Reforma Tributária: Conheça os principais pontos do projeto aprovado na Câmara
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Reforma Tributária: Conheça os principais pontos do projeto aprovado na Câmara

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A Câmara dos Deputados aprovou ontem o texto-base inicial da regulamentação da reforma tributária, com 336 votos a favor, 142 contrários e duas abstenções. A proposta fixa um limite para a alíquota do novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que não poderá ultrapassar 26,5%, e amplia a cesta básica com isenção de impostos, além de implementar o mecanismo de devolução parcial dos impostos (“cashback”).

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária sobre bens e serviços foi aprovada pelo Congresso no final do ano passado, após várias tentativas nos últimos 30 dias para resolver o complexo sistema tributário atual. A fase atual envolve a regulamentação do que já foi aprovado.

O governo ainda vai apresentar ao Congresso uma proposta para modificar a tributação sobre renda e patrimônio.

Unificação dos impostos

A emenda constitucional da reforma tributária aprovada em dezembro já inclui uma medida para evitar o aumento da carga tributária do país (medida pela relação entre a arrecadação de impostos e o Produto Interno Bruto) em comparação com a carga atual. A trava proposta agora na regulamentação refere-se à alíquota média do IVA. O projeto aprovado pela Câmara traz as diretrizes do novo sistema de impostos sobre consumo, com as regras para o funcionamento do IVA, que unificará cinco tributos existentes atualmente.

A reforma propõe dois IVAs, o IBS e o CBS:

  • Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), de competência de estados e municípios;
  • Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que é federal;
  • Imposto Seletivo (IS).

O dia foi marcado por articulações dos partidos envolvendo o texto-base da regulamentação, para acomodar os acordos de última hora. As modificações foram negociadas com a equipe técnica do Ministério da Fazenda, que permaneceu de plantão na Câmara. O secretário extraordinário da reforma, Bernard Appy, acompanhou as tratativas entre os deputados.

Carnes

O texto inicialmente votado excluía a carne da lista de produtos isentos. No entanto, após a votação, o relator da regulamentação da reforma tributária na Câmara, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), anunciou que alteraria novamente seu relatório para incluir carnes, queijos, peixes e sal na cesta básica isenta de impostos.

O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ligou para ele, orientando-o a apoiar a inclusão das carnes na cesta básica. A posição de Lula contrariava a de sua equipe econômica, comandada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Apesar das divergências, o governo apoiou a inclusão das proteínas na lista de alimentos isentos de impostos.

A demanda pela isenção das proteínas animais, defendida pelo setor de alimentos, pela bancada do agronegócio e pelo próprio presidente Lula, foi aprovada por meio de um destaque (sugestão de mudança ao texto principal) do PL, que lidera a oposição. Desde cedo, a bancada ruralista tentou incluir as carnes na cesta básica isenta de impostos, sem sucesso.

A articulação foi liderada pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que conta com o apoio de 324 deputados, sendo a maior bancada da Casa. Atualmente, as carnes estão na alíquota reduzida, com 60% de desconto na tributação.

Nos cálculos do Ministério da Fazenda, a alteração representaria um aumento de 0,53 ponto percentual, elevando a alíquota média de 26,5% para 27%. Já segundo o Banco Mundial, o impacto seria de 0,57 ponto percentual.

De acordo com o Estadão/Broadcast, temendo um aumento na alíquota-padrão, os deputados incluíram no texto uma trava para evitar que a alíquota do IVA ultrapasse 26,5%, conforme projetado inicialmente pela equipe econômica. A trava entrará em vigor a partir de 2033, após o período de transição da reforma tributária, que começa em 2026. Caso a alíquota ultrapasse o limite, o governo seria obrigado a formular, em conjunto com o Comitê Gestor do IBS, um projeto de lei complementar com medidas para reduzir a carga tributária.

Medicamentos

Os deputados do grupo de trabalho concederam desconto de 60% da alíquota-padrão para todos os medicamentos registrados na Anvisa ou produzidos por farmácias de manipulação. Antes, esses medicamentos estavam divididos entre desconto de 60% e alíquota cheia. Outra parte dos remédios conta com isenção total, que não foi alterada.

O relator também atendeu à demanda da bancada feminina e incluiu o DIU (Dispositivo Intrauterino, um método anticoncepcional) na lista de dispositivos médicos com redução de 60% do IVA. O texto também autoriza que as empresas se beneficiem de créditos de planos de saúde coletivos previstos em convenção, o que antes era proibido pela proposta inicial do Ministério da Fazenda. Os deputados também incluíram planos de saúde para animais domésticos, os pets, com alíquota reduzida em 30%.

