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Pesquisa aponta medo de mulheres de serem vítimas de estupro

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Apenas 46% da população conhecem serviço de saúde para vítimas

A interrupção da gravidez resultante de estupro feita em segurança por um serviço de saúde é apoiada por 82% dos brasileiros, e 88% consideram que toda cidade deveria ter um serviço de aborto previsto na legislação, para que a vítima possa escolher sobre a continuidade ou não da gestação. Porém, apenas 46% afirmaram conhecer serviço de saúde para vítimas de estupro.

É o que revela a pesquisa Percepções sobre estupro e aborto previsto por lei, dos institutos Patrícia Galvão e Locomotiva, divulgada ontem (9). Segundo a diretora de pesquisa do Instituto Locomotiva, Maíra Saruê Machado, o impacto do estupro é uma realidade próxima da população, já que 52% dos entrevistados conhecem uma mulher ou menina que já foi vítima e 16% das mulheres disseram ter sofrido violência sexual.

O levantamento foi feito de forma online entre os dias 1º e 14 de setembro e registrou a opinião de 2 mil homens e mulheres, com 16 anos ou mais de idade, em todo o Brasil.

Entre as mulheres, 95% revelaram ter medo cotidiano de serem estupradas, sendo que 78% afirmaram ter muito medo. Entre os homens, 92% têm medo que sua filha, mãe, esposa ou namorada sejam vítimas do crime.

“A maioria conhece uma mulher ou menina que foi vítima e é unânime a percepção de que as brasileiras temem que isso ocorra com elas. As consequências de um estupro na vida da vítima, sejam psicológicas, físicas ou uma gravidez indesejada, também são bastante reconhecidas. Mas a pesquisa mostra que o acolhimento do Estado às mulheres e meninas vítimas, seja nas delegacias ou no sistema de saúde, pode ser mais qualificado”, disse Maíra.

A pesquisa aponta que 91% das mulheres acham que contariam para alguém se fossem vítimas de estupro e 68% contariam com certeza. Os motivos relatados que impediriam a comunicação do crime são a vergonha, o constrangimento e o medo da exposição. Na amostra, 92% das mulheres dizem que denunciariam se fossem vítimas, porém 53% dos entrevistados disseram que as vítimas não costumam denunciar.

Apenas 29% acham que a polícia está muito preparada para atender vítimas de estupro e 93% concordam que toda vítima de estupro que procurar a delegacia ou um serviço de saúde deve ser informada sobre as formas para evitar doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada. Dos que conhecem uma vítima, 17% relataram que ela engravidou e em 42% desses casos a gestação foi interrompida.

Para a diretora executiva do Instituto Patrícia Galvão, Jacira Melo, a pesquisa evidencia o apoio ao acolhimento das vítimas de estupro pelos serviços públicos.

“Já está amplamente disseminada a ideia de que uma relação sexual sem consentimento é um estupro e que, em caso de gravidez, toda menina e mulher tem o direito de interromper essa gestação de forma segura em um hospital público. E, mais que isso, a maioria da população concorda que toda cidade deve ter um serviço de saúde para atender essas vítimas”, disse.

Sobre casos como o da menina de 10 anos que foi estuprada pelo tio e engravidou, no Espírito Santo, 94% disseram ser favoráveis à interrupção da gestação.

Formas de violência

A pesquisa levantou também a percepção sobre as principais formas de violência sofridas pelas mulheres. Do total de entrevistados, 73% apontaram a violência doméstica, 53% o assédio sexual, 43% a desigualdade salarial entre homens e mulheres, 42% o estupro, 38% a violência física, 37% a dupla jornada de trabalho e 14% indicaram ainda o racismo como uma forma de violência sofrida pelas mulheres brasileiras.

Quando analisadas apenas as respostas das mulheres à pesquisa, o estupro é apontado por 44% e indicado como a quarta principal violência sofrida, enquanto entre os homens a indicação cai para 39%, o sexto lugar.

Para 84% dos entrevistados, a culpa é sempre do estuprador, independentemente da roupa ou do comportamento da mulher, e 59% entendem que estupro é o ato sexual sem consentimento. Do total, 94% discordam que existam mulheres que merecem ser estupradas.

