Ciência
Primeira chuva de meteoros provocada pelo homem pode ser visível nos próximos anos

A missão da NASA que desviou o asteroide Dimorphos em 2022 pode resultar em um fenômeno inédito: a primeira chuva de meteoros provocada pelo homem. Novas pesquisas sugerem que os fragmentos do impacto podem alcançar a atmosfera da Terra na próxima década, possivelmente criando uma chuva de meteoros visível do Hemisfério Sul.
A missão Teste de Redirecionamento de Duplo Asteroide (DART) da NASA colidiu intencionalmente com Dimorphos em 2022 como um teste para uma estratégia de defesa planetária contra asteroides que poderiam ameaçar a Terra. Embora Dimorphos não estivesse em rota de colisão com nosso planeta, a missão visava avaliar a eficácia do impacto cinético para alterar a trajetória de um asteroide. O teste foi bem-sucedido, alterando a órbita de Dimorphos em 32 a 33 minutos.
No entanto, o impacto também gerou uma quantidade significativa de fragmentos — cerca de um milhão de quilos de rochas espaciais. Esses fragmentos estão sendo estudados quanto à sua futura trajetória e potencial para criar uma chuva de meteoros. Pesquisas recentes, aceitas para publicação no Planetary Science Journal, indicam que alguns desses fragmentos podem atingir Marte até o final desta década e a Terra dentro de dez anos.
Fonte: GZH
Ciência
Cientista brasileiro embarca em missão espacial para investigar tratamentos para autismo e Alzheimer

O professor Alysson Muotri, que lidera o laboratório Muotri Lab na Universidade da Califórnia, em San Diego, nos Estados Unidos, participará de uma missão espacial com a NASA entre o final de 2025 e o início de 2026. A missão visa investigar a progressão de doenças neurológicas e buscar tratamentos – ou até a cura – para os casos mais graves de transtorno do espectro autista e Alzheimer. Analisando os efeitos da microgravidade no cérebro humano, ele e mais quatro cientistas serão os primeiros pesquisadores brasileiros a viajar para o espaço. Ainda não foram definidos outros nomes para a expedição.
A equipe embarcará no foguete Falcon 9 da SpaceX rumo à Estação Espacial Internacional (ISS), levando organoides cerebrais como ferramentas de estudo. Conhecidos como “minicérebros”, esses organoides são pequenas estruturas com neurônios criadas a partir de células-tronco de indivíduos vivos, que reproduzem aspectos do funcionamento cerebral. Os cientistas levarão organoides derivados de pacientes com Doença de Alzheimer e autismo, principalmente daqueles que necessitam de acompanhamento constante e correm risco de vida.
Esta não é a primeira vez que o laboratório envia organoides ao espaço. Desde 2019, realizam missões espaciais, mas sem a presença de cientistas. Os “minicérebros” viajam em caixas automatizadas, que são conectadas a tomadas para funcionar durante um período determinado pelos pesquisadores.
Então, por que as respostas para a cura e tratamentos do autismo e Alzheimer podem estar na microgravidade? Segundo Muotri, ao levarem os organoides para o espaço, seria como se os cientistas viajassem no tempo. “O aceleramento do desenvolvimento ou envelhecimento dos organoides cerebrais permite que estudemos o que acontece em outras etapas da vida da pessoa”, explicou ele. Na Terra, precisariam esperar muitos anos para, por exemplo, verificar como surge e se desenvolve a Doença de Alzheimer, que costuma aparecer na velhice.
No espaço, como os organoides envelhecem mais rápido do que na Terra, conseguem acelerar os processos para prever como o cérebro humano se comportará em diferentes estágios da doença ou transtorno. A partir daí, realizam testes em busca de tratamentos – e até da cura – dessas condições neurológicas. “Eu poderia cultivar o organoide por 80 anos? Poderia, mas não estarei mais aqui quando ele estiver maduro o suficiente para eu estudar o Alzheimer”, destacou o cientista.
A missão espacial contará, pela primeira vez, com interferência humana. Para isso, testarão fármacos ou bioativos derivados da floresta amazônica, que serão manualmente inseridos nos “minicérebros” durante a viagem, para testá-los como agentes de proteção contra o Alzheimer. “Precisamos colocar, em cada um desses organoides, o equivalente a um microlitro do volume de uma das drogas da Amazônia”, explicou ele.
Fonte: CNN Brasil
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Ciência
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