O invisível fundamental - Portal Plural
Connect with us

Artigos

O invisível fundamental

Publicado

em


  • FAST AÇAÍ
  • Academia Persona

Prof. Dra. Isabel Cristina Brigo Ludtke
Orientadora Educacional – UNINTER Polo Santa Rosa

Todas as pessoas em algum momento de suas vidas pensam no futuro. Têm desejos, sonhos, tecem planos. E isto em todos os aspectos, sejam pessoais e/ou profissionais. Outros somente valorizam o presente, não valorizam o passado, pensam no agora. Padre Antonio Vieira (1718) já escrevia que “O tempo, como o mundo, tem dois hemisférios: um superior e visível, que é o passado, outro inferior e invisível, que é o futuro. No meio de um e outro hemisfério ficam os horizontes do tempo, que são estes instantes do presente que imos vivendo, onde o passado se termina e o futuro começa.” Em meio a esta reflexão coloca-se a educação e a valorização do ser humano.

A educação desde seu surgimento passou por diversas transformações, buscando-se um modelo escolar. Acredita-se ter três momentos de educação. O primeiro o regresso a formas de educação familiar, dando a responsabilidade educativa primordial dos pais até à necessidade de preservar os valores de uma determinada comunidade, assegurando a presença de todos e a construção de uma identidade partilhada. O segundo coloca a educação como bem privado, mas insiste sobretudo nas vantagens do mercado da educação e na promoção de lógicas de competição entre as escolas. O terceiro alicerça-se na importância das novas tecnologias. Projetam-se formas totalmente distintas de ensino, que tornam dispensáveis as escolas tradicionais e que promovem a individualização do ensino. A educação pode acontecer em qualquer lugar e a qualquer hora, tendo como referência professores reais ou virtuais. Alguns autores já afirmam ser a tecnologia a chave para a educação do futuro e que as escolas, tal como as conhecemos deixarão de existir.

Em meio a todas estas colocações e à realidade vivida pela sociedade, é necessário refletir sobre o papel do aluno e do professor na educação. Tinha-se uma educação totalmente presencial, com recursos físicos, e contato direto entre aluno e professor. Este que, ao chegar ao ambiente escolar, repassava suas informações e experiências e o aluno as absorvia dentro de suas condições de aprendizagem. Com o passar do tempo, precisou-se de uma educação voltada mais para o mercado de trabalho e a competitividade começou a tomar forma. Mas o papel do aluno e do professor não sofreu tanta alteração assim. Somou-se a ela um aluno investigativo e competitivo e um professor mais intelectual, que já tivesse conhecimento das inovações tecnológicas. Mas que ainda detinha conhecimento das aprendizagens sobre si mesmo.

Neste momento, tem-se uma educação voltada a outra realidade. Uma realidade onde as pessoas não conseguem mais demonstrar sua afetividade fisicamente, precisam estar afastadas, constroem conhecimentos e colocam-se em momentos de insegurança se estão no caminho certo ou não. E o professor não detém mais o controle das aprendizagens. Estão aí as aulas remotas, on-line com situações que se apresentam com professores conversando com avatares, heróis de histórias em quadrinho, muito pouco com seus alunos. Famílias enfrentando dificuldades em se manter no mercado de trabalho e buscando novas alternativas de sobrevivência, pedindo socorro sobre formas de manterem seus filhos em práticas escolares. E filhos entre quatro paredes e um aparelho eletrônico. Esta é a realidade da educação atual.

Há sim um planejamento, se quer sim oportunizar desenvolvimento intelectual, uma melhoria nos índices de educação, busca-se, sim, um futuro. Mas este futuro somente será possível na medida em que forem resgatados os recursos educacionais eficazes trabalhados no passado, e as propostas experenciadas no presente. Digo experenciadas sem medo de cometer equívocos, pois é exatamente o que está acontecendo: trocas de experiências sobre práticas na educação de diversas regiões e com diversas realidades. Refutam-se aquelas que não servem para casos específicos e agarram-se aquelas que podem contribuir para a coletividade.

Mas qual é o papel do aluno e do professor? Do aluno é tentar se manter conectado a maior parte do tempo possível, fazendo relações entre as ciências, trabalhando a abstração, questionando colegas e professores. Ao professor cabe a atualização, busca por novas metodologias e práticas que possam atrair a atenção do aluno, o cuidado para não perder o foco das aprendizagens mediadas com a afetividade, visto muitas vezes apenas o professor ser a pessoa com quem o aluno conversa ou tem contato por algumas horas. Este contato passou a ser pelo WhatsApp, e-mail, aulas remotas e a qualquer hora do dia. O professor, muitas vezes, tem que conhecer tudo e saber mediar diversas situações. Ele passa a ser além de professor, o socorrista, aquele que tira o aluno da dificuldade, seja pessoal ou não, em qualquer momento.