Energia, água, esgoto e gás

A proposta amplia o “cashback”, sistema de devolução de parte da CBS à população de baixa renda, de 50% para 100%, nas operações de fornecimento de energia elétrica, água, esgoto e gás natural encanado. Para o cálculo da devolução, serão consideradas as compras registradas nos CPFs de todos os membros da unidade familiar, e não apenas do representante.

“Imposto do pecado”

O texto aprovado incluiu o carvão mineral na lista de produtos sujeitos ao Imposto Seletivo, conhecido como “imposto do pecado”, que incide sobre itens considerados nocivos à saúde e ao meio ambiente. Por outro lado, o relator estendeu a trava de 0,25% de alíquota para todos os bens minerais extraídos. No texto anterior, esse limitador só se aplicava ao minério de ferro. A Câmara já havia incluído os jogos de azar, físicos e digitais (como as apostas esportivas, as “bets”), no Seletivo, além dos veículos elétricos.

Durante a votação de ontem, os deputados rejeitaram um destaque para incluir armas e munições entre os itens do Seletivo.

Trava para aumento da alíquota

A emenda constitucional da reforma tributária aprovada em dezembro já contém uma medida para evitar o aumento da carga tributária do país (medida pela relação entre a arrecadação de impostos e o Produto Interno Bruto) em comparação com a carga atual. A trava proposta agora na regulamentação diz respeito à alíquota média do IVA.

Reform

a A reforma foi aprovada e promulgada pelo Congresso no ano passado, mas ainda depende de regulamentação. A maioria das mudanças começa a ser implementada de forma gradual a partir de 2026, com efeitos em 2027.

Neste ano, duas propostas de regulamentação foram enviadas pelo governo ao Congresso. O primeiro projeto foi votado pelos deputados nesta quarta-feira. O segundo trata do Comitê Gestor que administrará o IBS e a distribuição de receitas entre estados, Distrito Federal e municípios. Essa outra proposta já teve relatório apresentado pelo grupo de trabalho que a analisou, mas ainda precisa ser votada no plenário.

Fonte: CNN Brasil

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Economia

Black Friday aquece o comércio para o Natal com grandes expectativas

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A Black Friday, celebrada nesta sexta-feira (29), marca o início da temporada de compras para o Natal, considerada a data mais movimentada do comércio no ano.

— A expectativa é de uma Black Friday promissora, com grandes expectativas para o Natal. O varejo aderiu e está oferecendo atrativos para este momento — afirma Arcione Piva, presidente do Sindilojas.

Este ano, um diferencial no consumo são os produtos procurados para repor perdas causadas por enchentes ou dificuldades financeiras anteriores. Entre os itens mais buscados, destacam-se os eletrodomésticos.

Embora a data oficial da Black Friday seja na sexta-feira, há expectativa de que as promoções se estendam até sábado (30), aproveitando a janela de pagamento da primeira parcela do 13º salário.

A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do RS (FCDL-RS) projeta que a Black Friday injete R$ 780 milhões na economia do Estado, considerando vendas físicas e online.

Itens mais procurados

  • Eletrodomésticos: 28,8%
  • Eletrônicos (games, tablets, notebooks) e eletroportáteis (barbeador elétrico, ferro de passar, mixer): 24,8%
  • Roupas: 17,8%
  • Calçados: 14,0%
  • Móveis/Estofados: 12,3%

Preferências de compra

  • E-commerce: 47,5%
  • Loja de rua: 37,3%
  • Loja de shopping: 16,8%

Formas de pagamento

  • Cartão de crédito parcelado: 54,8%
  • À vista no débito: 17,5%
  • À vista no Pix: 16,5%
  • Boleto: 0,5%

Fonte: Sindilojas

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Economia

Saiba quem poderá receber o abono do PIS/Pasep em 2025

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O governo federal anunciou mudanças nas regras para acesso ao abono do PIS/Pasep. A partir de 2024, trabalhadores com rendimento de até R$ 2.640 terão direito ao benefício, valor que será ajustado pela inflação nos próximos anos. As alterações ocorrerão de forma gradual, com o objetivo de atender apenas trabalhadores que recebem até um salário mínimo e meio, conforme explicado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quarta-feira (27).

Atualmente, o abono é concedido a trabalhadores que, no ano-base, tenham recebido até dois salários mínimos em média, estejam cadastrados no programa há pelo menos cinco anos e cujos empregadores tenham enviado as informações corretamente na Rais (Relação Anual de Informações Sociais).

