Agro
Produção de frutas no RS garante alimentos leves e nutritivos no verão

O verão é uma estação que requer escolhas alimentares mais leves. Nosso corpo pede por alimentos refrescantes e nutritivos, além de maior ingestão de água. E para garantir tudo aquilo que o organismo precisa, nada melhor do que aproveitar a estação mais quente do ano com frutas da época, que ajudam a manter a hidratação, além de fornecerem vitaminas essenciais e mais sabor à mesa.
A Emater/RS-Ascar apoia e desenvolve ações de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) junto aos agricultores de todas as regiões do Estado durante o ano inteiro. E, nesta época, acompanha as colheitas e a comercialização desses produtos nos mais variados mercados. As safras dos meses contemplados pelo verão incluem abacaxi, melancia, melão, figo e uva.
O abacaxi gaúcho é quase todo produzido no Litoral Norte, especialmente no município de Terra de Areia, que concentra 90% da produção estadual. “É um abacaxi diferenciado, um fruto menor e com mais concentração de açúcar. A safra deste ano está em plena colheita e já é 30% maior em relação ao ano passado, com uma produção acima da média”, afirma o extensionista rural da Emater/RS-Ascar Gervásio Paulus. A produtora rural Sanlenária Lopes, de Terra de Areia, comercializa sua produção em feiras no Litoral e em Porto Alegre. “A colheita de janeiro apresentou frutos melhores e mais doces, que oferecem melhor sabor”, relata.
De acordo com o Levantamento Frutícola 2023 da Emater/RS-Ascar, o Rio Grande do Sul conta com 164 unidades produtivas, totalizando 367,33 hectares e uma produção de 7,24 mil toneladas do fruto. Depois de Terra de Areia, os maiores produtores de abacaxi são Três Cachoeiras, Novo Machado, Torres, Esperança do Sul, Venâncio Aires, Arroio do Sal, Três Forquilhas, Porto Mauá e Crissiumal.
A melancia é outra fruta sazonal que apresenta grande procura no verão. Segundo Gervásio, no início da estação a produção vem da região de Montenegro, Triunfo e em torno no Rio Jacuí. Atualmente a fruta está em produção em quase todo o Estado, mas no decorrer dos meses a cultura vai migrando para o Centro e Sul, culminando com o fim da colheita no final do mês de fevereiro em Pedro Osório, região de Pelotas.
“A melancia teve uma safra muito boa neste verão e está sendo oferecida no mercado com preços mais baixos que no ano passado”, destaca Gervásio. O produtor rural de Pareci Novo, Eduardo Schroder, que participa de feiras em Porto Alegre, lembra que a produção precisa de solo com boa drenagem para resultar em uma melancia doce e suculenta.
Em todo o RS, 1.231 unidades produtivas produzem 145.133 toneladas de melancia em 6,52 mil hectares, conforme o Levantamento Frutícola 2023 da Instituição. Os maiores municípios produtores são Encruzilhada do Sul, Rio Pardo, Rosário do Sul, São Jerônimo, Arroio dos Ratos, Bagé, São Francisco de Assis, Montenegro, Barão do Triunfo e Rio Grande.
Melão e figo também merecem destaque nesta estação com boas safras. De acordo com o Levantamento de 2023, o Estado conta com 763 unidades produtivas em 581 hectares e uma produção de mais de 8,5 mil toneladas de melão. Os maiores produtores são Nova Santa Rita, Barão do Triunfo, Feliz, São Sebastião do Caí, São Jerônimo, Portão, Rio Pardo, Ijuí, Bom Princípio e Porto Alegre.
De acordo com o extensionista da Emater/RS-Ascar, Luciano Ilha, o figo terá protagonismo nos próximos dias 8 e 9 de fevereiro, na Serra Gaúcha, durante a 50ª Festa do Figo de Nova Petrópolis. Depois de Feliz, a cidade é a segunda maior produtora da fruta no Estado, seguida por São Lourenço do Sul, Pelotas, Caxias do Sul, Gramado, Encantado, São Pedro da Serra, Piratini e São Sebastião do Caí.
