Preço da carne só deve voltar a cair em 2020 - Portal Plural
Connect with us

Destaque

Preço da carne só deve voltar a cair em 2020

Publicado

em


  • Academia Persona
  • FAST AÇAÍ

 

A escalada no preço da carne bovina não deve dar trégua ao consumidor nas próximas semanas. Dirigentes da indústria, varejistas e pesquisadores que acompanham o mercado apontam que a crescente demanda externa pela proteína brasileira e o período de entressafra na pecuária do Rio Grande do Sul, que se estende até fevereiro, tendem a continuar pressionando o custo do churrasco dos gaúchos. A perspectiva é de que os cortes só voltem a cair no decorrer do primeiro trimestre de 2020.

Entre outubro e novembro, todos os 10 cortes acompanhados pelo Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva (Nespro) da UFRGS sofreram aumento. Os maiores reajustes foram na picanha (59,5%), filé mignon (49,3%) e alcatra (44,4%). O coordenador do Nespro, Júlio Barcellos, projeta que até o final de dezembro a tendência é de alta nos preços e, posteriormente, um ciclo de queda deve começar. Ainda assim, para Barcellos, dificilmente o consumidor pagará o mesmo valor verificado até o início do segundo semestre, quando as exportações para a China se intensificaram.

– Até março de 2020 os preços devem se normalizar, mas não voltam ao que eram antes. Isso porque a venda é concentrada nas grandes redes de supermercados, que trabalham com uma margem maior de lucro – aponta.

Pesquisador de pecuária do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), Thiago Carvalho constata que a oscilação do preço depende diretamente do comportamento do consumidor, que começa a migrar para outras alternativas de proteínas, como frango e suínos. Isso pode reduzir a pressão no preço da carne de gado, em um momento de pouca oferta do produto. Um dos fatores que explica os reajustes recentes está na queda da produção dos frigoríficos nos últimos anos, já que muitos pecuaristas reduziram o foco na atividade por considerar a remuneração pouco atrativa.

– Houve declínio no abate de animais no país nos últimos anos, fazendo com que a oferta ficasse mais restrita. E, agora, a China entrou comprando muita carne do país, em volume recorde – salienta.

O fator China

O surto de peste suína africana que atingiu parte expressiva do rebanho chinês de suínos é a principal razão para que os asiáticos tenham intensificado o apetite por proteína animal brasileira. Devido ao problema, a China passou a buscar cortes de frango, suínos e bovinos no Exterior. Entre janeiro e outubro deste ano, segundo o Ministério da Economia, as exportações de carne de gado do Brasil totalizaram US$ 5,7 bilhões, 7,6% a mais frente ao mesmo período de 2018. Com crescimento de 36,6% no ano, a China foi o principal destino dos embarques, respondendo por US$ 1,6 bilhão dos negócios.

Já no Rio Grande do Sul, conforme o Departamento de Economia e Estatística da Secretaria Estadual de Planejamento (DEE/Seplag), houve queda de 1,5% no volume geral de embarques, que totalizaram US$ 195 milhões. Entretanto, as vendas para a China saltaram 104%, ficando em US$ 55,1 milhões. O aumento dos negócios com o gigante asiático é comemorado pela indústria, mas encarado como demanda pontual para os próximos anos.

– A China ainda vai levar em torno de três anos para normalizar sua produção. Passado esse período, eles devem se reequilibrar e reduzir a importação. Por isso, temos de ser conservadores. Não adianta se atirar e produzir mais porque lá na frente talvez não tenhamos para onde vender essa produção – aponta Ronei Lauxen, presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Estado (Sicadergs).

Os movimentos externos serão os principais responsáveis por ditar o comportamento dos preços nas gôndolas no Estado, segundo o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo.

– Os únicos preços que estão estáveis para o final de ano são os das aves natalinas, que já foram compradas pelos supermercados. Já na carne bovina, esperamos que os preços se estabilizem nas próximas semanas – relata.

Longo lembra que, apenas no último final de semana, alguns estabelecimentos tiveram queda de 35% nas vendas de carne bovina. Atualmente, em torno de 80% da carne vendida nos supermercados é produzida no Rio Grande do Sul.

