Real 30 anos: Por que o Brasil conseguiu vencer a inflação e a Argentina ainda não?
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Política

Real 30 anos: Por que o Brasil conseguiu vencer a inflação e a Argentina ainda não?

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Foto: AP Foto/Farid Dumat Kelzi

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Nos últimos 30 anos, Brasil e Argentina trilharam caminhos econômicos divergentes, apesar de um passado inicial marcado por desafios semelhantes. Ambos os países enfrentaram períodos de redemocratização, demandas sociais reprimidas e inflação elevada nas décadas de 1980 e 1990. No entanto, suas realidades econômicas atuais são notavelmente distintas.

No Brasil, a inflação encontra-se controlada, com foco agora na consecução da meta de 3% estabelecida pelo governo. Os desafios brasileiros concentram-se em impulsionar o crescimento econômico, reduzir a desigualdade social e ajustar as contas públicas.

Por outro lado, a Argentina enfrenta ainda um cenário desafiador com inflação elevada, atualmente marcando 276,4% ao ano sob a administração do presidente Javier Milei. Este busca implementar um plano radical em uma economia profundamente disfuncional.

“Foi nos anos 1980 que as trajetórias de Brasil e Argentina se assemelharam pelo lado negativo”, observa Fabio Giambiagi, pesquisador associado do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre). “Ambos os países tentaram vários planos de estabilização que, no entanto, falharam em conter a inflação.”

No Brasil, após cinco tentativas fracassadas, o Plano Real foi implementado com sucesso em 1994, marcando um ponto de virada decisivo. “Se hoje não enfrentamos os mesmos desafios da Argentina, é devido ao Plano Real”, afirma Rubens Ricupero, ex-ministro da Fazenda durante sua implementação. “A diferença crucial é que temos uma moeda estável, enquanto eles ainda lutam para estabelecer essa estabilidade.”

Com o advento do Plano Real, a inflação no Brasil caiu de 2.477% em 1993 para 916,46% em 1994, antes de atingir uma taxa de um dígito dois anos depois.

A história econômica da Argentina, por outro lado, foi marcada por tentativas como o Plano Austral em 1985 e a conversibilidade peso-dólar em 1991. Embora temporariamente bem-sucedido, este último não conseguiu sustentar a estabilidade diante das crises subsequentes e da perda de competitividade das exportações argentinas.

Além do Plano Real, o Brasil construiu outras vantagens ao longo dos anos, como um Banco Central de alta reputação internacional. Em contraste, a Argentina enfrentou dificuldades crescentes no final dos anos 1990, culminando em crises políticas e econômicas devastadoras nas décadas seguintes.

Com a chegada dos Kirchners ao poder, a Argentina experimentou um período de superávits fiscais e externos, impulsionado pelo boom das commodities. No entanto, políticas populistas e falta de disciplina fiscal eventualmente levaram a novas crises, culminando em recentes períodos de recessão e alta inflação sob governos sucessivos.

Atualmente, sob a presidência de Javier Milei, a Argentina busca um caminho radical para conter a inflação, resultando em ajustes fiscais severos e uma profunda recessão. Enquanto isso, o Brasil enfrenta desafios diferentes, focando na estabilidade econômica e no crescimento sustentável.

“Ao longo dessas três décadas, Brasil e Argentina ilustraram de maneira vívida como decisões políticas e econômicas podem moldar destinos nacionais de maneiras profundamente divergentes”, conclui Giambiagi.

Fonte: Estadão

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Economia

Lula sanciona com vetos projeto de renegociação das dívidas dos Estados com o governo federal

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, com vetos, o projeto que cria regras mais flexíveis para o pagamento das dívidas bilionárias dos Estados com o governo federal. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (14).

Lula vetou trechos que, na visão do governo, geravam impacto no resultado primário das contas públicas, ou seja, na busca pelo equilíbrio entre receita e despesas em 2025 e nos próximos anos.

Esses trechos deverão ser analisados novamente pelo Congresso, que pode, se atingir um número mínimo de votos, restaurar as partes vetadas e incluí-las novamente no texto.

