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O fenômeno Nike Air Jordan, o tênis que revolucionou o marketing esportivo

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Nunca um par de tênis deu tanto o que falar. Assim que foi lançado, em 1984, o Nike Air Jordan bateu recorde de vendas, desencadeou um fenômeno cultural e ainda revolucionou o marketing esportivo.

 

Sua campanha representou o primeiro sucesso estrondoso entre uma marca e um atleta, ao casar um produto que simbolizava audácia, inovação e alta performance com Michael Jordan, o maior jogador de basquete da história.

As estratégias usadas para fazer do calçado um objeto do desejo, capaz de levar uma multidão a fazer filas nas lojas esportivas, são desvendadas no documentário One Man and His Shoes, do britânico Yemi Bamiro.

O filme é uma das atrações do BFI London Film Festival, que será encerrado no domingo, 18 de outubro, na capital londrina. Por enquanto, só há data de lançamento nos cinemas e no iTunes na Inglaterra, a partir de 23 de outubro. Ainda não há previsão de estreia no Brasil.

A proposta do documentário é resgatar a trajetória do Air Jordan, um dos calçados esportivos mais lucrativos de todos os tempos. No prazo de um ano apenas (de maio de 2018 a maio de 2019), a Nike faturou US$ 3,14 bilhões com a venda do tênis, que já soma 34 modelos.

“Inicialmente, pensei em fazer um filme sobre os colecionadores do tênis, espalhados por todo o mundo”, disse o diretor Bamiro, de sua casa em Londres, durante evento online, que teve cobertura do NeoFeed. “Mas logo percebi que a melhor abordagem para o Air Jordan seria a de um estudo de marketing.”

O marketing esportivo realmente nunca mais foi o mesmo depois da associação da Nike com Jordan, que recebe estimados US$ 168 milhões anuais pela marca. “Essa colaboração possivelmente serviu de alicerce para tudo o que vemos hoje em termos de campanhas com atletas endossando produtos. Foi uma espécie de cartilha”, afirmou Bamiro.

 

 

A Nike, que estava em dificuldade na época, trabalhando apenas com tênis de corrida, buscava um jogador de basquete jovem que pudesse emprestar o seu nome a uma nova linha de tênis de cano alto, em cores.

Até então, o mais comum era fechar acordo com um time completo, com todos os jogadores passando a usar o mesmo calçado. Só a tentativa de levantar a marca em torno de um único atleta já foi uma ousada jogada de marketing da Nike, que também arriscou na escolha de Jordan para a campanha.

Por um lado, por ser raro naquele período ver um garoto-propaganda negro, para recomendar o produto que fosse. Por outro, o fato de Jordan ter sido contratado quando ainda era um jogador universitário da Carolina do Norte, o que vinha ao encontro da estratégia da Nike de selecionar alguém com quem o público adolescente pudesse se identificar.

Um dos entrevistados no filme, Sonny Vaccaro, um ex-executivo da Nike, foi quem apostou que Jordan seria o futuro astro do basquete. Embora o sonho do atleta fosse fechar um contrato com a Adidas, ele aceitou a proposta da Nike, que criou especialmente para o jogador um modelo arrojado.

O protótipo do Air Jordan levava as cores vermelho, branco e preto, a trinca do Chicago Bulls, time em que o atleta se consagrou. O “air” se referia ao jogo aéreo de Jordan nas quadras, sempre dando a impressão de voar com a bola nas mãos.

“A primeira vez que Jordan usou o tênis na quadra de basquete, um bando de garotos começou um alvoroço, apontando para os seus pés”, lembrou Phil Knight, cofundador da Nike, em seu depoimento no filme.

Em pouco tempo, o tênis foi banido pela NBA, a associação nacional de basquete nos EUA, que aceitava só tênis branco na quadra. E o impacto da proibição não poderia ter sido melhor para a campanha. Até porque a Nike e Jordan não cumpriram a ordem, passando a arcar com a multa de US$ 5 mil por jogo.

“Do dia para noite, era o tênis que todos queriam. O calçado começou a ser vendido nas esquinas por centenas de dólares. Na primeira vez em que contatamos a rede Footlocker, a maior varejista nos EUA, eles só quiseram 5 mil pares para todas as suas lojas. No prazo de uma semana, eles ligaram pedindo 150 mil pares”, contou Knight, no filme.

