fevereiro.

Pêssego – Na região Sul, segue a colheita das cultivares mais precoces, destinadas ao mercado in natura. O preço de comercialização está entre R$ 3,00 e R$ 4,00/kg. A cultura em geral está em frutificação. Produtores realizam tratamentos fitossanitários. O boletim 09/2019 do sistema de alerta da mosca-das-frutas informa que as condições climáticas com maior ocorrência de chuvas exigem atenção redobrada no controle de doenças, com aplicação de fungicidas, além de realizar a retirada de frutos e ramos com podridão-parda das plantas. Sua eliminação, feita em um local adequado, é essencial, enterrando para reduzir a presença do fungo no pomar.

Ameixa – Nas regiões do Alto da Serra do Botucaraí e Vale do Rio Pardo, ameixas precoces estão em fase de formação dos frutos e maturação. Nessa fase, os produtores estão atentos ao manejo da mosca-das-frutas.

PASTAGENS E CRIAÇÕES
Favorecidos pelo clima, que propicia umidade e temperaturas mais elevadas, os campos nativos apresentam bom desenvolvimento, oferecendo uma boa produção de massa verde para alimentação dos animais. Nas regiões de solo mais raso, como nos Campos de Cima da Serra e na Serra do Sudeste, observa-se que o desenvolvimento dos campos naturais é mais lento.

BOVINOCULTURA DE CORTE – Nas diversas regiões gaúchas, os bovinos de corte apresentam um bom estado corporal e bom ganho de peso. O estado sanitário dos animais também é satisfatório. No manejo do gado, os cuidados com as matrizes, no pré e pós-parto, e os cuidados com os terneiros continuam recebendo atenções especiais. O preparo de matrizes e touros, para o período de acasalamento, também é destaque. Neste mês, intensifica-se a realização de remates e expofeiras de bovinos das diversas categorias que compõem os rebanhos. Continua o abate de animais que ocupavam as áreas com pastagens cultivadas de inverno, que são sucedidas por lavouras com culturas anuais de verão, como soja e arroz.

APICULTURA – As últimas chuvas têm prejudicado as atividades das colmeias, em boa parte do Estado. Mesmo assim, a atividade das abelhas é satisfatória em vários locais. Na Região de Soledade, segundo o Escritório Regional da Emater/RS-Ascar, há relatos de mortalidade de enxames. As causas mais prováveis são a ocorrência de doenças ou a contaminação por agrotóxicos utilizados na dessecação de lavouras. Isso porque são aplicados inseticidas, juntamente com os dessecantes. Visando aumentar a produção, os apicultores seguem fazendo o manejo das colmeias. Para isso, executam práticas como revisões e roçadas de apiários, limpeza e/ou reforma de caixilhos, melgueiras e ninhos, e instalação de caixas iscas para captura de enxames.

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Agro

Santa Rosa decreta emergência devido à estiagem

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Santa Rosa entrou em situação de emergência nesta segunda-feira (17), conforme decreto que será assinado pelo prefeito Anderson Mantei. O anúncio foi feito durante uma coletiva de imprensa pela manhã, antecipando a medida oficial.

A estimativa já provocou perdas significativas no município. De acordo com um levantamento da Emater, os prejuízos na agricultura e pecuária ultrapassaram R$ 82 milhões, com uma redução de produtividade superior a 50%. Além disso, três comunidades rurais – Rincão Honório, Lajeado Ipê e Linha 13 de Maio – estão recebendo abastecimento de água por caminhões-pipa para consumo humano.

Com a decisão, Santa Rosa se juntou a outros 12 municípios da região de Amufron que já decretaram emergência devido à seca.

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Agro

Trabalhadores rurais protestam em Tuparendi por medidas de apoio ao setor

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Fotos: Geração Agro.
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Na manhã desta segunda-feira (17), trabalhadores rurais da região Noroeste se reuniram em Tuparendi para uma manifestação em defesa do setor agrícola. O movimento foi organizado por sindicatos em parceria com a Fetag/RS (Federação dos Trabalhadores na Agricultura) e ocorre em meio a mais uma frustração de safra.