Quando perguntados sobre situações específicas, 92% disseram ser estupro quando um homem obrigar uma mulher a ter uma relação sexual; 90% quando um homem faz sexo com uma mulher que está inconsciente, bêbada ou drogada; 82% quando um homem faz sexo com uma mulher com grave deficiência mental; 81% quando o marido ou parceiro obrigar sua mulher a práticas sexuais que ela não quer; 77% quando um homem faz sexo com uma menina menor de 14 anos, mesmo que ela autorize; e 65% afirmaram ser estupro quando um homem “encoxa” uma mulher ou toca o seu corpo sem sua autorização.

Sobre o isolamento social imposto por causa da pandemia da covid-19, 81% dos entrevistados consideram que a quarentena contribui para o aumento dos estupros dentro de casa. Do total, 98% concordam que se alguém descobrir que uma menina está sendo estuprada dentro de casa, deve denunciar. Para 88%, quem presencia ou fica sabendo de um estupro e fica calado também é culpado.

O atendimento às vítimas deve oferecer atendimento psicológico segundo 89% dos entrevistados; assistência médica imediata para machucados e lesões para 84%; remédios para prevenir infecções transmitidas sexualmente, como sífilis e HIV para 83%; e 74% concordam que a vítima deve tomar rapidamente a pílula do dia seguinte para evitar uma gravidez.

 

 

 

FONTE AGENCIA BRASIL

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Mais de R$ 10 milhões em investimentos no Parque de Exposições

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Foto: Divulgação/ Prefeitura de Santa Rosa
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Em breve, Santa Rosa será palco outra vez da maior feira multissetorial do Brasil. Em maio, inicia a Fenasoja 2024 e para dar ainda mais espaço para o agronegócio que é uma das principais áreas do evento, o Governo Municipal está investindo em melhorias na infraestrutura do Parque de Exposições Alfredo Leandro Carlson. A Prefeitura de Santa Rosa adquiriu uma área de 40.501,50 m² para a ampliação da ExpoRural. A Fenasoja realizou o projeto e o trabalho de terraplanagem e o município está executando os serviços de pavimentação asfáltica. Cerca de 80% da obra já foi concluída. Um investimento de mais de R$ 4,6 milhões de recursos próprios do município. Além desta, outras melhorias estão acontecendo no Parque de Exposições.
Nesta semana, a Prefeitura está realizando o recapeamento das principais vias internas do Parque. Um investimento de R$ 500 mil. Outro grande avanço que vai trazer mais segurança e qualificar ainda mais este espaço público, é a instalação de cerca de 300 luminárias de LED. Em paralelo com estas obras, segue sendo executada também, a pavimentação de pedras irregulares nos estacionamentos (obra 60% concluída). Mais R$ 914 mil investidos pelo Governo Municipal. O Prefeito Anderson Mantei, destaca que isso só é possível, graças ao trabalho de gestão implementado desde 2021 e das economias realizadas, “São diversas melhorias acontecendo ao mesmo tempo e isso só é possível, graças às economias que foram feitas ao longo desses 3 anos. São obras que contribuem para o desenvolvimento da nossa cidade como também, dão suporte para a realização das feiras que movimentam a economia de Santa Rosa e região. Estamos preparados para realizar a maior Fenasoja da história”.
Outra obra histórica para Santa Rosa e que está em andamento no Parque de Exposições, é a 2ª etapa da Arena. Com mais de 90% dos serviços concluídos, o objetivo é disponibilizar para a comunidade um espaço diferenciado para o esporte e o lazer. O espaço vai poder ser utilizado para diversas atividades, como: eventos, recreação, serviço social, práticas esportivas, entre outras. Mais de R$ 4 milhões estão sendo investidos no local. A primeira etapa foi concluída pela Fenasoja. Com todas estas melhorias em execução, os investimentos no Parque, ultrapassam R$ 10 milhões.
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Preços de itens de Páscoa variam mais de 300% em Fortaleza

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Foto: Divulgação/Procon
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Uma  análise recente realizada pelo Departamento Municipal de Proteção e Defesa dos Direitos do Consumidor (Procon Fortaleza) revelou uma disparidade significativa nos preços dos itens típicos da Páscoa na cidade de Fortaleza. Segundo os dados divulgados na quarta-feira (27), a variação de preços ultrapassa os 300%, destacando uma discrepância alarmante nos valores praticados pelos estabelecimentos comerciais.

