Agro
Sensibilizados com efeitos da enchente, agricultores de Senador Salgado Filho doam feno a propriedades atingidas

Diante do cenário enfrentado por aqueles que vivem em municípios atingidos pelas recentes enchentes e que estão com dificuldade de alimentar seus animais, agricultores de Senador Salgado Filho atenderam ao chamado para adesão à campanha de arrecadação de feno, que está sendo realizada na região de Santa Rosa. Para a mobilização local das doações, uniram esforços a Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, e a Secretaria Municipal de Agricultura.
Foram doados 400 fardos de feno, pelos produtores de Senador Salgado Filho Arno Martin, Nelson Sergio Barbosa da Silva, Jair Friske e Lauri Adelar Bloch. O transporte do feno até o Parque de Exposições de Santa Rosa também ocorreu de forma voluntária, sendo realizado pelo produtor Arisvaldo Pazze. No local, através de parceria entre Emater/RS-Ascar, Fenasoja e Prefeitura de Santa Rosa, estão sendo recebidas doações de diferentes pontos da região.
As cargas de feno estão sendo levadas até regiões atingidas pelas enchentes que assolaram o RS, onde são encaminhadas para propriedades rurais em que os animais sofrem com a deficiência de disponibilidade de alimentos.
Mais de 50 toneladas já foram recebidas e outras cargas estão sendo aguardadas. Para saber como aderir à campanha ou obter mais informações sobre como receber o feno, caso você esteja em um dos locais atingidos pelas enchentes, contate o escritório da Emater/RS-Ascar de seu município.
Agro
Santa Rosa decreta emergência devido à estiagem

Santa Rosa entrou em situação de emergência nesta segunda-feira (17), conforme decreto que será assinado pelo prefeito Anderson Mantei. O anúncio foi feito durante uma coletiva de imprensa pela manhã, antecipando a medida oficial.
A estimativa já provocou perdas significativas no município. De acordo com um levantamento da Emater, os prejuízos na agricultura e pecuária ultrapassaram R$ 82 milhões, com uma redução de produtividade superior a 50%. Além disso, três comunidades rurais – Rincão Honório, Lajeado Ipê e Linha 13 de Maio – estão recebendo abastecimento de água por caminhões-pipa para consumo humano.
Com a decisão, Santa Rosa se juntou a outros 12 municípios da região de Amufron que já decretaram emergência devido à seca.
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Trabalhadores rurais protestam em Tuparendi por medidas de apoio ao setor

Na manhã desta segunda-feira (17), trabalhadores rurais da região Noroeste se reuniram em Tuparendi para uma manifestação em defesa do setor agrícola. O movimento foi organizado por sindicatos em parceria com a Fetag/RS (Federação dos Trabalhadores na Agricultura) e ocorre em meio a mais uma frustração de safra.
Entre as demandas apresentadas estão a prorrogação por 120 dias das operações de crédito do Pronaf e Pronampe, a renovação das resoluções que reduziram a cobertura do Proagro, o enquadramento no CAR, a criação do programa “Desenrola Rural” e a liberação de recursos do BNDES para produtores que não foram contemplados em medidas anteriores.
O protesto aconteceu na área central da cidade e contou com a participação de delegações de 22 municípios da região.
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Emater/RS-Ascar acompanha impactos da restrição hídrica e calor nas culturas de verão

O desenvolvimento da soja foi significativamente impactado pela restrição hídrica e pelas temperaturas elevadas da última semana, próximas a 40°C, que ampliaram as perdas. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (13/02), o Oeste do Estado ainda é a região mais afetada. No entanto, lavouras de todo o Rio Grande do Sul têm sido prejudicadas por essas condições climáticas.
De acordo com o diretor técnico da Emater/RS-Ascar, Claudinei Baldissera, a Instiutuição tem papel fundamental no apoio aos municípios afetados, emitindo laudos técnicos que ajudam no reconhecimento da situação de emergência e na obtenção de recursos. “Continuamos a prestar suporte às prefeituras e entidades locais para viabilizar as políticas públicas necessárias para mitigar os efeitos dessa crise hídrica”, afirma. Além dos danos na agricultura, a estiagem também impacta a pecuária e a disponibilidade de água para consumo humano.
As chuvas ocorreram de forma heterogênea na última semana e, apenas em áreas pontuais, os volumes acumulados foram significativos. Além do calor excessivo, a baixa umidade do solo também afetou diretamente as plantas em estágios reprodutivos, como floração (38% das lavouras) e formação e enchimento de grãos (49%). Outros 2% da área cultivada com soja está em maturação e 11% ainda em desenvolvimento vegetativo e enchimento de grãos.
Embora a coloração verde predomine, o potencial produtivo tende a se reduzir, uma vez que o volume de vagens e de grãos está inferior ao desejável. Em razão da variabilidade das chuvas, uma avaliação individualizada se faz necessária para mensurar as condições e as perdas em cada lavoura, até dentro de mesma localidade.
Entre os danos causados pelo estresse térmico e hídrico estão o abortamento floral, a queda prematura de vagens em estágios iniciais, desfolhação basal, o porte de plantas reduzido e a baixa emissão de ramos laterais. As cultivares precoces e as áreas semeadas entre o final de outubro e início de novembro são as mais prejudicadas. Nesses casos, as práticas de manejo foram suspensas devido ao comprometimento do potencial produtivo.
Nas áreas com umidade adequada, os tratamentos fitossanitários prosseguiram, tais como as aplicações de fungicidas e de inseticidas para controle preventivo de doenças e pragas.
MILHO
Apesar das precipitações ocorridas em 5 de fevereiro, as temperaturas extremamente elevadas aceleraram a redução da umidade nas plantas e nos grãos de milho e, consequentemente, a colheita, alcançando 54% da área cultivada. As áreas colhidas, semeadas no início do período recomendado pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), mantêm produtividades elevadas. As lavouras em maturação, que representam 19% da área cultivada, já têm produtividade definida, sendo consideradas satisfatórias.
Os cultivos semeados tardiamente (7% das áreas em desenvolvimento vegetativo, 6% em floração e 14% em enchimento de grãos) estão sendo impactados pela restrição hídrica e pelas altas temperaturas. A onda de calor tem prejudicado o potencial produtivo da cultura do milho, pois seu ciclo está diretamente relacionado à soma térmica.
O aumento das temperaturas acelera o desenvolvimento fenológico, encurtando as fases de crescimento, assim como compromete a fecundação, se forem superiores a 35°C durante a polinização, afetando negativamente a produtividade. Além disso, as temperaturas noturnas elevadas reduzem o acúmulo de fotoassimilados, prejudicando o enchimento de grãos.
Após as chuvas, alguns produtores realizaram o plantio tardio, mesmo fora do período recomendado pelo Zarc. Observou-se elevação na incidência da cigarrinha-do-milho nas semeaduras realizadas em janeiro.
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