“A qualidade da fruta é muito boa e os produtores realizam a comercialização com facilidade, seja para indústria, mercados ou venda direta ao consumidor”, avalia Luciano. O RS produz mais de 4,4 mil toneladas de figo, em 669 unidades produtivas e 554 hectares, de acordo com o Levantamento Frutícola.
BOA EXPECTATIVA PARA A FRUTA MAIS PRODUZIDA NO RS
Conforme levantamento realizado pela Emater/RS-Ascar a estimativa para esta safra 204/2025 é de uma produção de 860 mil toneladas em 55 municípios (49 que compõem a região de Caxias do Sul e outros seis das regiões administrativas de Lajeado e de Passo Fundo). Isso representa um aumento de 55% em relação à safra anterior (2023/2024) e de 5% se comparada a uma safra “normal”. Esses números se referem a fruta com destino comercial (86%), doméstico e para consumo in natura. A colheita da variedade mais cultivada na Serra (Bordô) foi antecipada em 20 dias e a vindima poderá encerrar ainda em fevereiro.
Nem mesmo os desastres naturais que atingiram o Estado em 2024 comprometeram a safra. O engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Enio Todeschini, destaca que esse bom resultado se deve também a uma prática que vem sendo trabalhada há décadas pelos extensionistas da Instituição, que é o uso de planta de cobertura do solo. “É a prática cultural de maior adesão e efeitos a médio e longo prazo, reduzindo o uso de herbicidas e fertilizantes, as perdas do solo, nutrientes e água. A cada ano o manejo imprimido aos pomares vem sendo aperfeiçoado, refletindo-se em aumento da produtividade ou na redução das perdas”, enfatiza.
A uva de indústria é a fruta com maior área, produção e propriedades produtoras no RS. A cultura conta com uma área de mais de 41,5 mil hectares, 13,31 mil unidades produtivas e uma produção de mais de 863 mil toneladas segundo o Levantamento Frutícola 2023. Os maiores produtores são os municípios de Flores da Cunha, Bento Gonçalves, Farroupilha, Caxias do Sul, Garibaldi, Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira, Cotiporã, Antônio Prado e Nova Pádua.
Em relação à uva de mesa, em 3,4 mil hectares de área cultivada de 2,69 mil propriedades, foram produzidas 62,5 mil toneladas. As principais cidades produtoras são Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Farroupilha, Alpestre, Vale Real, Flores da Cunha, Alto Feliz, São Marcos, Cotiporã, Ametista do Sul e Planalto.
Agro
Santa Rosa decreta emergência devido à estiagem

Santa Rosa entrou em situação de emergência nesta segunda-feira (17), conforme decreto que será assinado pelo prefeito Anderson Mantei. O anúncio foi feito durante uma coletiva de imprensa pela manhã, antecipando a medida oficial.
A estimativa já provocou perdas significativas no município. De acordo com um levantamento da Emater, os prejuízos na agricultura e pecuária ultrapassaram R$ 82 milhões, com uma redução de produtividade superior a 50%. Além disso, três comunidades rurais – Rincão Honório, Lajeado Ipê e Linha 13 de Maio – estão recebendo abastecimento de água por caminhões-pipa para consumo humano.
Com a decisão, Santa Rosa se juntou a outros 12 municípios da região de Amufron que já decretaram emergência devido à seca.
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Trabalhadores rurais protestam em Tuparendi por medidas de apoio ao setor

Na manhã desta segunda-feira (17), trabalhadores rurais da região Noroeste se reuniram em Tuparendi para uma manifestação em defesa do setor agrícola. O movimento foi organizado por sindicatos em parceria com a Fetag/RS (Federação dos Trabalhadores na Agricultura) e ocorre em meio a mais uma frustração de safra.
