Em meio a das perdas recentes do setor agrícola, a São José Industrial, uma das principais metalúrgicas da região, e localizada no município de São José do Inhacorá, comunica uma redução em seu quadro de funcionários. A medida é uma resposta a uma conjuntura econômica desfavorável que vem impactando profundamente o agronegócio, setor que sustenta grande parte da demanda de produtos e serviços da metalúrgica.

O comunicado, divulgado hoje (28) pela direção da empresa, destaca que a queda nos preços das commodities, especialmente soja e milho, combinada a eventos climáticos extremos e ao aumento dos custos de insumos, vem prejudicando as margens de lucro dos produtores rurais, o que se reflete diretamente nas atividades da São José Industrial. Para a metalúrgica, que depende de um agronegócio fortalecido para manter sua operação, o cenário atual exigiu a adoção de medidas drásticas.

Desde o início das dificuldades, a São José Industrial buscou alternativas para preservar o bem-estar dos colaboradores e evitar cortes de pessoal. Entre as medidas tomadas incluíram a implementação de um banco de horas prolongadas, a redução da jornada de trabalho, a antecipação de férias e a contenção de gastos em diversos setores. Entretanto, as estratégias foram insuficientes frente ao impacto contínuo da crise. Assim, após cuidadosa análise, a empresa se viu obrigada a tomar uma decisão que, conforme destacada, afeta não só os profissionais, mas também suas famílias e a própria comunidade local.

“Esta é uma decisão extremamente difícil, mas necessária para a continuidade da empresa e para que possamos preservar o restante do nosso quadro e seguir prestando suporte ao setor agrícola”, afirmou um representante da São José Industrial. A empresa expressa seu profundo respeito e empatia pelos colaboradores afetados e reforça o compromisso em garantir que essa transição seja conduzida com dignidade, oferecendo apoio e orientação a todos.

São cerca de 40 demissões.

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A vitalidade de um ancião, que aos 85 anos mantém a rotina de trabalhar na lavoura, arando a terra com uma junta de bois ganhou repercussão no início desta semana.

Estevão Ozinkoski, nascido em 20 de julho de 1939, reside em Reservado do Mauá, interior de Porto Mauá. Ele é um dos poucos homens nessa idade a praticar essa atividade.

A rotina diária em sua propriedade rural de 40 hectares de terra começa cedo: ele acorda por volta das 5 da manhã, toma seu chimarrão e depois o café. Após, sai para os afazeres diários, que lhe envolvem até o anoitecer.

Dormir cedo, tomar banho com água do poço – inclusive no inverno, são algumas das atividades de Estevão. A água gelada lhe dá vitalidade, segundo ele. Adepto ao chá, ele conta que a cada dia usa um tipo diferente, preparando e armazenando em uma garrafa, que vai consumindo durante o dia, inclusive no chimarrão.

Na sua rotina diária na propriedade rural dedica-se na criação de 45 suínos para o consumo próprio e venda, prepara a roça com arado e junta de bois, além de usar trator, capina com enxada, planta e colhe: soja, milho, trigo, batata-doce, mandioca, feijão, arroz, entre outros itens, além de cuidar da horta e do pomar.

A prática de usar a junta de bois para preparar a terra é antiga, e vem sendo esquecida gradativamente com o processo de mecanização.

Apesar da grande vitalidade, nem sempre foi assim: Estevão disse que já teve câncer de próstata, e que um amigo lhe deu uma muda de um chá e lhe ensinou como preparar, e que “em poucos dias estava curado”. A receita do chá ele costuma passar para outras pessoas. Na sua cidade, por cultivar chás medicinais, ele é conhecido como “o homem dos chás e o homem com saúde de ferro”.

 

Texto editado a partir do original de Wilson Winkler. Foto: Danilo Ozimkoski

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A Fundação Municipal de Saúde de Santa Rosa (FUMSSAR) tem demonstrado avanços importantes na qualidade e agilidade do atendimento. Desde a implementação da Regulação Médica, em maio de 2023, o tempo médio de espera para exames e consultas foi reduzido significativamente. Um dos maiores avanços ocorreu na especialidade de Neuropediatria, que registrava um tempo de espera de 1 ano e 6 meses e agora passou a ter um fluxo de até 2 meses. Em janeiro de 2023, 294 crianças aguardavam o atendimento, hoje a Fundação conta com 22 pacientes na fila de espera, todos com consulta marcada.

A Regulação Médica, instituída pela Portaria GM/MS nº 1.559, de 2008, que rege a Política Nacional de Regulação do Sistema Único de Saúde (SUS), visa otimizar o acesso à assistência, organizando e agilizando os atendimentos. Em Santa Rosa, a regulação se baseia em protocolos clínicos institucionais, construídos pela FUMSSAR, e conta com o apoio dos protocolos do Telessaúde RS. O objetivo é garantir que os pacientes sejam atendidos conforme a necessidade e urgência, aprimorando a qualidade do atendimento e a organização dos recursos disponíveis.

Os exames de imagem tiveram redução. Antes da regulação, o tempo de espera para tomografias era de 7 a 8 meses, em 2022; agora, é possível agendar o exame para o mesmo dia. Já as ressonâncias magnéticas, que tinham espera de 12 meses, podem ser realizadas em até 2 meses.

O trabalho realizado pela equipe de Regulação Médica da FUMSSAR foi recentemente reconhecido no Prêmio de Melhores Práticas na Medicina da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS). Com o título “Regulação Médica como Fator de Equidade na Atenção Primária à Saúde”, o projeto, desenvolvido pelas médicas Fabiana Breitenbach, diretora do Departamento de Gestão da APS, Luciane Jung Dias e Thauana Ketryn Wolff, médicas reguladoras, conquistou o 2º lugar na modalidade setor público. A premiação visa reconhecer ações diferenciadas e iniciativas de relevância no campo da saúde. A cerimônia de premiação ocorreu no Dia do Médico, 18 de outubro de 2024, no auditório da AMRIGS.

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