A escultura de aço tem seis metros de comprimento, dois metros de largura e quatro metros de altura, representando um barco salvando pessoas e animais. A iniciativa é da Federasul e da Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA). Produzida pelo artista plástico Ricardo Cardoso, a obra deve ser instalada em um local simbólico: na Praça Revolução Farroupilha, entre o Muro da Mauá – parte do sistema de contenção de cheias da capital – e o Mercado Público, no Centro Histórico. A aprovação do poder municipal ainda é necessária. A escultura tem um prazo de execução estimado em 60 dias.

A escolha da arte para essa homenagem visa gravar na memória coletiva a maior tragédia climática do Estado. A obra retrata brasileiros segurando o barco, simbolizando as pessoas que arriscaram suas vidas para salvar outras. O barco será suspenso a 1,7 metros do chão, representando o nível da água e os barcos que navegaram nas ruas de uma Porto Alegre inundada para realizar salvamentos.

O objetivo é agradecer e homenagear os heróis voluntários anônimos – aqueles que utilizaram barcos, helicópteros e motos aquáticas para entregar alimentos e salvar vidas.

A obra será acompanhada de uma placa com o seguinte texto:

“Homenagem aos milhões de brasileiros voluntários anônimos, que estenderam suas mãos aos gaúchos em um momento tão difícil, numa enorme rede de solidariedade.

Retrata nas embarcações de resgate navegando na cota máxima, pelas ruas de uma Porto Alegre inundada, as virtudes de homens e mulheres que se arriscaram pelas vidas de desconhecidos. Os sentimentos mais nobres emergiram em estados de todo o Brasil, trazendo sustentação para as ações no RS.

Expressa a superação pela união de brasileiros e revela o elo inquebrantável que nos une enquanto nação: o senso comum de responsabilidade com aqueles com quem nos importamos.

À memória de nossa terra no seu momento de dor, superação e inspiração, em maio de 2024, para que possamos aprender com o que aconteceu, agradecer e evoluir.

Nosso muito obrigado a todos os brasileiros que nos estenderam as mãos!”