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Programa estadual sobre febre amarela é referência mundial
A experiência de mais de 18 anos do programa de vigilância da febre amarela do Estado tornou-se uma referência reconhecida internacionalmente. Na última semana o biólogo Marco Antônio de Almeida esteve no Panamá, onde palestrou em um congresso de doenças infecciosas emergentes. Em outubro, ele e outros servidores do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) irão a Guiana, a convite da Organização Pan Americana da Saúde (OPAS), treinar e capacitar agentes do país.
Além desses trabalhos, ações no Estado buscam evitar a entrada da febre amarela. Para isso, um censo vacinal foi realizado em áreas rurais entre julho e agosto, além de visitações a localidades do Norte, Serra e Litoral, por onde estima-se que o vírus possa ingressar. No dia 16 de setembro, um evento em Porto Alegre reunirá profissionais de hospitais de todo o Estado para falar sobre o manejo clínico da doença. O evento está com inscrições abertas no site da Secretaria da Saúde.
Aprimoramento desde 2001
Almeida relembra que a vigilância ambiental da febre amarela, com o monitoramento de primatas (bugios e macacos-prego, no caso do RS) começou em 200, quando mortes desses animais por febre amarela foram identificados nas cidades de Santo Antônio das Missões e Garruchos, na região Noroeste. “Desde lá, viemos aprimorando cada vez mais o programa e esse papel fez com que sejamos reconhecidos por isso”, afirma. Por isso, o trabalho do Cevs já foi levado como modelo a outros Estados e para o exterior.
Como forma de levar esse conhecimento para outras regiões, a OPAS convidou a equipe do Estado para cursos e capacitações na Argentina, Suriname e Peru desde o ano passado. Em outubro, o grupo embarcará para a Guiana. Além de Almeida, os biólogos Edmílson dos Santos e Jader Cardoso irão ao país atualizar profissionais de saúde locais.
Ações no Estado
Atualmente, o Brasil passa pelo maior surto da doença já registrado. Desde 2017, o Estado de São Paulo passou a apresentar casos. Na sequência, o vírus se propagou para o Paraná e, por último, Santa Catarina, sempre pela área rural. No Rio Grande do Sul não são identificados casos transmitidos dentro do Estado desde 2009. Segundo o Ministério da Saúde, já foram confirmados no país, neste ano, 85 casos em humanos, sendo 15 óbitos.
Frente a esse panorama, algumas medidas foram desencadeadas no RS. Uma delas foi um censo vacinal de febre amarela nas áreas rurais. O trabalho previu, entre os meses de julho e agosto, a visitação casa a casa nesses locais para o levantamento da situação vacinal dessa população e imunização das que ainda não tomaram a dose.
As áreas mais suscetíveis são o Norte, a Serra e o Litoral Norte, em virtude da divisa com Santa Catarina e onde há a presença de áreas silvestres de mata, por onde o vírus pode avançar. Até agora já foram procurados 14 municípios dessas regiões, onde 309 residências foram visitadas, com 902 pessoas entrevistadas.
Uma nova expedição está prevista para as áreas rurais das cidades de Vacaria e Bom Jesus, entre os dias 23 e 27 de setembro. “A ideia é fazer com essas pessoas uma rede de vigilância, já que o mais provável é que sejam elas as primeiras a identificar um macaco morto na mata”, explica Almeida.
Além disso, Secretaria da Saúde (SES) orientou que todos os municípios do Estado realizassem até o fim de agosto um censo vacinal de febre amarela nas áreas rurais. O censo teve por objetivo fazer a busca por pessoas não vacinadas nesta que é a população mais exposta.
Importância da preservação dos macacos
Na natureza, as principais vítimas da febre amarela são os macacos – no Rio Grande do Sul, representados pelas espécies do bugio e macaco-prego. Os primatas não são responsáveis pela transmissão. Esses animais são sentinelas, já que servem como indicador da presença do vírus em determinada região. A transmissão não ocorre de animal para humano. A doença é transmitida pela picada do mosquito.
Caso a população encontre macacos mortos ou doentes, deve informar o mais rapidamente ao serviço de saúde do município ou do Estado. O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) dispõe do telefone 150 para informações, com atendimento de segunda a sexta-feira (das 8h30 às 22h) e aos sábados, domingos e feriados (das 8h às 20h).
Vacinação para a população geral
A vacina contra a febre amarela também está disponível nas Unidades Básicas de Saúde para toda a população, indicada para pessoas acima de nove meses e menores de 60 anos. A imunização é a principal ferramenta de prevenção e controle da febre amarela. A aplicação em pessoas com mais de 60 anos só é orientada mediante avaliação e prescrição médica. O esquema vacinal é de uma dose única, que deve ser administrada pelo menos 10 dias antes do deslocamento para áreas de risco (matas, florestas, rios, cachoeiras, parques e o meio rural). Quem já tomou ao menos uma dose da vacina não precisa de nova aplicação.
O que é a doença?
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido, no meio rural e silvestre, pelo mosquito Haemagogus. O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados e não há transmissão direta de pessoa a pessoa. A febre amarela tem importância epidemiológica por sua gravidade clínica e potencial de disseminação em áreas urbanas infestadas pelo mosquito Aedes aegypti.
Os sintomas são os seguintes:
– início súbito de febre
– calafrios
– dor de cabeça intensa
– dores nas costas ou no corpo em geral
– náuseas e vômitos
– fadiga e fraqueza
Depois de identificar alguns desses sintomas, procure um médico na unidade de saúde mais próxima e informe sobre qualquer viagem para áreas de risco nos 15 dias anteriores ao início dos sintomas. Também informe caso tenha observado macacos mortos próximos aos lugares visitados, assim como a situação vacinal.
Em casos graves, a pessoa infectada por febre amarela pode desenvolver algumas complicações, como febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia (especialmente a partir do trato gastrointestinal) e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos.
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Três municípios da Região Celeiro estão entre os 15 municípios em situação de emergência no RS

