Saúde
Tenho que pôr gelo em uma lesão? A ciência desaconselha, e por uma boa razão

Você provavelmente já ouviu falar ou foi aconselhado a colocar gelo em uma lesão aguda (como entorse, pancada forte, tendinite). No entanto, novos protocolos desaconselham essa prática de forma generalizada.
Embora possa parecer contraintuitivo, o uso de gelo (crioterapia) reduz a condução nervosa e causa vasoconstrição local (estreitamento dos vasos sanguíneos), aliviando a dor e reduzindo a inflamação e o edema no curto prazo.
Então, por que evitar o uso de gelo? Vamos analisar o processo inflamatório e sua importância.
Uma Reação Natural
A inflamação é uma resposta fisiológica normal do corpo para se recuperar de uma lesão. Imediatamente após a lesão, os vasos sanguíneos se contraem para evitar a perda de sangue. Pouco depois, eles se dilatam e se tornam mais permeáveis para permitir a entrada de células imunológicas e substâncias inflamatórias. Esse processo leva ao inchaço (edema), necessário para a cura.
Quando a inflamação atinge seu pico, os sinais bioquímicos iniciam a fase de proliferação ou cicatrização do tecido. Os neutrófilos, inicialmente responsáveis por limpar a área, também começam a ter efeitos anti-inflamatórios e regenerativos.
Para que o processo de cicatrização ocorra corretamente, a inflamação deve seguir seu curso natural.
Mudanças no Protocolo
Com a melhor compreensão desses mecanismos biológicos, as estratégias de tratamento para lesões agudas mudaram.
Criado em 1978 pelo médico americano Gabe Mirkin, o protocolo RICE (Rest, Ice, Compression, Elevation) enfatizava a crioterapia. Desde então, ele foi atualizado para o protocolo PRICE, que acrescentou a proteção (Protection).
Em 2012, surgiu o protocolo POLICE, que recomendava o uso ocasional de gelo em fases muito agudas, mas substituiu o repouso (Rest) por carga ótima (Optimal Loading), incentivando a movimentação o mais rápido possível com exercícios que não envolvessem a lesão e não causassem dor. Essa estratégia de mobilização precoce e reabilitação funcional mostrou-se mais eficaz do que a imobilização total.
Protocolo Atual: “PAZ e AMOR”
Apesar da eficácia aparente dos métodos anteriores na redução da dor, as recaídas são comuns. Lesões tendíneas frequentemente falham em se curar completamente, levando ao ditado “as entorses nunca se curam totalmente”.
Em 2019, os especialistas canadenses Blaise Dubois e Jean-Francois Esculier propuseram o protocolo PEACE and LOVE. Ele sugere evitar anti-inflamatórios (incluindo gelo), destacando que a vasodilatação é necessária para que as substâncias essenciais para a cura cheguem ao local da lesão. O gelo pode retardar esse processo e modificar as vias de cura.
Uma revisão sistemática de 2004 já alertava que havia poucas evidências de que gelo e compressão tivessem impacto significativo na recuperação de lesões. O especialista americano Scott F. Nadler afirmou que tratamentos com calor e frio têm efeitos opostos no metabolismo do tecido, fluxo sanguíneo, inflamação, edema e extensibilidade do tecido conjuntivo.
Tanto o gelo quanto alguns medicamentos anti-inflamatórios podem modificar o processo inflamatório, levando a uma recuperação inadequada e fibrose, aumentando a suscetibilidade a novas lesões. O próprio criador do protocolo RICE, Mirkin, admitiu em 2015 que “o gelo retarda a cicatrização”.
E Quanto à Dor?
A dor nociceptiva é a resposta do corpo a danos nos tecidos, gerando mudanças adaptativas (como limitação de movimento) para permitir a cura adequada. Anular essa dor com gelo ou medicamentos anti-inflamatórios pode atrasar ou piorar a lesão.
Como orientação geral, recomenda-se seguir o protocolo PEACE and LOVE e, durante a fase de reparação dos tecidos, consumir alimentos ricos em ômega-3 (EPA e DHA) e suplementar a dieta com vitamina C. Em caso de lesões graves, consulte um médico ou fisioterapeuta para obter orientações adequadas.
Fonte: G1
Destaque
Dengue em Santa Rosa: Boletim registra 5 confirmações e 26 casos em investigação

