Na era das SAFs (Sociedades Anônimas do Futebol), o debate sobre o valor de mercado dos clubes brasileiros tem ganhado destaque. Torcedores se perguntam: “Quanto vale meu time se ele for vendido?” ou “Por que o rival tem um valor mais alto?”.

A consultoria especializada em mercado esportivo, Sports Value, calculou o valor dos 30 maiores times do Brasil utilizando uma metodologia própria (detalhada ao final do texto).

O Flamengo lidera o ranking, avaliado em R$ 4,5 bilhões, com uma valorização de R$ 729 milhões em um ano. Palmeiras (R$ 3,6 bilhões) e Corinthians (R$ 3,1 bilhões) ocupam a segunda e terceira posições, respectivamente.

Os clubes mais valiosos do Brasil em 2023:

1. Flamengo – R$ 4,516 bilhões
2. Palmeiras – R$ 3,573 bilhões
3. Corinthians – R$ 3,071 bilhões
4. Atlético-MG – R$ 2,953 bilhões
5. São Paulo – R$ 2,214 bilhões
6. Internacional – R$ 2,124 bilhões
7. Athletico-PR – R$ 2,09 bilhões
8. Fluminense – R$ 1,449 bilhão
9. Red Bull Bragantino – R$ 1,187 bilhão
10. Santos – R$ 1,184 bilhão
11. Grêmio – R$ 1,037 bilhão
12. Cruzeiro – R$ 766 milhões
13. Fortaleza – R$ 636 milhões
14. Botafogo – R$ 598 milhões
15. América-MG – R$ 582 milhões
16. Coritiba – R$ 565 milhões
17. Vasco – R$ 503 milhões
18. Sport – R$ 468 milhões
19. Bahia – R$ 459 milhões
20. Atlético-GO – R$ 450 milhões

Por que o Athletico-PR vale mais que clubes com maior torcida?

Clubes com ativos modernos têm maior valor de mercado. O controle de ativos próprios, como estádios e centros de treinamento (CT), impacta diretamente o valuation. Mesmo com torcidas menores e menos valor de marca, um estádio moderno, CTs de qualidade e um elenco valioso têm grande peso na avaliação final.

Metodologia da Sports Value

O estudo da Sports Value considera diversos fatores para determinar o valor de cada clube. Os quatro principais aspectos analisados são:

1. Ativos circulantes (como caixa, aplicações financeiras) e imobilizados (como estádio, CT, imóveis);
2. Valor de marca, incluindo potencial de mercado, tamanho da torcida, desempenho esportivo e receitas;
3. Ativos intangíveis, como o valor do elenco profissional e o investimento nas categorias de base;
4. Direitos esportivos e registros, que incluem receitas garantidas pelas competições que o clube participa.

Nenhuma dessas variáveis é analisada isoladamente. Todas se complementam para formar o valor final do clube.

Fonte: Jornal o Sul