A nova regra altera um dos critérios de acesso ao abono, mas seus impactos serão limitados. A principal mudança é a desvinculação do limite de renda do reajuste do salário mínimo, passando a ser atualizado apenas pela inflação.

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) está pagando o abono referente ao ano-base de 2022, e o calendário de liberações já está encerrado, mas os trabalhadores que têm direito ainda podem retirar o benefício até 27 de dezembro. Em 2023, o governo pagou cerca de R$ 27 bilhões, sendo que o PIS é pago pela Caixa Econômica Federal a trabalhadores da iniciativa privada e o Pasep é liberado pelo Banco do Brasil a servidores públicos.

Para 2025, o MTE prevê uma destinação de R$ 30,6 bilhões para o pagamento do benefício, com R$ 27,4 bilhões destinados ao PIS e R$ 3,2 bilhões ao Pasep.

O calendário de pagamento de 2025 deve seguir o modelo de 2024, com o abono sendo pago conforme o mês de aniversário do trabalhador, sem alterações no processo, uma vez que não há orçamento suficiente para pagar duas competências no mesmo ano.

Valor do Abono Salarial do PIS/Pasep:

O valor do abono é proporcional ao número de meses trabalhados no ano-base e pode chegar até o valor de um salário mínimo, atualmente de R$ 1.412. A tabela do abono salarial para 2024 é a seguinte:

  • 1 mês: R$ 118
  • 2 meses: R$ 236
  • 3 meses: R$ 353
  • 4 meses: R$ 471
  • 5 meses: R$ 589
  • 6 meses: R$ 706
  • 7 meses: R$ 824
  • 8 meses: R$ 942
  • 9 meses: R$ 1.059
  • 10 meses: R$ 1.177
  • 11 meses: R$ 1.295
  • 12 meses: R$ 1.412

    Fonte: Notícias ao minuto

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Economia

37% dos brasileiros dependem do INSS para aposentadoria, mas a maioria desconhece o valor que receberia

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De acordo com uma pesquisa realizada pelo Datafolha, 37% dos brasileiros planejam contar com o INSS como principal fonte de renda na aposentadoria. A pesquisa, divulgada nesta quarta-feira (27), aponta ainda que outras fontes de sustento, como reserva financeira e imóveis para alugar ou vender, ocupam os segundo e terceiro lugares entre as alternativas para garantir o sustento na aposentadoria. No entanto, 65% dos entrevistados não sabem estimar o valor que irão receber do INSS.

A pesquisa também revelou que mais da metade dos brasileiros (54%) deseja se aposentar antes dos 60 anos, embora apenas 29% acreditem que conseguirão atingir esse objetivo. O mesmo número de pessoas espera se aposentar com 61 anos ou mais. Já 14% afirmam que não querem parar de trabalhar, 8% acreditam que nunca poderão se aposentar e 16% não sabem.

Edson Franco, presidente da Fenaprevi, destacou que essa diferença entre a idade desejada e a idade esperada para a aposentadoria reflete a desconfiança dos brasileiros no sistema de Previdência. “Embora muitos dependam da Previdência pública, há incertezas sobre a sustentabilidade do sistema e se, quando se aposentarem, haverá recursos disponíveis para eles”, comentou.

A pesquisa, realizada entre 7 e 20 de setembro com 1.929 entrevistas em todo o Brasil, revelou também que 65% dos participantes pensam frequentemente sobre o planejamento financeiro, enquanto 19% o fazem de vez em quando e 16% nunca o consideram. A maioria (76%) afirmou ter metas financeiras, sendo que 57% têm metas para o próximo ano, 64% para os próximos cinco anos e 51% para os próximos dez.

Em relação ao seguro e à previdência, 39,5% dos entrevistados possuem algum tipo de seguro ou plano de previdência privada. O seguro funerário é o mais contratado (29%), seguido pelo seguro de vida (18%). Apenas 9% das pessoas afirmam ter um plano de previdência privada.

Quanto à presença de idosos nas casas dos participantes, 39% afirmaram que há idosos em seus lares, e um terço destes necessitam de cuidados especiais. A maioria (94%) é cuidada por familiares, sendo que 48% dos responsáveis pelas tarefas de cuidado são os próprios entrevistados.

Em relação às preocupações dos brasileiros, a saúde lidera a lista, com 40% dos entrevistados apontando-a como a principal preocupação, seguida pela segurança e violência (38%), corrupção (25%) e educação (20%). Apenas 19% citaram a situação econômica do país, e 20% indicaram problemas financeiros e endividamento nacional como suas maiores preocupações.

Fonte: Notícias ao minuto

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