Ao ser considerado “anti-establishment”, o calçado ganhou uma aura “cool”, tornando-se um catalisador para o culto ao tênis. Elevado ao patamar de item da cultura pop, o Air Jordan ainda ajudou a chacoalhar a imagem do negro na sociedade americana. Jordan se projetava como um vencedor, passando a inspirar toda uma geração de jovens negros.

A escolha de Spike Lee para, mais tarde, dirigir os comerciais de TV do Air Jordan foi outra jogada de mestre da Nike. O cineasta negro se projetava na época com “Faça a Coisa Certa” (1989). No filme que encorajava os negros a darem um basta na opressão e submissão, rompendo assim a barreira da cor, o próprio Lee aparecia usando o tênis marca registrada de Jordan.

“Foi um caso caro, em que todo o marketing do Air Jordan estava conectado com aspectos culturais da sociedade americana naquele período, envolvendo questões políticas e de raça”, contou Bamiro, que também é negro.

Para o diretor, de 37 anos, One Man and His Shoes ainda é um exemplo do “nosso caso de amor com o consumismo”, sobretudo no modo como respondemos ao desejo que as campanhas conseguem despertar.

“Isso ficou ainda mais evidente com Jordan, que era um Deus do basquete. Ninguém mais no mundo conseguia repetir o que ele fazia na quadra. Como era impossível reproduzir a sua habilidade nas quadras, pelo menos o consumidor poderia ter o mesmo tênis”, disse, rindo.

 

 

 

Neofeed

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Federação Gaúcha de Futebol define o árbitro para o clássico Gre-Nal deste sábado

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A FGF (Federação Gaúcha de Futebol) definiu, na quinta-feira (6), o árbitro para o Gre-Nal que acontece neste sábado (8), às 21h, na Arena, pelo Gauchão.

Rafael Klein, escolhido como o melhor árbitro do Campeonato Brasileiro de 2024, será o comandante da arbitragem e fará a sua estreia no clássico gaúcho.

Na última temporada, ele foi o responsável por apitar o segundo jogo da final do Campeonato Gaúcho, quando o Grêmio venceu o Juventude por 3 a 1.

Arbitragem

– Árbitro: Rafael Klein (FIFA)

– Assistente 1: Rafael da Silva Alves (FIFA)

– Assistente 2: Maíra Mastella Moreira (FIFA)

– Quarto Arbitro: Francisco Soares Dias

– VAR: Daniel Nobre Bins (FIFA)

 

Fonte: O Sul.

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Grêmio e Inter fecham com novo patrocinador master

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O Grêmio e o Inter acertaram com a casa de apostas Alfa.bet como novo patrocinador master de ambas as equipes. A assinatura do acordo ainda não foi realizado, mas a estreia do patrocínio nos uniformes deve acontecer já neste sábado (08), no clássico Gre-Nal 444.

A casa de apostas irá pagar cerca de R$50 milhões anuais para cada clube, com um período de contrato de três anos. Porém, os ganhos podem aumentar os valores, já que há metas que podem ser alcançadas, como engajamento e metas desportivas.

O Banrisul, antes patrocinador master de ambos os clubes, passará ocupar um espaço nas costas do uniforme. O Tricolor já encerrou seu contrato com o Esportes da Sorte, antiga parceria do clube. Já o Colorado, era parceiro do Estrela Bet.

O Gre-Nal 444 acontecerá na Arena do Grêmio, neste sábado, às 21h.

 

Fonte: O Sul.

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Ovacionado pela torcida na Vila Belmiro, Neymar reestreia no Santos

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Após quase 12 anos fora do Santos, o atacante Neymar reestreou pelo clube na noite dessa quarta-feira (5), em partida contra o Botafogo de Ribeirão Preto, pela sétima rodada do Campeonato Paulista. Ele entrou no intervalo, foi ovacionado por mais de 15 mil torcedores do Peixe na Vila Belmiro, sofreu faltas e demonstrou falta de ritmo, sem conseguir reverter o placar de 1 a 1.

Mais importante que a própria partida, a presença do atleta – no dia de seu 33º aniversário – criou comemorações maiores que gritos de gol ainda antes do apito inicial. Quando o camisa 10 entrou para o aquecimento, a Vila Belmiro foi ao delírio.

A segunda vibração também veio antes do começo do jogo. Entre os reservas, o nome do atacante foi o último mencionado na escalação pelo sistema de som do estádio. Luzes apagadas, lanternas de celulares acesas. Neymar apareceu no telão da Vila Belmiro, novamente como jogador do Santos.