Entre as demandas apresentadas estão a prorrogação por 120 dias das operações de crédito do Pronaf e Pronampe, a renovação das resoluções que reduziram a cobertura do Proagro, o enquadramento no CAR, a criação do programa “Desenrola Rural” e a liberação de recursos do BNDES para produtores que não foram contemplados em medidas anteriores.
O protesto aconteceu na área central da cidade e contou com a participação de delegações de 22 municípios da região.
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Emater/RS-Ascar acompanha impactos da restrição hídrica e calor nas culturas de verão

O desenvolvimento da soja foi significativamente impactado pela restrição hídrica e pelas temperaturas elevadas da última semana, próximas a 40°C, que ampliaram as perdas. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (13/02), o Oeste do Estado ainda é a região mais afetada. No entanto, lavouras de todo o Rio Grande do Sul têm sido prejudicadas por essas condições climáticas.
De acordo com o diretor técnico da Emater/RS-Ascar, Claudinei Baldissera, a Instiutuição tem papel fundamental no apoio aos municípios afetados, emitindo laudos técnicos que ajudam no reconhecimento da situação de emergência e na obtenção de recursos. “Continuamos a prestar suporte às prefeituras e entidades locais para viabilizar as políticas públicas necessárias para mitigar os efeitos dessa crise hídrica”, afirma. Além dos danos na agricultura, a estiagem também impacta a pecuária e a disponibilidade de água para consumo humano.
As chuvas ocorreram de forma heterogênea na última semana e, apenas em áreas pontuais, os volumes acumulados foram significativos. Além do calor excessivo, a baixa umidade do solo também afetou diretamente as plantas em estágios reprodutivos, como floração (38% das lavouras) e formação e enchimento de grãos (49%). Outros 2% da área cultivada com soja está em maturação e 11% ainda em desenvolvimento vegetativo e enchimento de grãos.
Embora a coloração verde predomine, o potencial produtivo tende a se reduzir, uma vez que o volume de vagens e de grãos está inferior ao desejável. Em razão da variabilidade das chuvas, uma avaliação individualizada se faz necessária para mensurar as condições e as perdas em cada lavoura, até dentro de mesma localidade.
Entre os danos causados pelo estresse térmico e hídrico estão o abortamento floral, a queda prematura de vagens em estágios iniciais, desfolhação basal, o porte de plantas reduzido e a baixa emissão de ramos laterais. As cultivares precoces e as áreas semeadas entre o final de outubro e início de novembro são as mais prejudicadas. Nesses casos, as práticas de manejo foram suspensas devido ao comprometimento do potencial produtivo.
Nas áreas com umidade adequada, os tratamentos fitossanitários prosseguiram, tais como as aplicações de fungicidas e de inseticidas para controle preventivo de doenças e pragas.
MILHO
Apesar das precipitações ocorridas em 5 de fevereiro, as temperaturas extremamente elevadas aceleraram a redução da umidade nas plantas e nos grãos de milho e, consequentemente, a colheita, alcançando 54% da área cultivada. As áreas colhidas, semeadas no início do período recomendado pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), mantêm produtividades elevadas. As lavouras em maturação, que representam 19% da área cultivada, já têm produtividade definida, sendo consideradas satisfatórias.
Os cultivos semeados tardiamente (7% das áreas em desenvolvimento vegetativo, 6% em floração e 14% em enchimento de grãos) estão sendo impactados pela restrição hídrica e pelas altas temperaturas. A onda de calor tem prejudicado o potencial produtivo da cultura do milho, pois seu ciclo está diretamente relacionado à soma térmica.
O aumento das temperaturas acelera o desenvolvimento fenológico, encurtando as fases de crescimento, assim como compromete a fecundação, se forem superiores a 35°C durante a polinização, afetando negativamente a produtividade. Além disso, as temperaturas noturnas elevadas reduzem o acúmulo de fotoassimilados, prejudicando o enchimento de grãos.
Após as chuvas, alguns produtores realizaram o plantio tardio, mesmo fora do período recomendado pelo Zarc. Observou-se elevação na incidência da cigarrinha-do-milho nas semeaduras realizadas em janeiro.
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