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Rede de esgoto é ampliada, mas cobertura ainda é baixa, diz ministério

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Quatro em cada dez brasileiros não contam com tratamento de esgoto

 

Cerca de 2,6 milhões de brasileiros que vivem em centros urbanos tiveram suas residências interligadas à rede de esgoto durante o ano de 2019. Embora este número represente um aumento de 2,5% da população urbana atendida pelo serviço em comparação a 2018, a cobertura de esgotamento sanitário ainda é baixa no país, beneficiando apenas 61,9% da população das cidades.

“É muito baixa”, disse, hoje (15), o coordenador-geral de gestão integrada da Secretaria Nacional de Saneamento, do Ministério do Desenvolvimento Regional, Luiz Antônio Pazos, durante a apresentação do diagnóstico dos dados do último ano recolhidos pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (Snis).

“Só atingimos pouco mais da metade da população”, acrescentou Pazos, frisando que, consideradas as pessoas que vivem distantes dos centros urbanos, o índice médio geral de atendimento por rede de esgoto cai para 54% da população – percentual 0,9% superior ao registrado em 2018.

Além da abrangência da cobertura, um outro problema do serviço é o tratamento dispensado ao que é gerado e coletado. Apenas 49% do esgoto produzido é tratado. No segundo caso, 78,5% do que é coletado recebe o tratamento apropriado. Isto considerando que, entre 2018 e 2019, o volume de esgoto tratado passou de 4,30 bilhões de metros cúbicos (m³) para 4,52 bilhões de m³ – um incremento de 5,1% que não deixa o coordenador-geral menos preocupado.

“Isto é um grande problema que vai rebater lá no Ministério do Meio Ambiente. Eu coleto, não trato e volto com este esgoto. Ou seja, na verdade, estamos deteriorando os corpos hídricos; a qualidade do nosso mar. Por isso dizemos que tratar do saneamento é o maior projeto ambiental que podemos ter no país”, destacou Pazos.

Como nem todas as prefeituras dos 5.570 municípios brasileiros fornecem dados integrais ao Snis, os resultados relativos à coleta e ao tratamento de esgoto podem divergir em algum grau da realidade nacional. Ressalva válida também para outras ações analisadas no âmbito do sistema nacional, como o tratamento da água; a destinação dos resíduos sólidos e o manejo das águas das chuvas nas cidades.

Para aumentar a confiabilidade dos dados, o Ministério do Desenvolvimento Regional estuda fazer uma parceria com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), do Ministério da Saúde, para obter dados das cidades que ainda não respondem aos formulários do Snis. Além disso, segundo o secretário nacional de Saneamento, Pedro Ronald Maranhão, uma auditoria será contratada para se debruçar sobre os dados já coletados a fim de atestar a credibilidade dos resultados.

“Estamos, ainda, na época Medieval em questão de saneamento”, disse o secretário, acrescentando que a área é considerada “o patinho feio da área de infraestrutura”. Maranhão enfatizou a importância do diagnóstico do setor e ressaltou que estudos apontam que, a cada R$ 1 investido em saneamento básico, são economizados R$ 4 em gastos com a saúde da população.

 

Resíduos

Além de traçar um panorama do serviço de água e esgoto no país há 25 anos, o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento há dezoito anos vem reunindo dados sobre o tratamento dispensado aos resíduos sólidos. Nos últimos quatro anos, as prefeituras e os técnicos do ministério passaram também a reunir informações sobre os sistemas de drenagem das cidades.

Entre 2018 e 2019, o número de lixões identificados diminuiu de 1.302 para 1.114 unidades. No entanto, aqui vale a ressalva feita anteriormente, sobre o universo de prefeituras que participaram da coleta de informações: 3.712, ou seja, 66,6% do total de municípios existente no país que, pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), pretendia erradicar estes espaços até o fim de 2014 – prazo que, com o novo marco do saneamento básico, foi postergado para, no limite, 2024, de acordo com o tamanho da população das cidades.

“Isto precisa acabar”, frisou Pazos, destacando que, das 65 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos coletados em 2019, quase 13% do total, ou 8,4 milhões, foram despejados em lixões. De acordo com os dados do Snis, regionalmente, o maior volume de resíduos (28,23 milhões de toneladas/ano, ou 43% do total) foi coletado no Sudeste do país, e a menor fração (4,82 milhões ton/ano, ou 7,4% do total) no Norte.

Por outro lado, enquanto 26,6% das mais de 18 milhões de toneladas de resíduos sólidos coletados na região Nordeste foram parar em lixões, no Sul, apenas 1,6% das quase 8 milhões de toneladas foram descartadas nestes espaços. No Norte, este percentual ultrapassou os 26%; no Centro-Oeste chegou a 25,6%, enquanto, no Sudeste, atingiu 2,1%.

“As prefeituras gastam em torno de R$ 25 bilhões ao ano para ter este tipo de tratamento. É dinheiro que sai dos cofres públicos municipais para tratar este lixo. O equivalente a uma média de aproximadamente R$ 140 por habitante”, complementou Pazos, chamando a atenção para a necessidade de dar um melhor aproveitamento aos resíduos.