A falta de chuvas no Rio Grande do Sul está provocando grandes prejuízos nas lavouras. A Emater informou que ainda está levantando oficialmente os prejuízos, porém diversas cidades já registraram perdas de mais de 80% nas produções.
Até a noite desta terça-feira (21), 15 municípios haviam decretado situação de emergência em razão da estiagem, conforme a Defesa Civil. Outras cinco cidades registraram perdas significativas mas ainda não decretaram emergência. A maioria delas é do Norte ou Noroeste do estado. Veja lista abaixo.
Das 15, apenas uma teve teve a situação homologada pelo estado e pela União até esta terça. Júlio de Castilhos decretou situação de emergência no dia 6 de dezembro e teve homologação no dia 16. As outras cidades ainda tem prazo de 180 dias para comprovar a situação, apresentando laudos de pessoas afetadas, situação da agricultura, entre outros aspectos.
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SEAPDR detecta gafanhotos nativos em Coronel Bicaco e outros quatro municípios da região

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Preço ao produtor de leite teve queda real de 5% neste ano

A pesquisa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, mostra que o preço do leite captado em outubro e pago aos produtores em novembro recuou 6,2% e chegou a R$ 2,1857/litro na “Média Brasil” líquida, uma retração de 2,5%, em comparação ao mesmo mês do ano passado.
É a segunda queda consecutiva dos preços no campo. Com isso, a variação acumulada em 2021 (de janeiro a novembro) está, pela primeira vez neste ano, negativa, em 5%, em termos reais.
A pesquisa do Cepea mostra que, de setembro para outubro, o Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) recuou 0,87% na “Média Brasil”.
Os dados mostram que, mesmo com o retorno das chuvas da primavera, que favorecem a disponibilidade de pastagem, a produção de leite segue limitada neste ano pelo aumento dos custos de produção e por consequentes desinvestimentos na atividade.
CUSTO DE PRODUÇÃO
De janeiro a outubro, o poder de compra do pecuarista frente ao milho, insumo essencial para a alimentação animal, recuou, em média, 29,5% – no ano passado, enquanto o pecuarista leiteiro precisava de, em média, 33 litros de leite para adquirir uma saca de milho de 60 kg (com base no Indicador ESALQ/BM&FBovespa, Campinas – SP), em 2021, são precisos 43 litros para a mesma compra.
Os preços dos grãos registraram quedas recentemente, mas o patamar ainda está elevado. Segundo o Cepea, outros importantes insumos da atividade leiteira também encareceram de forma intensa, como é o caso dos adubos e corretivos, combustíveis e suplementos minerais.
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