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Saúde

Síndrome de Burnout e suas repercussões jurídicas e financeiras

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Sentimento de angústia, insônia, pensamentos suicidas, sensação constante de exaustão, cansaço e repulsa ao ambiente de trabalho, são alguns dos indícios da Síndrome de Burnout.

Síndrome de burnout – Wikipédia, a enciclopédia livre

Este distúrbio, popularmente conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, foi mencionado pela literatura médica pela primeira vez em 1974, pelo psicanalista alemão Freudenberger, que a constatou em si mesmo e em seus colegas.

Conforme relatado pelo psicanalista, esta síndrome nada mais é do que um término da capacidade de recarregar a bateria vital, levando quase à falência da energia física, psíquica e mental e com isso desencadeando uma depressão laborativa (relacionada normalmente ao meio ambiente do trabalho).

A Síndrome de Burnout, conforme especialistas da International Stress Management Association (Isma) é mais comum nas seguintes áreas:

Na saúde, aparecendo com mais frequência nos técnicos de enfermagem, enfermeiros, fisioterapeutas e médicos e em alguns casos em atendentes que trabalham nas urgências pela tensão da profissão e da exposição e pressão gerada pelos seus gestores.

Na área da educação (tanto que existem estudos e dados estatísticos à parte para os professores), pela rotina das salas de aula, pela falta de estrutura profissional, pela falta de respaldo das instituições e dos próprios pais.

Na área da tecnologia de informação, em que normalmente ocorre a “pejotização”, situação a qual gera no trabalhador uma incerteza com o seu futuro laboral, social e familiar, pela falta de segurança na sua relação de trabalho.

Área Bancária, setor em que existem mais estudos e mais dados com relação à Síndrome de Burnout, visto que as instituições bancárias são possuidoras do maior repertório de técnicas para o desenvolvimento da Síndrome de Burnout.

Nas instituições financeiras visualiza-se como praxe o assédio estrutural (é obrigatório que o superior pressione seu subalterno a cumprir as metas sob o argumento de se manter no emprego ou sob a promessa de crescimento profissional que nunca chega) e institucional regulamentado (metas abusivas, metas sem possibilidade de serem cumpridas, alterações unilaterais das metas), o que cria a sensação de um chefe invisível para o trabalhador, relata o advogado Fábio Nunes Fernandes.

‘Também é muito comum o assédio por Strainning, situação a qual é exigido do sujeito o cumprimento de metas, vendas, abertura de contas e cartões em que as metas são aumentadas na medida em que são alcançadas, fazendo com que ao longo do tempo o trabalhador quebre, venha a adoecer e se sentir inútil, incapaz de realizar seu ofício com eficiência’, continua o especialista.

Atualmente há uma epidemia de insatisfação profissional, que vem contaminando o meio ambiente laboral das empresas, levando à perda de produtividade e uma troca constante de empresas e empregos, como sinal desse meio ambiente laboral adoecido.

Segundo pesquisa da Isma-BR (representante da International Stress Management Association), 72% dos brasileiros que estão no mercado de trabalho sofrem alguma sequela ocasionada pelo estresse. Desse total, 32% sofreriam de burnout. E 92% das pessoas com a síndrome continuariam trabalhando

O advogado relata que durante a pandemia aumentou a procura de clientes com indicação médica de síndrome de Burnout, ele estima que seu escritório teve um aumento de procura de 10% para 30% na demanda de ações da área bancária relatando sintomas da Síndrome de Burnout.

O especialista milita na área trabalhista desde 2003, focando a atuação do seu escritório nas relações trabalhistas bancárias e avalia que este aumento durante a pandemia decorreu do aumento da cobrança de metas, somado ao fato de que estão mais difíceis de serem cumpridas:

“Cobranças de metas inatingíveis fazem com que os trabalhadores se submetam a uma jornada sobrecarregada, acarretando estresse laboral, esta situação se agrava mais ainda em razão de que além de metas individuais, o trabalhador é responsável pela meta geral da agência, e inevitavelmente haverá um trabalhador que terá a menor pontuação, este acaba sendo hostilizado perante os demais colegas, que o vem como responsável por não terem atingido a excelência na venda de produtos e serviços bancários na área regional, ou municipal e estadual ou até mesmo nacional; este ambiente cada vez mais competitivo ocasiona doenças psíquicas” O especialista ainda destaca que caso a síndrome seja leve, resultando numa incapacidade temporária, o trabalhador receberá o auxílio-doença acidentário (B-(91).

Mas em casos mais graves da doença, pode resultar na incapacidade total e definitiva para o trabalho, podendo resultar até mesmo na aposentadoria por invalidez.’

Observa, ainda, que:

Em alguns casos, o profissional que desenvolve Síndrome de Burnout não pode mais desempenhar todas as atividades que realizava antes da doença, chegando até a passar mal somente em relembrar da sua rotina laboral; se continuar trabalhando não conseguirá se recuperar e pode até sofrer um agravamento do seu quadro.

