Mundo
“O que nos faz exaustas é a falta de apoio, não o amor aos nossos filhos”
A imagem da mãe exausta, comendo em pé, enquanto tira as roupas da máquina de lavar, responde a um e-mail e auxilia o filho com a lição não pode ser vendida como um símbolo de doação altruísta e amor materno. Histórias de mães que abriram mão dos seus sonhos, negaram vagas de emprego ou trancaram a faculdade porque eram inconciliáveis com a maternidade não podem ser repassadas com filtro vintage e música emocionante. Como vimos com frequência no mês das mães, o mês oficial da glamourização da exaustão materna. A guerreira, a que doa tudo em nome da felicidade do rebento, a que sustenta o peso emocional e logístico da família, sem reclamar
Eu me lembro das homenagens às mães na infância: a música do avental sujo de ovo, que cantávamos anualmente, as fotos de mulheres com bobes no cabelo, o papai no bolso e a mamãe no coração. Cada letra ensinava a nós, meninas, o nosso papel. Também ensinava aos meninos o que esperar de nós. Homenageávamos as nossas mães sem pensar em quem eram de verdade, o que sentiam, o que sonhavam, o que desejavam. Mães eram mães e isso deveria bastar, os sacrifícios eram prova do quanto eram especiais.
Os tributos atuais são mais sutis, mas não menos opressores. Nos retiraram os aventais e os bobes, mas seguimos servindo, cuidando, ofertando cada segundo do nosso tempo, recebendo apenas sorrisos, flores e perfumes em troca. Seguindo a cartilha do momento, as palavras de ordem aparecem nas peças comerciais, longe dos seus reais significados: puerpério, machismo, equidade. Ditas e repetidas sem que sejam colocadas em prática. São enfeites, como o vaso de flores do cenário. Agora nos dizem: “ser mãe é difícil!”, e complementam “você aguenta!”.
Sim, educar um ser humano é difícil, mas não precisa ser exaustivo. Se fôssemos culturalmente ensinados a cuidar das crianças como parte importante do grupo, se todos e todas assumíssemos a nossa parte em apoiar a família mais próxima, independentemente da vontade pessoal de ter filhos, a maternidade seria exercida com mais equilíbrio. Se os meninos brincassem de bonecas e vassouras e soubessem que quem suja limpa e quem respira é capaz de cuidar, mulheres não teriam de ser gestoras e operárias da família. Mas ninguém faz a sua parte e a mulherada se vê solitária, acreditando que ser polvo é um dom divino. Abraça o cansaço como prova de amor, porque ele precisa ganhar um sentido para ser menos doloroso. Chora com a campanha que mostra a rotina da mãe que adormece no sofá. O que nos faz exaustas é a falta de apoio, não o amor aos nossos filhos. Amá-los é uma experiência linda, prejudicada pela sobrecarga. Não glamourizem o que deveria envergonhar a sociedade inteira.
Tenho fé de que, no futuro, as homenagens do Dia das Mães reflitam uma maternidade real justa e bem amparada. E que ser mãe e estar exausta não sejam sinônimos.
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Fundador do Orkut prepara relançamento da rede social
O Orkut, a famosa rede social do Google dos anos 2000, voltou a ser um dos assuntos mais comentados no X na última segunda-feira (12), após usuários brasileiros começarem a relembrar como as comunidades dentro do site, que funcionavam como fóruns de discussão, conseguiam unir as pessoas.
Naquela época, algumas comunidades eram apenas para boas piadas de duplo sentido, enquanto outras movimentavam milhões de usuários. Entre as mais populares estavam “Eu Odeio Acordar Cedo”, com 6.106.958 membros, e “Eu amo minha MÃE!”, com 4.571.629 integrantes.
“Na era do Orkut, as pessoas eram unidas por interesses comuns. Se eu criasse uma comunidade chamada ‘Eu odeio calça saruel’, ninguém que gostasse de calça saruel iria perturbar, porque estaria ocupado na comunidade ‘Eu amo calça saruel’. A gente podia amar e odiar coisas em paz”, escreveu um usuário no X. A postagem alcançou 2 milhões de visualizações e gerou centenas de comentários.
“Muitos de nós desejam que algo como o Orkut volte. As pessoas lembram das comunidades que construíram e do espírito autêntico que existia. Nunca houve um momento melhor para trazer essa experiência autêntica de volta, já que as redes sociais atuais se transformaram em plataformas de mídia social. Em vez de conectar pessoas e criar comunidades, elas se voltaram para o marketing, corporações e influenciadores. Como todo mundo, adoraria que o Orkut voltasse logo.” O fundador não quis revelar a data exata para o retorno, apenas que está sendo planejado para breve. O site oficial do Orkut, extinto em 2014, foi reativado em 2022 com uma mensagem em inglês e português indicando que algo novo estava em desenvolvimento.
O anúncio, na época, foi feito dois dias após Elon Musk fechar um acordo para comprar o antigo Twitter por US$ 44 bilhões. A compra dividiu as opiniões online, e muitos passaram a pedir a volta do Orkut. “Se você pensar no ‘orkut.com’, era tudo sobre unir as pessoas, e eu sei que o que nos une é o que temos em comum. No Orkut, todos tiveram conversas maravilhosas sobre o que amavam, compartilharam risadas e se divertiram muito”, comentou.
“Se você observar as redes sociais de hoje, como Facebook e Instagram, verá que elas são muito diferentes. Elas priorizam o lucro em detrimento da segurança e lucram com a negatividade e a raiva, porque emoções negativas mantêm as pessoas engajadas por mais tempo, o que significa mais visualizações de anúncios e maior lucro para essas empresas, que também coletam e vendem dados. As redes sociais se tornaram muito tóxicas”, criticou.
O engenheiro destacou que a criação do Orkut tinha o objetivo de formar comunidades e unir pessoas. Na época, a rede social conquistou 300 milhões de usuários em todo o mundo.
“É por isso que todos se lembram do Orkut como um lugar onde encontraram seus melhores amigos, conseguiram o emprego dos sonhos, se apaixonaram, se casaram e formaram famílias. Acredito que podemos trazer de volta esse engajamento autêntico e genuíno. A chave é usar a tecnologia, como IA e aprendizado de máquina, para otimizar os algoritmos e reintroduzir essa autenticidade e conexão à sociedade através das redes sociais”, afirmou.
“Estou reunindo toda a experiência que tive com Orkut e Hello para lançar uma nova rede social, onde pretendo trazer toda a positividade e todas as experiências adquiridas ao longo desses anos. Se pensarmos no conteúdo que é criado hoje, ele realmente não agrega valor. Adolescentes estão passando de três a sete horas no TikTok, mas o que realizam ao final? Nada. Eles não fazem novos amigos, não criam novas conexões, e acabam deprimidos e solitários.”
Fonte: G1
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