Gaúcha/ZH

Compartilhe
Clique para comentar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Destaque

PRF flagra caminhonete a 181 km por hora em Três de Maio; fiscalização nas rodovias é reforçada

Publicado

em

portal plural prf flagra caminhonete a 181 km por hora em três de maio; fiscalização nas rodovias é reforçada

  • Academia Persona
  • FAST AÇAÍ

A Polícia Rodoviária Federal (PRF), com o intuito de evitar acidentes graves no feriado de Páscoa, já iniciou operações de fiscalização de velocidade com radares fotográficos. As fiscalizações ocorrem em todas as rodovias federais da região.

Uma caminhonete Amarok já foi flagrada transitando pela BR-472, em Três de Maio, com velocidade mais que o dobro do limite permitido. A caminhonete estava a 181 km por hora. O excesso de velocidade é um dos fatores agravantes das lesões em decorrência de acidentes, e as multas vão desde infração média até gravíssima com suspensão do direito de dirigir.

A fiscalização nas estradas será reforçada a partir da meia-noite desta quinta-feira (28) até às 23h59min do domingo (31). Para os que buscam evitar congestionamentos, a recomendação da PRF é pegar a estrada até o meio-dia desta quinta ou no sábado pela manhã.

Toda a Sexta-feira Santa (29) deve ter movimento mais forte, especialmente pela manhã. Na volta, o domingo pela manhã será o momento com tráfego mais fraco. Haverá restrição de trânsito para veículos pesados nesta quinta (das 16h às 22h), na sexta (das 6h às 12h) e no domingo (das 16h às 22h).

Além do reforço no efetivo, a PRF vai priorizar a fiscalização de infrações que geram maior risco de lesões graves e mortes em acidentes, como embriaguez ao volante e ultrapassagens indevidas.

 

Fonte: Rádio Alto Uruguai – Com informações da PRF e GZH

Compartilhe
[mailpoet_form id="1"]
Continue Lendo

Destaque

Saiba quais deputados votaram contra suspensão dos decretos que aumentam tributos na cesta básica do RS

Publicado

em

portal plural ministério da saúde não contempla rs em nova remessa de vacina contra a dengue (1)

  • FAST AÇAÍ
  • Academia Persona

Os deputados estaduais acolheram na sessão desta terça-feira, 26, o recurso apresentado pela bancada do PL para suspender os efeitos dos decretos que aumentariam os impostos da cesta básica a partir de 1º de abril. Na votação, foi registrado empate, com 23 votos favoráveis e 23 contrários. Desta forma, o presidente em exercício da casa, deputado Paparico Bacchi (PL), desempatou, conforme determina o Regimento Interno. Com decisão favorável, as medidas ficam suspensas e continuarão a ser discutidas na Assembleia Legislativa.

A complexidade dos decretos publicados pelo governador Eduardo Leite no final do ano passado dificulta a compreensão da população sobre o que de fato irá acontecer. Muito se fala da perda que setores produtivos terão, porém, o custo maior vai sair do bolso dos consumidores. Segundo cálculos elaborados pela Assessoria de Economia da Bancada do PT na Assembleia Legislativa, cerca de 60,5% do que o governo Leite pretende arrecadar a mais a partir do vigor destas normas virá do aumento do Icms em itens da cesta básica. Um estudo realizado pela Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) definiu que o gaúcho gastará, em média, R$ 683 a mais em alimentos por ano.

PRINCIPAIS MUDANÇAS

  • Carnes: bovina, suína, aves, peixes e miudezas congeladas, frescas ou resfriadas: De 7% para 12%.
  • Ovos: De isento para 12%.
  • Flores: De isento para 17%.
  • Frutas, verduras e hortaliças: De isento para 12%.
  • Maçã e pera: De isento para 12%.
  • Leite pasteurizado tipo A, B e C: De isento para 12%.
  • Pão francês: De isento para 12%.
  • Mistura e pastas para preparação de pães: De isento para 12%.
  • Açúcar: De 7% para 12%.
  • Banha: De 7% para 12%.
  • Café torrado e moído: De 7% para 12%.
  • Conserva de frutas: De 7% para 12%.
  • Farinha de arroz: De 7% para 12%.
  • Farinha de milho: De 7% para 12%.
  • Leite UHT LV: De 7% para 12%.
  • Margarina: De 7% para 12%.
  • Creme vegetal: De 7% para 12%.
  • Mistura para pães: De 7% para 12%.
  • Óleos vegetais: De 7% para 12%.
  • Sal: De 7% para 12%.
  • Alho: De 7% para 12%.
  • Arroz: De 7% para 12%.
  • Erva Mate: De 7% para 12%.
  • Farinha de trigo: De 7% para 12%.
  • Feijão: De 7% para 12%.
  • Massas alimentícias: De 7% para 12%.
  • Pães: De 7% para 12%.