 

Desperdício

As publicações com as informações que o Ministério do Desenvolvimento Regional disponibilizou esta manhã também apontam as perdas no abastecimento de água. Classificado, no relatório, como “ineficiências técnicas”, o desperdício preocupa os especialistas, principalmente diante do que o relatório do Snis aponta como “um cenário de escassez hídrica e de altos custos”.

De acordo com o coordenador-geral de gestão integrada da Secretaria Nacional de Saneamento, 39,2% da água potável disponibilizada no país durante o ano passado se perdeu na distribuição. “Este é um indicador que nos preocupa muito. Principalmente porque esta é uma perda que está aumentando”, comentou Pazos, explicando que, em 2018, o desperdício foi da ordem de 38,5% da produção.

“É uma grande deficiência que se desdobra em muitos outros [reflexos], inclusive econômicos, já que é preciso produzir mais, gastando mais, sem ter, com isso, o devido retorno para as empresas [prestadoras do serviço]. Além do risco de stress hídrico, já que é necessário captar mais água para compensar as perdas no fornecimento”, disse Pazos. Segundo o relatório, cada brasileiro consumiu, em média, 153,9 litros de água durante o ano passado – uma redução de 0,6% em comparação a 2018.

Em 2019, verificou-se um crescimento positivo, com 1,9 milhão de novas ligações à rede de abastecimento de água. Com isso, a população urbana atendida pelo serviço chegou a 162,2 milhões de pessoas, o que representa um crescimento de 0,9%, em comparação a 2018. No geral, apesar de persistentes desigualdades regionais, a média nacional de atendimento a áreas urbanas chegou a 92,9%, com destaques para as regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste, com índices médios de, respectivamente, 98,7%, 97,6% e 95,9%.

 

 

Agencia Brasil

 

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Fisioterapia proporciona momentos de superação na UTI

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Melhorar a capacidade funcional dos pacientes é um dos objetivos da equipe de fisioterapia que atua na UTI do Vida & Saúde. Obedecendo a condição de cada paciente, os profissionais estimulam os pacientes visando restaurar sua independência respiratória e física, e diminuindo o risco de complicações associadas à permanência no leito.

É neste contexto, que a equipe multidisciplinar observa a particularidade de cada caso, de acordo com a individualidade de cada paciente e proporciona cenas que vão muito além do cuidado a saúde física, mas atuam diretamente na autoestima e na confiança de cada paciente.
Aos 73 anos, seu Flori precisou internar na UTI do Vida & Saúde. Ficou intubado e precisou de ventilação mecânica por 04 dias. Ao ser extubado, precisou de ventilação não invasiva e passou por sessões de hemodiálise. Mas se engana quem pensa que seu Flori desanimou. Após passar pelos primeiros processos, ele adquiriu a resistência necessária para iniciar o processo de movimentação. “A deambulação, ou seja, a caminhada, ainda no ambiente intensivo é considerado o ápice da independência funcional, caracterizando o maior objetivo da equipe, mas para chegar neste grau de funcionalidade, existe muito treino e preparo do paciente, juntamente ao fisioterapeuta”, explica a fisioterapeuta Jaqueline Madril.

Ao realizar os primeiros treinos de marcha com a fisioterapeuta, seu Flori logo se animou: “vamos dançar uma valsa?”, protagonizando um momento especial entre paciente e equipe. “Após adquirir capacidade de mobilização necessária para dançar efetivamente a valsa, veio a ideia de colocar uma música para tornar o momento especial, toda a equipe parou para admirar o momento de descontração do paciente, o mesmo que momentos antes chorava por não estar com a família, agora sorria e comemorava sua notável melhora”, destacou a enfermeira coordenadora da UTI, Thanyze Kretschmer.

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No Vaticano, governador convida Papa Francisco para vir ao Rio Grande do Sul em 2026

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O governador Eduardo Leite convidou o Papa Francisco para visitar o Rio Grande do Sul em 2026, como parte das comemorações dos 400 anos da chegada das missões jesuíticas ao Estado. Francisco é o primeiro sumo pontífice jesuíta. O convite foi feito na manhã desta quarta-feira (17/4), no Vaticano, durante audiência geral.

Na conversa com o Papa, Leite presenteou Francisco com uma escultura das ruínas de São Miguel das Missões, além de camisas do Grêmio, Internacional e Brasil de Pelotas. “Foi uma conversa muito gentil, muito amável, do Papa conosco. Ele agradeceu pelos presentes e pelo convite e também lembrou que ele já esteve muitas vezes na cidade de Pelotas, onde um tio dele morou”, relatou o governador.

A peça entregue ao Papa foi esculpida por Regesmar Martins, conhecido como Diri Martins, de São Nicolau, que doou a escultura para o governo do Estado. O presente foi feito a partir de pedra de areia, material abundante na Região das Missões.

