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Toda a família ganha quando a licença-paternidade é mais longa. Por que então ela só dura 5 dias?
Recentemente, esculturas de bronze de figuras históricas britânicas em Londres e Edimburgo foram adornadas com bonecos de bebê presos ao peito por slings coloridos. Essas intervenções em estátuas de artistas, atletas e engenheiros faziam parte de uma campanha do grupo The Dad Shift, que busca pressionar o governo britânico a reformar sua política de licença-paternidade, considerada por ativistas como uma das mais fracas da Europa.
Atualmente, os pais no Reino Unido têm direito a apenas duas semanas de licença-paternidade remunerada. Movimentos defendem que esse período seja ampliado, alinhando o país a seus vizinhos europeus. Segundo reportagens de jornais britânicos, países como a França oferecem quatro semanas de licença, enquanto a Espanha disponibiliza 16 semanas.
No Brasil, a licença-paternidade é ainda mais curta que a britânica, e a questão carece de uma legislação mais sólida. Em dezembro, o Supremo Tribunal Federal deu um prazo de 18 meses para que o Congresso Nacional criasse uma lei específica sobre o tema, que atualmente é regulado por uma norma transitória da Constituição. Durante o debate no STF, alguns ministros destacaram a importância de igualar o tratamento de homens e mulheres no mercado de trabalho, incluindo a questão das licenças.
Atualmente, as mães brasileiras têm direito a uma licença remunerada de 120 dias, enquanto os pais têm apenas cinco dias. No âmbito do programa Empresa Cidadã, os homens podem ganhar até 15 dias adicionais. No entanto, mesmo esse curto período muitas vezes não é respeitado. Não é raro ouvir questionamentos como: “Ficar em casa pra quê? Vai amamentar também?”
Esse tipo de comentário reflete a visão equivocada de que o cuidado com os bebês é exclusivamente responsabilidade das mães. Além disso, há preocupações sobre o impacto financeiro que uma licença-paternidade mais extensa poderia ter para as empresas. Especialistas, no entanto, argumentam que os benefícios superam os custos, gerando ganhos significativos para as famílias.
Quem já passou pela experiência de ter um filho sabe o quão exaustivo o puerpério – os primeiros 40 dias após o parto – pode ser para as mães. Esse período, segundo especialistas, pode até desencadear depressão pós-parto. O apoio do pai durante esse tempo é fundamental para a saúde das mães. Além disso, uma licença-paternidade mais longa tende a fortalecer o vínculo entre pai e bebê. Estudos indicam que pais que tiram licenças mais longas relatam maior satisfação pessoal e profissional, além de se sentirem mais confiantes no cuidado com os filhos.
“Aumentar a licença-paternidade trará transformações fundamentais para a sociedade brasileira”, defende a Coalizão Licença-Paternidade no Instagram. “Cinco dias é insuficiente. Estender o período ajudará a reduzir o abandono paterno, diminuir a sobrecarga das mães e valorizar o cuidado infantil, além de melhorar a saúde mental das crianças e reduzir a discriminação das mulheres no mercado de trabalho.”
No Reino Unido, o grupo The Dad Shift espera que sua campanha pressione o novo primeiro-ministro, Keir Starmer, a agir. Durante as eleições, Starmer chamou atenção ao mencionar que reserva suas noites de sexta-feira para os filhos. Agora, os ativistas pedem que ele assegure a outros pais a oportunidade de passar mais tempo com suas famílias, especialmente nas primeiras semanas de vida dos bebês.
Aqui no Brasil, a expectativa é que os políticos façam sua parte e criem uma legislação que permita aos pais estarem mais presentes no início da vida de seus filhos, beneficiando não só eles, mas as famílias como um todo. Em um país onde 11,3 milhões de mães criam os filhos sozinhas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, os impactos de uma mudança na política de licença-paternidade podem ser ainda mais profundos e positivos.
Fonte: Estadão
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