Ciência
Projeto elaborado por alunos do Senac Santa Rosa visa reduzir a emissão de gases poluentes
GreenSteps é o nome do trabalho elaborado pelos alunos do curso de Aprendizagem do Senac Santa Rosa, João Gabriel Antunes e João Pedro Ghilardi, que foi escolhido para ser apresentado no Experience Senac 2023 – evento realizado pelo Senac-RS, que acontece em outubro, em Porto Alegre. Trata-se de um aplicativo para dispositivos móveis, que visa incentivar a redução das emissões de gases poluentes na atmosfera pelos veículos.
De acordo com a docente e orientadora do projeto, Mônica Krapp, o aplicativo recompensa os usuários por suas práticas sustentáveis de locomoção, pontuando por quilômetro rodado em cinco categorias: Carona, Ônibus, Aplicativo, Bicicleta/Patinetes e a pé. “Esses pontos podem ser trocados por vouchers de descontos em lojas parceiras, proporcionando aos usuários benefícios econômicos ao adotar práticas de transporte ecologicamente mais corretas”, explica.
Mônica salienta que o GreenSteps promove não só a conscientização sobre sustentabilidade, mas também a redução do sedentarismo e do tráfego urbano. Ela diz que o projeto tem “potencial de atrair uma base significativa de usuários preocupados com o meio ambiente e com sua saúde”.
Quanto às expectativas para o Experience Senac 2023, a docente conta que o grupo está animado para apresentar a iniciativa e destaca a importância do evento como uma forma de valorizar a criatividade dos alunos e promover a integração entre as escolas.
Sobre o Experience Senac 2023
Promovido e realizado pelo Senac-RS, o evento tem como propósito discutir a educação como um dos principais pilares transformadores da sociedade. Além de incentivar o desenvolvimento de soluções inovadoras para as áreas do comércio de bens, serviços e turismo. O tema da edição de 2023, que acontecerá nos dias 5 e 6 de outubro, na sede da Fecomércio-RS, em Porto Alegre, é “novas formas de aprendizagem”.
Ciência
Cientista brasileiro embarca em missão espacial para investigar tratamentos para autismo e Alzheimer
O professor Alysson Muotri, que lidera o laboratório Muotri Lab na Universidade da Califórnia, em San Diego, nos Estados Unidos, participará de uma missão espacial com a NASA entre o final de 2025 e o início de 2026. A missão visa investigar a progressão de doenças neurológicas e buscar tratamentos – ou até a cura – para os casos mais graves de transtorno do espectro autista e Alzheimer. Analisando os efeitos da microgravidade no cérebro humano, ele e mais quatro cientistas serão os primeiros pesquisadores brasileiros a viajar para o espaço. Ainda não foram definidos outros nomes para a expedição.
A equipe embarcará no foguete Falcon 9 da SpaceX rumo à Estação Espacial Internacional (ISS), levando organoides cerebrais como ferramentas de estudo. Conhecidos como “minicérebros”, esses organoides são pequenas estruturas com neurônios criadas a partir de células-tronco de indivíduos vivos, que reproduzem aspectos do funcionamento cerebral. Os cientistas levarão organoides derivados de pacientes com Doença de Alzheimer e autismo, principalmente daqueles que necessitam de acompanhamento constante e correm risco de vida.
Esta não é a primeira vez que o laboratório envia organoides ao espaço. Desde 2019, realizam missões espaciais, mas sem a presença de cientistas. Os “minicérebros” viajam em caixas automatizadas, que são conectadas a tomadas para funcionar durante um período determinado pelos pesquisadores.
Então, por que as respostas para a cura e tratamentos do autismo e Alzheimer podem estar na microgravidade? Segundo Muotri, ao levarem os organoides para o espaço, seria como se os cientistas viajassem no tempo. “O aceleramento do desenvolvimento ou envelhecimento dos organoides cerebrais permite que estudemos o que acontece em outras etapas da vida da pessoa”, explicou ele. Na Terra, precisariam esperar muitos anos para, por exemplo, verificar como surge e se desenvolve a Doença de Alzheimer, que costuma aparecer na velhice.
No espaço, como os organoides envelhecem mais rápido do que na Terra, conseguem acelerar os processos para prever como o cérebro humano se comportará em diferentes estágios da doença ou transtorno. A partir daí, realizam testes em busca de tratamentos – e até da cura – dessas condições neurológicas. “Eu poderia cultivar o organoide por 80 anos? Poderia, mas não estarei mais aqui quando ele estiver maduro o suficiente para eu estudar o Alzheimer”, destacou o cientista.
A missão espacial contará, pela primeira vez, com interferência humana. Para isso, testarão fármacos ou bioativos derivados da floresta amazônica, que serão manualmente inseridos nos “minicérebros” durante a viagem, para testá-los como agentes de proteção contra o Alzheimer. “Precisamos colocar, em cada um desses organoides, o equivalente a um microlitro do volume de uma das drogas da Amazônia”, explicou ele.
Fonte: CNN Brasil
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