Durante o período de 1° a 22 de março, o Procon Fortaleza conduziu uma pesquisa abrangente em supermercados nas 12 Regionais da cidade, além de visitas aos Mercados Públicos de Messejana, São Sebastião (localizado no Centro), e aos Mercados de Peixes da Barra do Ceará e Mucuripe. Os resultados revelaram uma disparidade impressionante nos preços dos produtos relacionados à Páscoa.

Um dos pontos destacados pela pesquisa foi a variação nos preços dos pescados, com a pescada-amarela liderando a lista de disparidades, registrando uma diferença de 193,42% entre o preço mais baixo, encontrado por R$ 32,68 no Siqueira, e o mais alto, de R$ 95,89 em Messejana.

Além disso, a pesquisa revelou que itens como sardinha e pilombeta são os peixes mais acessíveis, enquanto o bacalhau e o salmão atingem preços mais elevados, chegando a R$ 129,90 e R$ 149,90, respectivamente, em determinadas regiões da cidade.

No que diz respeito aos vinhos, a pesquisa identificou uma discrepância de até 314% nos preços, destacando um caso em que três garrafas de 750 ml podem ser adquiridas pelo mesmo valor de uma em um estabelecimento mais caro. Por exemplo, um vinho tinto nacional foi encontrado por R$ 14,49 no Jangurussu, enquanto o mesmo produto custava R$ 59,99 no Mucuripe.

Além dos alimentos, a pesquisa também abordou os preços dos ovos de chocolate, indicando que a diferença de valores pode chegar a 125% para produtos da mesma marca. Ovos de chocolate de 500g foram encontrados por valores que variavam de R$ 51,99 a R$ 116,90 em diferentes regiões da cidade.

Os resultados completos da pesquisa estão disponíveis para consulta no site do Procon Fortaleza, oferecendo aos consumidores informações essenciais para tomadas de decisão durante as compras para a Páscoa.

Fonte: G1

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Defesa de Jair Bolsonaro justifica presença na embaixada da Hungria para tratar assuntos de ‘política’ e ‘setor conservador’

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A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, em comunicação oficial ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), contestou veementemente a sugestão de que sua estadia na embaixada da Hungria por dois dias tivesse qualquer relação com um pedido de asilo ou uma tentativa de fuga de investigações em curso.

Na segunda-feira (25), o jornal The New York Times divulgou vídeos onde Bolsonaro visitou a embaixada da Hungria logo após ter seu passaporte apreendido pela Polícia Federal, em meio a uma investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado.

Moraes, responsável pela condução da investigação, concedeu um prazo de 48 horas para que o ex-presidente apresentasse esclarecimentos. No documento enviado, os advogados argumentam que Bolsonaro mantém laços de amizade com autoridades húngaras e que sua visita à embaixada tinha como propósito tratar de assuntos políticos.

 

“[Bolsonaro] sempre manteve interlocução próxima com as autoridades daquele país, tratando de assuntos estratégicos de política internacional de interesse do setor conservador”, afirmam os advogados.

Conforme o direito internacional, o território de uma embaixada é considerado soberano do país que representa. Dessa forma, quaisquer agentes brasileiros só poderiam acessar Bolsonaro mediante autorização do governo húngaro.

 

“Diante da ausência de preocupação com a prisão preventiva, é ilógico sugerir que a visita do peticionário [Bolsonaro] à embaixada de um país estrangeiro fosse um pedido de asilo ou uma tentativa de fuga. A própria imposição das recentes medidas cautelares tornava essa suposição altamente improvável e infundada”, dizem os advogados.

Fonte: O Bairrista.

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