Todavia, aos olhos de alguns o professor não tem mais precisão. Algumas pessoas chegam a dizer que o professor deixará de ser preciso. Algumas famílias até dizem “meu filho consegue aprender sozinho… isto ele aprende na internet…” esquecem que seus filhos não são somente alunos, são pessoas que necessitam de ser escutadas. E este papel também é do professor. O aluno precisa ser olhado e escutado. E alguém tem que fazer isto, levando em conta que as famílias estão tendo outras práticas para sobreviverem frente a tantas dificuldades. O professor é o invisível necessário. Coloco invisível, pois alguns alunos buscam vídeos-aulas ao invés de buscar no seu professor respostas. Não que esse recurso seja desnecessário. Ele deve ser usado como reforço ao que foi construído. Também há famílias que optam por realizar o trabalho do professor, esquecendo que cada instituição deve fazer o seu papel. A família cabe a construção de valores morais e éticos e à escola, a construção de conhecimentos científicos. Ninguém po
derá ocupar o lugar de ninguém, deve existir uma convivência harmoniosa entre ambos, deve haver uma adição de ações. Ninguém dever ser invisível ou sem importância. Arwin Appadurai (2006, p. 37) menciona que a escola é, justamente, uma das instituições onde esta partilha pode ter lugar, de forma prudente e seletiva, construindo, assim, uma base sólida e evolutiva para a construção de práticas de vida em comum.

Por fim, há duas questões fundamentais a resolver. Em primeiro lugar, assegurar que todos os alunos adquiram uma base comum de conhecimentos; assim como promover diferentes vias de escolaridade, percursos adaptados às inclinações e aos projetos de cada um. Outrossim, é preciso que as crianças e os jovens, sobretudo aqueles que vêm de meios desfavorecidos, reencontrem um sentido para a escola. E, para que a aprendizagem tenha lugar, a escola terá de cumprir, escusado será dizer, algumas missões sociais e assistenciais.

Hoje, é necessário mobilizar, com o mesmo vigor, novas energias na criação de ambientes educativos inovadores, de espaços de aprendizagem que estejam à altura dos desafios da contemporaneidade. O pensamento contemporâneo sobre educação tem de ir além do já conhecido e alimentar-se de um pensamento utópico, que se exprima “pela capacidade não só de pensar o futuro no presente, mas também de organizar o presente de maneira que permita actuar sobre esse futuro”. (Furter, 1970, p. 7)

Referências:
APPADURAI, Arwin (2006): “The Risks of Dialogue”, in New Stakes for Intercultural Dialogue. París: UNESCO, pp. 33-37.
FURTER, Pierre (1970): Educação e reflexão. Petrópolis-Río de Janeiro: Vozes (3.ª ed.).
VIEIRA, P. António (1982): História do futuro. Lisboa: Imprenta Nacional (1.ª ed., 1718)

Compartilhe
Clique para comentar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Artigos

Site de apostas seguro oferece bônus atraente a novos clientes

Publicado

em


  • Academia Persona
  • FAST AÇAÍ

Ao iniciar nas apostas esportivas o mais importante é escolher um site de apostas que vá ser seu “parceiro”, que você sabe que pode contar com ele, que não terá problemas com ele depois. Um site que oferece várias vantagens, bônus e seja confiável. Um apostador pode passar muitas horas logado no site, investindo dinheiro e é imprescindível que essa casa de apostas esportivas seja segura, e que possa ser um caminho para o apostador conquistar os seus objetivos. E cabe ao indivíduo fazer uma avaliação séria de qual ou quais sites escolher criar sua conta e começar a jogar. Já que todo dia surgem novos sites de apostas oferecendo bônus atraentes, é importante o apostador começar em alguma confiável, com referência no mercado

Por isso, vamos trazer aqui bônus e informações de uma casa de apostas de muita relevância que está trazendo para novos clientes e clientes atuais. A Rivalo Brasil é um site de apostas, que já está no mercado há mais de 7 anos. É uma das grandes casas de apostas esportivas presentes no país. Tem sede no Curaçao, já que no Brasil só é permitido sites de apostas operarem contando que tenham sede no exterior. E tem sido escolhida tanto por apostadores recreativos como por profissionais por ser um site confiável, de grande alcance e que tem criado tradição no meio das apostas esportivas.