Diante desse quadro, entendo que o profissional teve redução da sua capacidade laborativa e essa redução é quantificável; um perito avalia o indivíduo e determina o percentual de redução da sua capacidade laborativa, levando em consideração as atividades que ele desenvolvia e que não poderá mais desenvolver.

Obviamente, a redução da capacidade laboral é uma forma de dano e, por isso, ela gera um dever de indenizar. Esta indenização é devida pelo empregador em forma de pensão, que durará pelo período de vida estimado do brasileiro, que atualmente está em 76,8 anos conforme, dados IBGE’.

A síndrome de burnout será incluída na próxima revisão da Classificação Internacional de Doenças, segundo anúncio feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em março de 2019. A lista, elaborada pelo órgão, tem por base as conclusões de especialistas de todo o mundo. A classificação é utilizada para estabelecer tendências e estatísticas de saúde. A nova versão da CID começa a valer em 2022.

 

 

 

FONTE CONTEUDO ESTADÃO

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Saúde

Programa SUS Digital na região Macro Missioneira

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Na última semana, a Fundação Municipal de Saúde de Santa Rosa (FUMSSAR) foi sede de uma importante reunião da Macro Missioneira. O encontro foi híbrido e contou com a presença de secretários de saúde dos 78 municípios da região, representantes do Estado e do COSEMS/RS, com o objetivo de discutir a implantação do Programa SUS Digital. Durante a reunião, foi aprovado o Plano de Ação para a utilização dos recursos do Governo Federal e também foram avaliadas as propostas de serviços de capacitação e implantação, que serão coordenados pela FUMSSAR.

O SUS Digital é uma iniciativa do Ministério da Saúde destinada a apoiar os municípios na área da informatização dos serviços de saúde. A primeira etapa do programa, que envolveu as inscrições das cidades, já foi concluída. Neste momento, está sendo realizada a etapa de planejamento, com a alocação de mais de R$ 1,6 milhão para o município de Santa Rosa (FUMSSAR), que será responsável pela gestão desses recursos na região da Macro Missioneira. Délcio Stefan, Presidente da FUMSSAR e vice-presidente do COSEMS/RS, destacou a importância do programa para o desenvolvimento da região, “O SUS Digital é um avanço fundamental para a Macro Missioneira. Este programa facilita o acesso à saúde, como também, melhora a gestão e a eficiência dos serviços. Estamos comprometidos com o desenvolvimento da nossa região e com a modernização da saúde, para que possamos oferecer um atendimento de qualidade, ágil e mais acessível a todos os cidadãos”.

A reunião também contou com a participação de Guilherme Ulema da Silva, da Secretaria Estadual de Saúde – Setor de Planejamento, e das apoiadoras regionais do COSEMS/RS, Sandra Rodrigues Aquino e Cleonice Polleto da Silva.

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Geral

Ministério da Saúde anuncia 100% de gratuidade em 41 produtos na Farmácia Popular

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Na última quinta-feira (13), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou uma ampliação no programa Farmácia Popular, que agora oferece 41 produtos e medicamentos gratuitos à população. Este aumento, em relação aos 39 produtos anteriormente disponíveis, visa beneficiar mais de 1 milhão de pessoas por ano, com um foco especial nos idosos que anteriormente precisavam pagar por alguns insumos. Entre as novidades, o programa passa a incluir o medicamento dapagliflozina, utilizado no tratamento de diabetes e doenças cardiovasculares, além de fraldas geriátricas, que serão disponibilizadas gratuitamente para pessoas com 60 anos ou mais.

 

Fonte: Jovem Pan.

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Saúde

Délcio Stefan participa de reuniões e ações importantes em Porto Alegre

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O Presidente da Fundação Municipal de Saúde de Santa Rosa (FUMSSAR), Délcio Stefan, esteve em Porto Alegre esta semana, participando de uma série de atividades relevantes para o setor da saúde. Entre os compromissos, destaque para a primeira reunião do ano do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (COSEMS/RS). O evento que contou com a presença da nova diretoria. Délcio é o 1º Vice-Presidente do Conselho, o que representa um importante marco para a atuação da FUMSSAR nas pautas de saúde no Estado.
Em outro momento, o Presidente também esteve com a Secretária Estadual de Saúde, Arita Bergmann, em uma agenda produtiva onde foram discutidos temas estratégicos, como o programa de ampliação de atendimento das especialidades e a criação de uma rede de cuidado para as gestantes. A Secretária Arita também apresentou os novos projetos que estão sendo planejados para a saúde em 2025 e informou sobre a correção dos recursos do Estado destinados ao setor. Délcio Stefan destacou a relevância da participação ativa de Santa Rosa nessas discussões, reafirmando o compromisso da FUMSSAR com a melhoria dos serviços de saúde para a população, “É uma honra fazer parte da diretoria do COSEMS/RS e poder estar à frente de discussões sobre novos programas e projetos na área da saúde para o Rio Grande do Sul. Fico muito grato de poder representar Santa Rosa e a região macro missioneira e ter a oportunidade de trazer benefícios concretos para todos os cidadãos gaúchos”.
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