Entre as demandas apresentadas estão a prorrogação por 120 dias das operações de crédito do Pronaf e Pronampe, a renovação das resoluções que reduziram a cobertura do Proagro, o enquadramento no CAR, a criação do programa “Desenrola Rural” e a liberação de recursos do BNDES para produtores que não foram contemplados em medidas anteriores.

O protesto aconteceu na área central da cidade e contou com a participação de delegações de 22 municípios da região.

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Agro

Emater/RS-Ascar acompanha impactos da restrição hídrica e calor nas culturas de verão

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O desenvolvimento da soja foi significativamente impactado pela restrição hídrica e pelas temperaturas elevadas da última semana, próximas a 40°C, que ampliaram as perdas. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (13/02), o Oeste do Estado ainda é a região mais afetada. No entanto, lavouras de todo o Rio Grande do Sul têm sido prejudicadas por essas condições climáticas.

De acordo com o diretor técnico da Emater/RS-Ascar, Claudinei Baldissera, a Instiutuição tem papel fundamental no apoio aos municípios afetados, emitindo laudos técnicos que ajudam no reconhecimento da situação de emergência e na obtenção de recursos. “Continuamos a prestar suporte às prefeituras e entidades locais para viabilizar as políticas públicas necessárias para mitigar os efeitos dessa crise hídrica”, afirma. Além dos danos na agricultura, a estiagem também impacta a pecuária e a disponibilidade de água para consumo humano.

As chuvas ocorreram de forma heterogênea na última semana e, apenas em áreas pontuais, os volumes acumulados foram significativos. Além do calor excessivo, a baixa umidade do solo também afetou diretamente as plantas em estágios reprodutivos, como floração (38% das lavouras) e formação e enchimento de grãos (49%). Outros 2% da área cultivada com soja está em maturação e 11% ainda em desenvolvimento vegetativo e enchimento de grãos.

Embora a coloração verde predomine, o potencial produtivo tende a se reduzir, uma vez que o volume de vagens e de grãos está inferior ao desejável. Em razão da variabilidade das chuvas, uma avaliação individualizada se faz necessária para mensurar as condições e as perdas em cada lavoura, até dentro de mesma localidade.

Entre os danos causados pelo estresse térmico e hídrico estão o abortamento floral, a queda prematura de vagens em estágios iniciais, desfolhação basal, o porte de plantas reduzido e a baixa emissão de ramos laterais. As cultivares precoces e as áreas semeadas entre o final de outubro e início de novembro são as mais prejudicadas. Nesses casos, as práticas de manejo foram suspensas devido ao comprometimento do potencial produtivo.

Nas áreas com umidade adequada, os tratamentos fitossanitários prosseguiram, tais como as aplicações de fungicidas e de inseticidas para controle preventivo de doenças e pragas.

 

MILHO 

Apesar das precipitações ocorridas em 5 de fevereiro, as temperaturas extremamente elevadas aceleraram a redução da umidade nas plantas e nos grãos de milho e, consequentemente, a colheita, alcançando 54% da área cultivada. As áreas colhidas, semeadas no início do período recomendado pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), mantêm produtividades elevadas. As lavouras em maturação, que representam 19% da área cultivada, já têm produtividade definida, sendo consideradas satisfatórias.

Os cultivos semeados tardiamente (7% das áreas em desenvolvimento vegetativo, 6% em floração e 14% em enchimento de grãos) estão sendo impactados pela restrição hídrica e pelas altas temperaturas. A onda de calor tem prejudicado o potencial produtivo da cultura do milho, pois seu ciclo está diretamente relacionado à soma térmica.

O aumento das temperaturas acelera o desenvolvimento fenológico, encurtando as fases de crescimento, assim como compromete a fecundação, se forem superiores a 35°C durante a polinização, afetando negativamente a produtividade. Além disso, as temperaturas noturnas elevadas reduzem o acúmulo de fotoassimilados, prejudicando o enchimento de grãos.

Após as chuvas, alguns produtores realizaram o plantio tardio, mesmo fora do período recomendado pelo Zarc. Observou-se elevação na incidência da cigarrinha-do-milho nas semeaduras realizadas em janeiro.

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