Bônus e vantagens da Rivalo

A Rivalo não está oferecendo aquele bônus habitual de boas-vindas para novos clientes (mas em breve deve voltar, acreditamos que 2023 seja de surpresas boas). Entretanto, em contrapartida do bônus Rivalo, há diversas vantagens e promoções, que têm sido parte fundamental para sua ótima reputação.

Os sites de apostas costumam ter alguns pontos fundamentais, que trazem novos clientes, como inovações, diferenciais e vantagens de eficiência. Vamos trazer aqui as vantagens da Rivalo.

  • Para se começar a apostar é necessário fazer um depósito mínimo de R$25,00, por PIX ou transferência bancária. Por outros métodos, como via Pay4Fun por exemplo, o mínimo é de apenas R$18,00. E essa diversidade de métodos para depositar e sacas é uma vantagem bem importante.
  • Saques diretamente na conta, por diversos meios disponíveis.
  • Com o site recentemente reformulado, com layout novo, ficou muito mais simples a navegação, fácil de encontrar as apostas e rápido.
  • Aplicativo ‘Rivalo Mobile”. Facilitando muito para o apostador poder jogar de qualquer lugar em qualquer momento.
  • Especialmente depois da reformulação do site, a Rivalo melhorou muito as odds (cotações) oferecidas, sendo bem competitiva e vantajosa para se apostar. Além disso, aumentou os mercados disponíveis, com diversos esportes, com destaque para os mais populares.
  • Oferece odds (cotações) aumentadas em apostas múltiplas, quanto mais seleções maior a porcentagem de aumento. Chamado de ‘Combi Boost’ na Rivalo.
  • Cassino online. Com muitas opções, o Cassino Rivalo oferece as melhores opções do mercado, e quanto mais jogar, mais rodadas e bônus grátis ganha.

Para abrir uma conta na Rivalo é muito simples e rápido, basta informar alguns dados pessoais principais. Depois, é só depositar e começar a entrar no mundo das apostas esportivas. Também é possível escolher em qual moeda se quer apostar no site. Os lucros podem ser sacados imediatamente, sem necessidade de turnover (volume de aposta necessário para sacar), isso vale tanto em bônus e freebets (apostas grátis) dados pelo site.

Compartilhe
[mailpoet_form id="1"]
Continue Lendo

Artigos

Apostas esportivas devem crescer exponencialmente em 2023

Publicado

em


  • FAST AÇAÍ
  • Academia Persona

Já há algum tempo o assunto “apostas esportivas” está na boca do povo, e você já deve ter notado que esse é um tema cada vez mais comentado nas rodas de conversa entre os amantes do esporte e especialmente do futebol, aqui no Brasil. Mesmo não sendo algo tão novo, isso é algo que teve um ‘boom’ recente no país, com boa parte da população já tendo feito algum investimento nos sites de apostas esportivas, já que ainda não é permitido as casas de apostas esportivas físicas.

Podem existir diversos objetivos para a pessoa sentir vontade de criar uma conta online e começar a jogar. Mas, o principal é com a esperança de conseguir lucrar. E num país em que o futebol é paixão nacional, isso move todas as esferas que envolvem o esporte. Uma dessas esferas é a aposta esportiva, que também tem o papel fundamental de entretenimento. Você ter a possibilidade de apostar a favor do seu time, por exemplo, é algo incrível, e que até algum tempo isso não era possível no Brasil, sem os sites de apostas. É um meio que tem se popularizado, ainda mais num país com grande parte da população sofrendo com desigualdade, e não conseguindo viver de forma digna. Ter o sonho de lucrar com uma paixão e quem sabe ter um mês de renda extra é uma experiência incrível.

Não é à toa o crescimento das apostas esportivas tem sido grande no mundo todo. Não só com os esportes reais, mas também em Cassino e jogos online. Cada vez fica mais fácil e rápido para jogar. Tanto depósitos como saques, também tem sido facilitados. Como o século 21 pede. Agilidade, facilidade e segurança. E é algo que as melhores casas de apostas 2023 têm dado cada vez mais ao usuário. Outro ponto é a grande concorrência, que exige que uma maior qualidade desses sites, se especializando no mercado local, e oferecendo benefícios melhores. Todos têm a ganhar com isso.

