Economia
Preços de alimentos sobem até 81,78% no ano; entenda os motivos
Avanço nos valores para o consumidor ganhou força durante a pandemia de coronavírus
Mudanças no padrão de consumo, problemas na oferta e maior procura por alguns itens durante a pandemia compõem a receita que gerou disparada de preços na região metropolitana de Porto Alegre. O grupo alimentação e bebidas é o mais impactado e, desde janeiro, o que mais aumentou a mordida no bolso do consumidor.
Até outubro, produtos desse segmento tiveram elevação, em média, de 8,9%, indicam dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A marca supera em quase seis vezes o índice geral de inflação, o IPCA, que subiu 1,53% em igual período na região.
Dos 10 produtos que mais avançaram em 2020, nove pertencem ao segmento alimentação e bebidas. A maior elevação na Grande Porto Alegre é a do óleo de soja. De janeiro a outubro, houve disparada de 81,78% no preço. Cebola (69,18%) e arroz (56,01%) aparecem logo em seguida
Depois de alimentação e bebidas, artigos de residência apresentam a segunda maior alta entre os grupos, de 3,57%, também superando o índice geral de inflação.
Dentro desse segmento, que reúne eletrodomésticos e móveis, o destaque é o computador pessoal. De janeiro a outubro, o produto acumulou variação de 29,68%.
Por trás da escalada dos preços está o fato de a pandemia ter estimulado a busca por mercadorias que podem ser consumidas ou usadas dentro de casa. Com a demanda maior, os preços tendem a subir.
Além disso, especialmente no caso dos alimentos, o auxílio emergencial foi um ingrediente adicional para aquecer a procura e provocar subida dos valores nas gôndolas dos supermercados.
Por fim, o dólar em alta incentiva a exportação de commodities, incluindo soja e arroz, o que reduz a quantidade de produtos direcionados ao mercado interno. Ou seja, a menor oferta é outro fator que pressiona os preços para cima.
– Assim como no restante do país, alimentos e artigos para residência têm subido mais. Há uma inflação gerada pelo câmbio. Com o dólar alto, fica mais proveitoso vender para fora do país, o que reduz a oferta no mercado interno. No caso dos alimentos, também houve impacto do auxílio emergencial – pontua o pesquisador Pedro Kislanov, gerente de índices de preços do IBGE.
Economista-chefe da CDL Porto Alegre, Oscar Frank entende que parte das mercadorias tende a continuar sob pressão nos próximos meses. Contudo, não vê grandes riscos, de modo geral, à inflação, que permanece em nível controlado até o momento.
– Devemos ter desaceleração nos preços a partir de fevereiro ou, mais provavelmente, março. Estamos vivendo um choque temporário que tende a ser corrigido. À medida que tivermos maior reorganização nas cadeias produtivas, as commodities devem se estabilizar. Além disso, a expectativa é de que o governo deixe de promover medidas como o auxílio emergencial a partir de janeiro – diz Frank.
ClicRBS
Economia
Governador Leite decidirá hoje sobre a implementação dos cortes de incentivos fiscais a partir de 1º de abril
Destaque
Saiba quais deputados votaram contra suspensão dos decretos que aumentam tributos na cesta básica do RS
Os deputados estaduais acolheram na sessão desta terça-feira, 26, o recurso apresentado pela bancada do PL para suspender os efeitos dos decretos que aumentariam os impostos da cesta básica a partir de 1º de abril. Na votação, foi registrado empate, com 23 votos favoráveis e 23 contrários. Desta forma, o presidente em exercício da casa, deputado Paparico Bacchi (PL), desempatou, conforme determina o Regimento Interno. Com decisão favorável, as medidas ficam suspensas e continuarão a ser discutidas na Assembleia Legislativa.
A complexidade dos decretos publicados pelo governador Eduardo Leite no final do ano passado dificulta a compreensão da população sobre o que de fato irá acontecer. Muito se fala da perda que setores produtivos terão, porém, o custo maior vai sair do bolso dos consumidores. Segundo cálculos elaborados pela Assessoria de Economia da Bancada do PT na Assembleia Legislativa, cerca de 60,5% do que o governo Leite pretende arrecadar a mais a partir do vigor destas normas virá do aumento do Icms em itens da cesta básica. Um estudo realizado pela Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) definiu que o gaúcho gastará, em média, R$ 683 a mais em alimentos por ano.
PRINCIPAIS MUDANÇAS
- Carnes: bovina, suína, aves, peixes e miudezas congeladas, frescas ou resfriadas: De 7% para 12%.