Formada por 26 municípios, a Região das Missões ajuda a contar a história jesuítica e missioneira a partir dos seus patrimônios históricos e culturais, como o Sítio Histórico São Miguel Arcanjo, em São Miguel das Missões.

Em sua homilia, o Papa Francisco falou sobre temperança e pediu aos fiéis que exercitem o equilíbrio. “No mundo onde tantas pessoas se orgulham de dizer aquilo que pensam, a pessoa temperante prefere pensar o que diz. Sabe que há um tempo para falar e um tempo para calar, mas tanto um tempo como o outro exigem a medida certa. Por isso, a qualidade da pessoa temperante é o equilíbrio. Uma qualidade hoje tão preciosa como rara”, rezou o Papa.

O governador falou sobre a benção do Papa ressaltando a importância da mensagem nos tempos atuais. “É uma mensagem muito oportuna para tudo, para as relações nas redes sociais, para as relações pessoais, profissionais e políticas nesse mundo tão dividido. A temperança como tema da mensagem trazida pelo Papa é certamente algo muito apropriado e muito importante nesse momento”, afirmou.

 

A “missão internacional”

O objetivo da missão é aprofundar potencialidades de negócios no Rio Grande do Sul e estreitar as relações com Itália e Alemanha. Em 2025, será celebrado o aniversário de 150 anos da imigração italiana no Estado. Em 2024, ocorre a comemoração do bicentenário da imigração alemã. A comitiva do governo percorrerá duas cidades na Itália e quatro na Alemanha para reuniões de negócios e encontros institucionais.

Também integram a comitiva os secretários da Casa Civil, Artur Lemos, de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Fabrício Peruchin, de Turismo em exercício, Luiz Fernando Rodrigues, de Comunicação, Tânia Moreira, e de Parcerias e Concessões, Pedro Capeluppi, além do procurador-geral do Estado, Eduardo Cunha da Costa, e do diretor do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Ranolfo Vieira Júnior. Representam a Assembleia Legislativa o presidente Adolfo Brito, o líder do governo, Frederico Antunes, e os deputados Guilherme Pasin, Nadine Anflor, Carlos Búrigo, Cláudio Branchieri, Silvana Covatti e Aloísio Classmann.

 

 

Fonte: Juliano Rodrigues/Secom/Camila Cargnelutti/Secom.
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Faltam 30 dias para a Fenasoja 2024

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A Feira Nacional da Soja-Fenasoja abriu contagem regressiva de 30 dias para o início da feira. A edição acontecerá de 17 a 26 de maio de 2024, no Parque de Exposições Alfredo Leandro Carlson, em Santa Rosa-RS. Serão mais de 600 expositores com projeção de gerar cerca de R$ 2 bilhões em negócios. A edição irá celebrar o centenário da soja no Brasil.

O Parque de Exposições está um verdadeiro canteiro de obras. Só nesta edição a feira investiu mais de R$ 5,4 milhões em melhorias. Além disso, o Município aplicou mais R$ 10 milhões, garantindo modernização de espaços, recapeamento asfáltico e mais vagas de estacionamento com calçamento. “São obras e melhorias pensadas no visitante e também na comunidade que utilizará durante a feira e depois. O parque está encantador e moderno. Temos a certeza que a infraestrutura será um dos pontos altos desta edição”, adiantou Daniel Dallalba, da Comissão de Infraestrutura.

O presidente da Comissão de Indústria e Comércio Tito Feix salienta que todos os espaços estão comercializados e já iniciou a montagem das estruturas para os estandes. “Aos poucos o parque passa a receber as empresas que estarão expondo seus produtos e fazendo negócios. É o momento de instalação e ajustes. Teremos espaços diferenciados que encantarão o público”, enfatizou.

O espaço do agronegócio também foi ampliado e já recebe os cultivares que serão demonstrados durante a edição. No local estarão concentradas empresas de insumos, colheitadeiras, implementos agrícolas, além de cooperativas agrícolas, agentes financeiros e entidades voltadas à assessoria rural.  O presidente da Fenasoja Dário Germano destacou que é o momento de levar as novidades que teremos na feira para toda a comunidade, e convida-la a prestigiar o evento ao longo dos 10 dias. “Contamos com cada veículo de comunicação, com cada voluntário, entidade e cidadão para que levem as novidades desta edição e convidem todos para que possamos estar juntos comemorando os 100 anos da Soja no Brasil”, enfatizou.

O acesso ao parque de exposições terá ingresso popular, R$ 10. Nos próximos dias será divulgada a programação oficial. Nas comemorações dos negócios estarão shows nacionais com Raça Negra (17/05), Júlia e Rafaela e Dj GBR (18/05),  Sunset com Pedro Sampaio (19/05), Show de bandas- Corpo e Alma e Rainha Musical e San Marino (23/05), Ana Castela (24/05) e Bruno e Marrone (25/05). Ingresso para os shows podem ser adquiridos https://www.ingressonacional.com.br/fenasoja2024

 

A Fenasoja 2024 acontece de 17 a 26 de maio no Parque de Exposições de Santa Rosa.

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