A Fundação Municipal de Saúde de Santa Rosa (Fumssar) divulgou, nesta terça-feira (11), um novo boletim epidemiológico sobre a situação da dengue no município. De acordo com os dados atualizados, foram notificados 82 casos da doença, dos quais 5 foram confirmados, 51 descartados e 26 seguem em investigação. Não há registros de óbitos.
As autoridades de saúde reforçam a importância da prevenção para conter a prevenção do Aedes aegypti, transmissor da dengue. A recomendação é eliminar possíveis criadores de mosquitos, como recipientes com água parada, manter caixas d’água vedadas e descartar corretamente lixo e entulhos.
A população deve ficar atenta aos sintomas da dengue, que incluem febre alta, dor no corpo, dor de cabeça, manchas vermelhas na pele e cansaço extremo. Em caso de suspeita de doença, é fundamental procurar atendimento médico imediato.
A Fumssar segue monitorando a situação e intensificando as ações de combate ao mosquito.
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Hospital Vida & Saúde anuncia novo gerente para a UPA de Santa Rosa

O Hospital Vida & Saúde (HVS), de Santa Rosa, anunciou nesta segunda-feira (10) uma mudança na gestão da Unidade de Pronto Atendimento (UPA). O enfermeiro Paulo Cesar Pich foi nomeado como novo gerente, substituindo Silvano Cervo, que agora assume a gestão do Núcleo Interno de Regulação.
Com duas décadas de atuação no HVS, Pich desempenhou suas funções na Unidade Dom Bosco, onde também estão sendo mudanças significativas. Agora, ele passou a liderar uma equipe de 150 profissionais da UPA, um contingente superior a muitos hospitais do interior do Estado.
Sua experiência na área de urgência é um dos pontos fortes de sua trajetória. Pich foi o primeiro enfermeiro a chefiar o antigo Pronto Socorro, onde acumulou conhecimento no atendimento emergencial.
A mudança reforça o compromisso do hospital com a qualificação dos serviços prestados à comunidade.
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Internado há três semanas, Papa Francisco tem noite tranquila no hospital

A Vatican News, agência de notícias da Santa Sé, informou nesta sexta-feira (7) que o Papa Francisco “teve uma noite tranquila e acordou pouco depois das 8h da manhã, horário local”.
Na quinta-feira (6), a condição do Papa Francisco permaneceu estável, sem “nenhum episódio de insuficiência respiratória”.
Por isso, a assessoria do Vaticano declarou que “dada a estabilidade de sua condição clínica, o próximo boletim médico será emitido no sábado (8)”. No entanto, a Sala de Imprensa continuará a fornecer breves atualizações sobre o pontífice.
Hospitalizado há três semanas, o líder da Igreja Católica enfrenta uma pneumonia dupla, condição que infecciona os dois pulmões, pode inflamá-los e deixá-los com cicatrizes, dificultando a respiração.
Durante a quinta-feira, Francisco continuou com a “fisioterapia respiratória e motora com efeitos benéficos” e não teve febre. Ele também alternou entre descanso e trabalho.
Antes do início do Rosário noturno realizado na Praça de São Pedro, o papa enviou uma mensagem de áudio.
Nela expressou sincera gratidão por todas as orações e amostras de proximidade que recebeu. Ele estendeu uma bênção a todos e lembrou que os está acompanhando do hospital.
Francisco não foi visto em público desde que entrou no hospital, sua mais longa ausência desde que seu papado começou há 12 anos. Os médicos não disseram quanto tempo o tratamento pode durar.
Conhecido por trabalhar até a exaustão, o pontífice continuou com suas obrigações no hospital.
O pontífice passou por vários episódios de problemas de saúde nos últimos dois anos e é propenso a infecções pulmonares porque teve pleurisia quando jovem adulto e teve parte de um pulmão removido.
Fonte: O Sul.
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