DEPUTADOS QUE VOTARAM CONTRA A SUSPENSÃO

  • Airton Artus (PDT)
  • Airton Lima (Podemos)
  • Aloisio Classmann (União Brasil)
  • Carlos Burigo (MDB)
  • Delegada Nadine (Psdb)
  • Delegado Zucco (Republicanos)
  • Dirceu Franciscon (União Brasil)
  • Dr. Thiago Duarte (União Brasil)
  • Edivilson Brum (MDB)
  • Elton Weber (PSB)
  • Frederico Antunes (PP)
  • Guilherme Pasin (PP)
  • Kaká D’Ávila (Psdb)
  • Luciano Silveira (MDB)
  • Luiz Marenco (PDT)
  • Marcus Vinicius (PP)
  • Neri, o Carteiro (Psdb)
  • Pedro Pereira (Psdb)
  • Professor Bonatto (Psdb)
  • Professor Issur Koch (PP)
  • Sergio Peres (Republicanos)
  • Silvana Covatti (PP)
  • Vilmar Zanchin (MDB)

DEPUTADOS QUE VOTARAM A FAVOR DA SUSPENSÃO

  • Adão Pretto Filho (PT)
  • Jeferson Fernandes (PT)
  • Leonel Radde (PT)
  • Luiz Fernando Mainardi (PT)
  • Miguel Rossetto (PT)
  • Pepe Vargas (PT)
  • Sofia Cavedon (PT)
  • Stela Farias (PT)
  • Valdeci Oliveira (PT)
  • Zé Nunes (PT)
  • Eduardo Loureiro (PDT)
  • Gerson Bumann (PDT)
  • Luciana Genro (Psol)
  • Joel Wilhelm (PP)
  • Claudio Branchieri (Podemos)
  • Capitão Martim (Republicanos)
  • Gustavo Victorino (Republicanos)
  • Patrícia Alba (MDB)
  • Adriana Lara (PL)
  • Kelly Moraes (PL)
  • Paparico Bacchi (PL)
  • Rodrigo Lorenzoni (PL)
  • Felipe Camozzato (PL)
  • Gaúcho da Geral (PSD)

AUSENTES

  • Laura Sito (PT)
  • Bruna Rodrigues (PCdoB)
  • Matheus Fomes (Psol)
  • Elizandro Sabino (PRD)
  • Adolfo Brito (PP)
  • Eliana Brayer (Republicanos)
  • Rafael Braga (MDB)
  • Cláudio Tatsch (PL)

 

Fonte: Rádio Espaço FM.

Compartilhe
[mailpoet_form id="1"]
Continue Lendo

Destaque

Morte: Homem é baleado dentro de sua residência e vai à óbito em Santa Rosa

Publicado

em

portal plural fenasoja 2024 é lançada com projeção de gerar r$ 2 bilhões em negócios (1)

  • Academia Persona
  • FAST AÇAÍ

Na noite de quarta-feira (27/03), um ato de violência chocou a comunidade de Santa Rosa, quando um homem foi brutalmente assassinado a tiros em sua própria casa. A vítima foi identificada como Nerci da Silva, de 49 anos.

De acordo com relatos da polícia, o crime ocorreu por volta das 21 horas, na Rua A, localizada na Vila Bom Retiro. Testemunhas afirmaram que um indivíduo em uma motocicleta chegou à residência de Nerci e, sem hesitação, invadiu o local disparando vários tiros contra ele. Após o ataque, o indivíduo fugiu rapidamente do local.

As circunstâncias desse homicídio estão sendo investigadas pelas autoridades policiais.

Compartilhe
[mailpoet_form id="1"]
Continue Lendo

Compartilhe

[DISPLAY_ULTIMATE_SOCIAL_ICONS]

Trending

×

Entre em contato

×