Os dois homens que morreram soterrados em um silo de grãos de soja em Mato Queimado, no noroeste gaúcho, eram padrasto e enteado. A informação foi confirmada pela Polícia Civil de São Luiz Gonzaga, que investiga o caso.

As vítimas foram identificadas como Inácio Fabiano Lopes Leal, 33 anos, e Marco Andrei Schneiders Lopes, 19. Eles eram funcionários na unidade da empresa Uggeri, de Mato Queimado. Em comunicado, a empresa expressou pesar às famílias das vítimas.

Leal e Lopes caíram no silo de grãos na tarde de segunda-feira (15), por volta das 16h30min. No entanto, pela dificuldade de resgate, os corpos só foram retirados na madrugada desta terça-feira (16) e encaminhados à perícia. As vítimas faziam esvaziamento do silo no momento da queda.

De acordo com o delegado Afonso Stangherlin, que acompanha o caso, a polícia trata do caso como acidente de trabalho, mas vai investigar a possibilidade de homicídio culposo, caso tenha havido negligência ou descumprimento de regras por parte da empresa.

Leia a nota da empresa na íntegra

“O Grupo Uggeri consternado com o acidente ocorrido em sua unidade de Mato Queimado, comunica o lamentável óbito de seus funcionários:  Inácio Fabiano Lopes Leal e Marco Andrei Schneiders Lopes. Às famílias enlutadas, nosso profundo sentimento de pesar. Nos unimos em solidariedade e apoio nesse momento de imensa tristeza”.

Três sucuris se tornaram alvo de buscas do Batalhão Ambiental da Brigada Militar (BABM) em  Roque Gonzales, no noroeste gaúcho. Equipes policiais e da Defesa Civil verificaram a área alagada da Usina Hidrelétrica Passo São João, leito do Rio Ijuí, na segunda-feira (15).

As buscas começaram no domingo (14), quando um morador de Santo Ângelo informou a Defesa Civil ter visto três sucuris no local. A Brigada Militar foi acionada para auxiliar na operação.

Depois de dois dias de trabalho nas águas do Rio Ijuí, os agentes não identificaram a presença destes animais ou indícios de que pudessem ter circulado na água ou nas margens do lago. No entanto, a orientação é que pessoas que vivem perto do rio tenham cautela com embarcações no local e circular nas margens.

O Brasil é berço de três espécies desses animais: sucuri-malhada (Eunectes deschauenseii), sucuri-amarela (Eunectes notaeus) e sucuri-verde (Eunectes murinus). Todas vivem no norte do país, nos biomas pantanal, cerrado e em parte da Mata Atlântica. Conforme o BABM, é provável que a presença no RS tenha a ver com o tráfico de animais.

Essas cobras podem chegar a sete metros de comprimento e têm hábitos semi-aquáticos, o que significa que ficam a maior parte do tempo na água, em margens de lagos e rios, onde é comum que façam “emboscadas” às suas vítimas. Não são peçonhentas, mas usam a força para se enrolar ao redor da vítimas e matá-las por asfixia.

Por isso, o Batalhão Ambiental solicitou que moradores acionem as autoridades caso avistem esses animais. Se os répteis forem encontrados serão apenas monitorados, tendo em vista que são animais silvestres e devem permanecer em seu habitat natural — neste caso, em rios e áreas alagadas.