Do banco, ele ouviu torcedores reclamares dos erros do time em campo. Realmente, a bola não chegava aos novos companheiros do atacante, como Tiquinho Soares, Guilherme e Soteldo. Pelo contrário, quem buscou mais ações nos minutos iniciais era o Botafogo.

Neymar provavelmente gritou, junto da torcida, um “uh”, quando Rincón deu o primeiro chute do Santos. A bola subiu demais. Pouco depois, Guilherme cobrou falta no canto, mas João Carlos salvou.

Convidado indigesto, o Botafogo não queria que Neymar comemorasse um gol na estreia. Os zagueiros e o goleiro do time de Ribeirão Preto faziam cera a cada tiro de meta. O empate, para eles, já era uma boa lembrança da festa.

A expectativa era de que Neymar jogasse 30 minutos. Aos 34 do primeiro tempo, porém, a torcida já pediu pela sua entrada. Seria um bom momento, já que Matheus Candançan revisou um lance e apontou pênalti para o Santos.

Mas não era ainda o momento de Neymar. Os torcedores pediram também que Tiquinho Soares cobrasse. O novo o camisa 9 atendeu, com seu primeiro gol pelo Santos. Aos 44 minutos, o jogo parou para atendimento médico. O torcedor aproveitou para cantar, mais uma vez, “Parabéns a Você” para Neymar, que faz 33 anos.

 

Reestreia

A volta do intervalo foi mais um gol, mesmo que o placar ainda estivesse 1 a 0. Neymar, sem colete, surgiu na saída do túnel. A camisa 10, oficialmente, passou a ter um novo dono. Junto dela, o jogador recebeu a faixa de capitão das mãos de Diego Pituca.

O primeiro toque na bola foi no campo de defesa, pelo lado esquerdo. Não importava. Era motivo o suficiente para que os santistas comemorassem.

Quem também pareceu não se importar com as condições da partida foi o zagueiro Alisson Cassiano. Ele chegou duro em Neymar na intermediária. A falta rendeu ameaças vindas da arquibancada. O próprio camisa 10 cobrou, mascado e na barreira. Foi aplaudido.

Em tentativa de contra-ataque do Botafogo, Neymar exibiu seu físico. Deu um pique para recompor. Até mesmo a corrida era acompanhada por gritos de “Vamos, Neymar!”.

O Botafogo continuou a se defender no segundo tempo. Agora, porém, com outra postura ao ter Neymar em campo. Como foi em toda carreira até aqui, o jogador foi alvo de faltas duras. Algumas bolas paradas rendiam cobrança do próprio camisa 10, mas nenhum teve sucesso.

Aos 13 minutos do segundo tempo, Alexandre Jesus recebeu livre e tocou na saída de Brazão. O travessão advogou pelo dia de Neymar e salvou o Santos do empate.

Do outro lado, Neymar fez um feito raro: levar a torcida ao delírio mesmo sem marcar gol. Ele limpou três marcadores e bateu de canhota. João Carlos precisou se esticar. Diferente do Neymar do Al-Hilal, este se sentia em casa.

Somente alegria, contudo, não era suficiente. O Botafogo reagiu e, em um dos poucos ataques, conseguiu escanteio. Na bola aérea, Alexandre Jesus azedou o clima da Vila Belmiro. A comemoração foi a mesma que Neymar costuma fazer, com as mãos ao lado do rosto.

O camisa 10 mostrou ímpeto e esforço para buscar a vitória. Em lances que podia arriscar chutes, preferiu passes. Mas não estava dando certo. Em novo ataque, ele mesmo cavou falta e expulsão de Wallison – foi o terceiro cartão do Botafogo no jogo desde que Neymar havia entrado. Na cobrança, bola na barreira.

Ele ia para cima dos marcadores. Criava chances mal aproveitadas pelos colegas. Chegou a cair em uma dividia dentro da área. O árbitro não viu pênalti.

Aos 30 minutos, Tiquinho agiu como pivô e encostou para Neymar. Ele bateu, mas a bola foi por cima. Na sequência, com um jogador a mais, o Santos sofria para conseguir finalizar e buscar o resultado. Neymar ainda precisa melhorar e poder jogar mais tempo, além de aprimorar o entrosamento. Ele recebeu dentro da área e teve a chance de marcar, mas o chute saiu prensado.

 

Fonte: O Sul.

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