E o mercado brasileiro de apostas esportivas é imenso. Ainda não se viu onde pode chegar, só se sabe que é um potencial incrível, e que pode ainda aumentar também, ainda mais dependendo de uma melhora da economia do país. São mais de 200 milhões de habitantes, e grande parte são apaixonados por algum esporte, e até com a cultura de apostar, seja na loteria, cassinos, jogo do bicho, e outros meios. De acordo com o BNL Data, site especializado no mercado lotérico e de apostas, foram mais de R$7 bilhões movimentados no ano de 2020 (primeiro ano de pandemia) nos inúmeros sites de apostas esportivas com permissão no Brasil. Existe uma estimativa de que em 2023, esse mercado gire em torno de R$12 bilhões. Um crescimento de mais de 70% em apenas 3 anos, caso se confirme essa estimativa. Isso caracteriza um crescimento exponencial, e não é apenas no mercado brasileiro que isso acontece.

Já segundo pesquisas da Grand View Research, empresa multinacional especialista em pesquisas de mercados específicos,       a estimativa é que o mercado de apostas esportivas deve valer cerca de 63,5 bilhões de dólares até o fim de 2022. E uma previsão de longo prazo, para até 2030, é que esse mercado deve equivaler a cerca de 153,6 bilhões de dólares em todo mundo. Um crescimento de cerca de 141% em 8 anos. Que representa algo extraordinário, sendo um dos maiores mercados que cresce nessa proporção, mesmo com cenários de pandemia, guerras e crises econômicas.

Conforme a globalização chega para mais pessoas, mais fácil fica para acompanhar qualquer evento onde e quando quiser. A internet ainda vai avançar mais. Por exemplo, antigamente as pessoas só conseguiam assistir um evento caso algum canal de televisão transmitisse, e antes disso dependia exclusivamente do rádio. Hoje em dia, grande parte da população tem acesso a internet, e praticamente pode escolher o que assistir. Imagina a quantidade de esportes que as gerações passadas não tiveram a oportunidade de conhecer. Hoje em dia, pelo menos para a maioria, a diversidade de esportes que se pode conhecer é infinito. O mundo ficou maior e mais próximo. Mesmo assim, a internet ainda não é de acesso de todos, e a tendência é que um dia seja, aumentando portanto, a capacidade também de ter ainda mais apostadores esportivos. A tendência é que tudo o que cerca os esportes cresça, especialmente no que há de mais popular.

Compartilhe
[mailpoet_form id="1"]
Continue Lendo

Artigos

Agroindústria de Santa Rosa é incluída no Programa Estadual de Agroindústria Familiar

Publicado

em


  • Academia Persona
  • FAST AÇAÍ

A Apicultura Grings avançou mais um passo importante para sua formalização e consolidação no município de Santa Rosa e região. Nesta segunda-feira (07/12), o apicultor Ivamar Grings recebeu das mãos do médico veterinário do Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar, Guilherme Dahmer, e do extensionista do Escritório Regional, médico veterinário Jorge João Lunardi, o certificado de inclusão no Programa Estadual de Agroindústria Familiar (Peaf-RS). Isso significa que o empreendimento atende aos requisitos ambientais, sanitários e tributários para seu financiamento.

Diante da demanda local por um produto de qualidade e formal, o apicultor buscou orientações técnicas da Emater/RS-Ascar e desde o ano passado o empreendimento avançou para sua consolidação. Também contou com o apoio do Sistema de Inspeção Municipal (SIM) e da Secretaria Municipal de Agricultura, conquistando o Alvará Sanitário em novembro de 2021. A inclusão no Peaf-RS é passo fundamental para obter o Susaf-RS, sendo que a intenção do produtor é poder comercializar em todo o Estado.

A conquista foi a realização de um sonho, inspirado na vocação de sua família e para o qual buscou capacitação. Com o empreendimento legalizado, fornece mel e extrato de própolis a consumidores finais, assim como presta serviços de extração a outros apicultores. Atualmente a capacidade de produção dos apiários está em aproximadamente 3 mil kg/ano, com estimativa de ultrapassar os 5 mil quilos em dois anos. Já a agroindústria dispõe capacidade para processamento de 4 mil quilos mensais e, pensando no aproveitamento total de sua capacidade se dispõe a executar a colheita e processamento do mel de outros apicultores, que por falta de tempo e/ou equipamentos, queiram realizar a parceria.

Compartilhe
[mailpoet_form id="1"]
Continue Lendo

Compartilhe

[DISPLAY_ULTIMATE_SOCIAL_ICONS]

Trending

×

Entre em contato

×