Com a proximidade da reabertura do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, prevista para voos nacionais em 21 de outubro e internacionais em 16 de dezembro, os governos federal e estadual esperam que o turismo desempenhe um papel central na recuperação econômica do Rio Grande do Sul, após as graves enchentes de maio.

O estado foi escolhido como destaque brasileiro na Feira Internacional de Turismo, que se encerrou nesta terça-feira (1º), em Buenos Aires, com o Brasil como país convidado. “Logo após a tragédia no estado, decidimos homenagear o Rio Grande do Sul, colocando-o como nossa principal vitrine”, disse o ministro do Turismo, Celso Sabino.

O ministro participou do evento na capital argentina junto com o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, e o secretário de Turismo do Rio Grande do Sul, Ronaldo Santini.

Com a reabertura do aeroporto e o retorno do fluxo de turistas para a Serra Gaúcha, um dos principais destinos do estado, o ministro espera que o turismo seja “a locomotiva” da recuperação econômica do Rio Grande do Sul.

“Queremos que o estado seja visto como já reconstruído, conectado e com toda a infraestrutura turística pronta para receber os visitantes”, afirmou o secretário Ronaldo Santini.

Segundo Santini, a promoção internacional do estado leva em conta o tempo necessário para planejar uma viagem e a confiança que os turistas precisam ter para escolher o destino. Ele garantiu que a maioria das cidades já está acessível, com estradas alternativas e reparos feitos nas vias.

Ao falar sobre a infraestrutura, Santini destacou que Gramado, Canela, a região das Hortênsias e o litoral já estão “prontos e sem problemas de conectividade”. No Vale do Taquari, uma das áreas mais afetadas, ainda há pontes a serem reconstruídas, mas rotas alternativas já estão funcionando.

Ele também mencionou que Bento Gonçalves e Veranópolis, na Serra Gaúcha, estão em processo de recuperação, com vias temporárias permitindo o tráfego. Embora reconheça que ainda há desafios na conectividade dessas cidades, ele acredita que o cenário está em melhora contínua.

Santini acredita que a reabertura dos voos será um “divisor de águas” para a economia do estado, especialmente em destinos turísticos como Gramado e Canela, que atraem muitos visitantes de fora. “Essa reabertura vai mudar o perfil dos turistas, aumentar o valor gasto por eles e ajudar a reaquecer a economia local”, comentou.

No entanto, a reabertura do Salgado Filho ocorrerá de forma gradual, sem atingir de imediato a capacidade anterior às enchentes. “A operação será ampliada aos poucos, sempre priorizando a segurança, que é fundamental em questões aéreas e aeroportuárias. Será um período de adaptação, mas a capacidade total será retomada”, concluiu.

Fonte: Jornal o Sul