- Ovos: De isento para 12%.
- Flores: De isento para 17%.
- Frutas, verduras e hortaliças: De isento para 12%.
- Maçã e pera: De isento para 12%.
- Leite pasteurizado tipo A, B e C: De isento para 12%.
- Pão francês: De isento para 12%.
- Mistura e pastas para preparação de pães: De isento para 12%.
- Açúcar: De 7% para 12%.
- Banha: De 7% para 12%.
- Café torrado e moído: De 7% para 12%.
- Conserva de frutas: De 7% para 12%.
- Farinha de arroz: De 7% para 12%.
- Farinha de milho: De 7% para 12%.
- Leite UHT LV: De 7% para 12%.
- Margarina: De 7% para 12%.
- Creme vegetal: De 7% para 12%.
- Mistura para pães: De 7% para 12%.
- Óleos vegetais: De 7% para 12%.
- Sal: De 7% para 12%.
- Alho: De 7% para 12%.
- Arroz: De 7% para 12%.
- Erva Mate: De 7% para 12%.
- Farinha de trigo: De 7% para 12%.
- Feijão: De 7% para 12%.
- Massas alimentícias: De 7% para 12%.
- Pães: De 7% para 12%.
DEPUTADOS QUE VOTARAM CONTRA A SUSPENSÃO
- Airton Artus (PDT)
- Airton Lima (Podemos)
- Aloisio Classmann (União Brasil)
- Carlos Burigo (MDB)
- Delegada Nadine (Psdb)
- Delegado Zucco (Republicanos)
- Dirceu Franciscon (União Brasil)
- Dr. Thiago Duarte (União Brasil)
- Edivilson Brum (MDB)
- Elton Weber (PSB)
- Frederico Antunes (PP)
- Guilherme Pasin (PP)
- Kaká D’Ávila (Psdb)
- Luciano Silveira (MDB)
- Luiz Marenco (PDT)
- Marcus Vinicius (PP)
- Neri, o Carteiro (Psdb)
- Pedro Pereira (Psdb)
- Professor Bonatto (Psdb)
- Professor Issur Koch (PP)
- Sergio Peres (Republicanos)
- Silvana Covatti (PP)
- Vilmar Zanchin (MDB)
DEPUTADOS QUE VOTARAM A FAVOR DA SUSPENSÃO
- Adão Pretto Filho (PT)
- Jeferson Fernandes (PT)
- Leonel Radde (PT)
- Luiz Fernando Mainardi (PT)
- Miguel Rossetto (PT)
- Pepe Vargas (PT)
- Sofia Cavedon (PT)
- Stela Farias (PT)
- Valdeci Oliveira (PT)
- Zé Nunes (PT)
- Eduardo Loureiro (PDT)
- Gerson Bumann (PDT)
- Luciana Genro (Psol)
- Joel Wilhelm (PP)
- Claudio Branchieri (Podemos)
- Capitão Martim (Republicanos)
- Gustavo Victorino (Republicanos)
- Patrícia Alba (MDB)
- Adriana Lara (PL)
- Kelly Moraes (PL)
- Paparico Bacchi (PL)
- Rodrigo Lorenzoni (PL)
- Felipe Camozzato (PL)
- Gaúcho da Geral (PSD)
AUSENTES
- Laura Sito (PT)
- Bruna Rodrigues (PCdoB)
- Matheus Fomes (Psol)
- Elizandro Sabino (PRD)
- Adolfo Brito (PP)
- Eliana Brayer (Republicanos)
- Rafael Braga (MDB)
- Cláudio Tatsch (PL)
Fonte: Rádio Espaço FM.
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Brasil abre 306.111 vagas de emprego formal em fevereiro
Em fevereiro, o Brasil criou 306.111 novas vagas de emprego formal, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) nesta quarta-feira (27).
Esse resultado é resultado de 2.249.070 admissões e 1.942.959 desligamentos no mês. No acumulado do ano, de janeiro a fevereiro, o saldo foi ainda mais positivo, alcançando 474.614 novos postos de trabalho, oriundos de 4.342.227 admissões e 3.867.613 desligamentos.
Os dados ministeriais revelam que todos os cinco principais setores econômicos apresentaram saldos positivos:
- Serviços (+193.127 vagas);
- Indústria (+54.448 vagas), com destaque para a Indústria de Transformação (+51.870 vagas);
- Construção (+35.053 vagas);
- Comércio (+19.724 vagas);
- Agropecuária, com saldo positivo de (+3.759 vagas).
Fonte: CNN Brasil
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