Geral
Reforma Tributária pode elevar desigualdade e carga sobre empresas
A Reforma Tributária, um dos temas mais discutidos no cenário econômico brasileiro e uma das principais pautas políticas do ano, busca simplificar o sistema tributário do país, tornando-o mais justo e eficiente. No entanto, especialistas alertam para possíveis impactos negativos dessa simplificação em diversos setores e regiões do Brasil.
Renata Bilhim, advogada especializada em finanças públicas, tributação e desenvolvimento, sócia da Bilhim Educação e Consultoria Tributária e ex-conselheira do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), expressa essa preocupação.
“A unificação dos tributos, apesar da intenção de simplificação, pode resultar em aumento das alíquotas efetivas para muitos contribuintes, especialmente aqueles que atualmente se beneficiam de alíquotas diferenciadas e regimes especiais”, ressalta.
Elevação da carga tributária
Uma das principais preocupações é o possível aumento da carga tributária. Atualmente, as empresas pagam alíquotas variáveis de acordo com a região e o setor de atividade, mas a reforma propõe uma alíquota unificada de 26,5% para a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).
Bilhim explica que essa mudança pode impactar especialmente as médias empresas, que operam com margens de lucro menores. “O aumento da carga tributária pode reduzir a competitividade das empresas brasileiras, dificultando exportações e a atração de investimentos estrangeiros. Esse efeito pode, em última instância, afetar a empregabilidade e o poder de compra do consumidor final”, afirma.
Além disso, a implementação do novo sistema pode ser complexa e custosa. A transição para o modelo unificado exigirá uma adaptação significativa por parte tanto das empresas quanto do governo.
“A mudança para o IBS requer uma reformulação completa dos sistemas de contabilidade e gestão fiscal, além de novos mecanismos de arrecadação e fiscalização. A incerteza durante o período de transição pode gerar insegurança jurídica e desestabilizar o ambiente de negócios”, destaca Bilhim.
Desigualdade regional
Outro ponto de preocupação é o impacto na desigualdade regional. A unificação dos tributos pode prejudicar estados e municípios que atualmente se beneficiam de regimes tributários mais vantajosos, reduzindo sua autonomia financeira.
“Estados e municípios que dependem de incentivos fiscais para atrair investimentos podem perder essa vantagem competitiva com a uniformização das alíquotas”, explica a especialista.
Além disso, a redistribuição de receitas entre as diferentes esferas de governo pode não compensar adequadamente as perdas de arrecadação em regiões menos desenvolvidas. Isso pode ampliar as disparidades regionais e limitar a capacidade de investimento em infraestrutura e serviços públicos essenciais.
Setores mais impactados
Certos setores da economia, especialmente o de serviços, podem ser particularmente prejudicados pela mudança na estrutura tributária. Atualmente, o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) possui alíquotas mais baixas, mas a implementação do IBS pode resultar em um aumento significativo na carga tributária para esse setor.
“O setor de serviços, que hoje paga entre 2% e 5% de ISS, pode enfrentar uma alíquota de 26,5% com a nova tributação, o que representa um aumento considerável para qualquer empresário”, observa Bilhim.
Esse impacto não se limita ao setor empresarial. A advogada alerta que o aumento de impostos pode resultar em preços mais altos para os consumidores e em uma redução na demanda por serviços. “Isso pode ter consequências negativas para a economia como um todo, especialmente em um momento em que a recuperação econômica é crucial”, adverte.
Diante disso, Bilhim recomenda cautela, pois uma reforma tributária afeta a vida de todos os brasileiros. “É fundamental que o debate sobre a Reforma Tributária continue focado em encontrar um equilíbrio que minimize as consequências negativas e assegure que os objetivos de simplificação e justiça tributária sejam efetivamente alcançados”, conclui.
Fonte: Jornal o Sul
Geral
FEBAP vai ao Paraguai para debater melhorias no trânsito fronteiriço
As Febap’s do Brasil, Argentina e Paraguai realizaram uma importante Reunião Plenária Internacional nesta terça-feira (26), em Obligado, Itapúa, no Paraguai.
O foco foi “Panorama do trânsito fronteiriço na área de atuação da FEBAP”. “Elaboramos um documento que será levado aos parlamentares dos três países”, disse o presidente da Febap Internacional, Gerson Lauermann.
O documento pede que sejam realizadas melhorias como a abertura do Porto em Vera Cruz aos domingos, assim como a disponibilidade de horários estendidos nas travessias, começando mais cedo e encerrando mais tarde sem fechar ao meio dia.
Também está sendo solicitado que se use mais a tecnologia para agilizar o trânsito fronteiriço na Argentina com o Paraguai, Posadas/Encarnación.
“Estamos sugerindo também que se agilize os processos burocráticos na liberação de cargas”, disse Lauermann entusiasmado com o resultado da reunião. Já está agendada a próxima reunião para acontecer durante a Indumóveis, levando o maior número de participantes possível, tanto de autoridades como da sociedade civil, que é a maior interessada para que o Mercosul seja uma realidade além do papel.
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Secretaria de Desenvolvimento Social e CRRM lançam Cartilha “Quebrando o Silêncio”
Na manhã desta quinta-feira (28), o Centro de Referência Regional de Atendimento à Mulher (CRRM), vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Social, realizou o lançamento da Cartilha/Gibi “Quebrando o Silêncio: Maria da Penha vai à escola”. A ação aconteceu no Clube Concórdia e faz parte da programação dos 16 Dias de Ativismo. Uma campanha pelo fim da violência contra a mulher que iniciou no dia 25 de novembro em Santa Rosa. As atividades propostas buscam conscientizar a população sobre a violência de gênero e mobilizar a sociedade para combater essa forma de agressão.
Neste ano, a equipe do Centro de Referência Regional de Atendimento à Mulher, Dirce Margarete Grösz, realizou ações nas escolas e instituições do município sobre a conscientização da violência doméstica. Com o apoio da Gestão Municipal e a parceria da FEMA, foi elaborada uma Cartilha/Gibi para, de forma lúdica, levar conhecimento sobre esse tema tão relevante para as escolas, onde estão sendo formados os futuros adultos.
A Cartilha/Gibi Quebrando o Silêncio vai proporcionar aos estudantes uma reflexão sobre as relações cotidianas e como algumas condutas podem ser prejudiciais. A Gerente do CRRM, Mariza Oleynek, destacou com muito orgulho que Santa Rosa é pioneira no lançamento desta cartilha e que a cidade se tornou referência regional pelo trabalho realizado junto à Rede de Proteção à Mulher no enfrentamento à violência doméstica, “A cartilha, através de histórias em quadrinhos, busca conscientizar de forma mais clara crianças, adolescentes e educadores, para que possam multiplicar o conhecimento sobre a problemática, a fim de romper com o ciclo da violência doméstica”.
O evento contou com a presença da Secretária de Desenvolvimento Social, Taisa Boelter, da Secretária de Educação e Cultura, Josiane Heck, da Juíza da 2ª Vara Criminal, Bianca Predger Sawick, do Promotor de Justiça da 2ª Promotoria de Justiça Criminal de Santa Rosa, Rodrigo Piton, do Defensor Público, Tarcísio Scherer Perlin, da Diretora da Atenção Básica da Fundação Municipal de Saúde, Fabiana Breitenbach, da Major Vanessa Peripoli, do 4º Batalhão de Polícia de Área de Fronteira da Brigada Militar, do Diretor Administrativo da FEMA, Césio Carlos Albea e demais membros da Rede de Proteção à Mulher, além de alunos da Rede Municipal de Ensino.
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