“A sanção presidencial reforça o compromisso com a solução das dívidas dos Estados, possibilitando a redução dos juros, o alongamento das dívidas e o uso de ativos para abatimento dos débitos, incentivando uma gestão fiscal responsável e investimentos em áreas prioritárias para o desenvolvimento do País”, informou o governo.

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia antecipado essa posição do governo. Segundo ele, mudanças feitas pelo Congresso no projeto original não contavam com o aval da equipe econômica.

O valor da dívida dos Estados, segundo o Tesouro Nacional, estava em quase R$ 800 bilhões no ano passado. A maior parte do montante se refere a quatro Estados: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

O projeto recebeu o apoio do atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que deixará o cargo daqui a duas semanas. Minas Gerais, Estado que o elegeu, é um dos principais beneficiados pela renegociação das condições dessas dívidas. O Estado deve cerca de R$ 163 bilhões à União, segundo a Secretaria da Fazenda mineira.

 

O que prevê a nova lei

Pelas novas regras, os Estados poderão renegociar as dívidas com desconto nos juros e parcelamento em até 30 anos com a União. Para isso, terão que comprovar o atendimento a algumas regras de boa gestão. No atual modelo, as dívidas são corrigidas pelo que for menor entre a taxa básica de juros, a Selic, e a inflação oficial do País mais 4% ao ano.

O texto do projeto aprovado pelos parlamentares mantém o formato atual dos juros (IPCA + 4%), mas prevê mecanismos para reduzir e até zerar esses 4% adicionais. Estados que comprovarem “boa situação fiscal” terão direito, ainda, a usar um fundo de “equalização federativa”.

A tentativa de renegociar as dívidas dos Estados se estende pelo menos desde 1993. Em 1997, a União assumiu os débitos dos entes junto ao mercado. Então, os Estados passaram a dever ao Tesouro Nacional. A Lei de Responsabilidade Fiscal, de 2000, trouxe mais rigidez ao punir Estados que atrasam os pagamentos.

 

Fonte: O Sul.

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Política

Fernando Classmann é nomeado secretário adjunto de Desenvolvimento Urbano no Governo do Estado

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Fernando Classmann foi nomeado secretário estadual adjunto de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano. Fernando é sobrinho do líder da bancada do União Brasil, deputado Aloisio Classmann; é advogado e foi vereador nos municípios de Boa Vista do Buricá e Santa Rosa, onde atuou como secretário de Esportes. Atualmente é assessor especial da Casa Civil do Governo do Estado, cargo que deixa para assumir a pasta..

 

Fonte: Gabinete do Deputado Classmann
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Destaque

“Gusttavo Lima quer ajudar o país”, diz presidente do PL em meio a disputa de partidos pelos cantor

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O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, elogiou à CNN a intenção do cantor sertanejo Gusttavo Lima de entrar na política. Para o dirigente do partido de Jair Bolsonaro, o cantor quer “ajudar o Brasil” e, por isso, merece elogiado.

“Gustavo é um grande cara e quer ajudar o país”, disse Valdemar. “Acho que ele quer melhorar o Brasil. Temos de aplaudir e querer bem quem tem a situação dele e se interessa pelo país”, completou. O aceno do dirigente de direita ocorre no momento em que siglas de centro-direita, como PP e União Brasil, se propõem em filiar o cantor.

No PL, as chances de o sertanejo se filiar e ser candidato a presidente em 2026 são consideradas improváveis.

A escolha do candidato do partido será feita por Jair Bolsonaro, que tem preferência, caso se mantenha inelegível, pelo filho Flavio Bolsonaro (PL-RJ).

Uma eventual candidatura de Gusttavo Lima ao Senado Federal por Goiás, no entanto, é defendida por dirigentes da legenda.

No ano passado, o assunto chegou a ser tratado pela cúpula do partido, mas foi interrompido após o cantor anunciar a intenção de se candidatar a presidente, não a senador.

A aposta tanto de lideranças do PL como do PT é que uma candidatura presidencial do cantor é “fogo de palha”. Ou seja, deve durar por pouco tempo.

 

Fonte: G1.

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