Ciência
Novo remédio contra HIV mostra 100% de eficácia e pode revolucionar controle da doença
Um novo medicamento contra o HIV demonstrou eficácia total na prevenção do vírus em mulheres cisgênero africanas. Esta medicação, que é injetável, requer apenas duas aplicações semestrais.
O estudo clínico Purpose 1, que testou esta nova droga, foi realizado na África do Sul e em Uganda. Os resultados não apenas confirmam a eficácia do medicamento, mas também sua segurança, mostrando um potencial significativo para reduzir drasticamente as novas infecções pelo HIV. Este vírus pode levar à Aids, uma doença que matou 30 milhões de pessoas no mundo nos últimos 40 anos.
O novo medicamento, chamado lenacapavir, atua de maneira diferente dos métodos tradicionais de profilaxia pré-exposição (PrEP). Ele é um inibidor de fusão da cápside, interferindo diretamente na estrutura protetiva do HIV e impedindo a replicação do vírus no corpo humano.
Os resultados preliminares mostraram que o lenacapavir impediu a infecção por HIV em todas as 2.134 mulheres que receberam o tratamento, alcançando 100% de eficácia.
Uma única dose do novo medicamento foi comparada à administração oral diária de Descovy ou Truvada em mais de 5.300 mulheres cisgênero (cuja identidade de gênero corresponde ao sexo atribuído no nascimento) de 16 a 25 anos na África do Sul e Uganda.
Nos grupos que receberam Truvada e Descovy, foram registrados, respectivamente, 16 e 39 casos de infecção por HIV. Nenhum caso foi registrado no grupo do lenacapavir.
Se aprovado, o lenacapavir tem potencial para “aumentar a adesão e a persistência da profilaxia pré-exposição (PrEP)”, segundo os cientistas.
“Embora saibamos que as opções tradicionais de prevenção do HIV são altamente eficazes quando tomadas conforme prescrito, o lenacapavir pode ajudar a lidar com o estigma e a discriminação que algumas pessoas enfrentam ao tomar ou armazenar pílulas orais de [profilaxia pré-exposição], bem como potencialmente ajudar a aumentar a adesão e a persistência da medicação, dado seu cronograma de dosagem semestral,” diz Linda-Gail Bekker, Diretora do Desmond Tutu HIV Center, em comunicado.
Em pacientes HIV-negativos, os medicamentos de profilaxia pré-exposição (PrEP) – como Descovy ou Truvada – podem reduzir em cerca de 99% o risco de contrair o vírus. Nos resultados dos ensaios clínicos de Fase 3 do lenacapavir, a eficácia foi de 100%.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e reguladores de diversos países acompanham de perto essas pesquisas, que podem definir novas diretrizes e recomendações.
As investigações sobre o lenacapavir continuam com o estudo Purpose 2, que inclui um grupo maior de voluntários participantes.
A avaliação deve verificar a eficácia em homens cisgênero, homens trans, mulheres trans e indivíduos não-binários que mantêm relações sexuais com homens cis.
Os resultados desse estudo ampliado são aguardados com grande expectativa e podem ampliar ainda mais o uso do lenacapavir em diferentes populações e comunidades.
Até o início de 2025, espera-se a divulgação dos resultados dessa nova etapa de ensaio clínico.
A Aids, provocada pelo vírus HIV, foi descoberta na década de 1980 e, infelizmente, matou cerca de 33 milhões de pessoas no mundo inteiro nas últimas quatro décadas.
Até hoje, não existe uma vacina para a doença devido à alta capacidade de mutação do HIV, muito maior do que a do vírus da Covid e da influenza.
Nos últimos dez anos, o Brasil registrou uma queda de 25,5% no coeficiente de mortalidade por Aids, segundo o Ministério da Saúde.
A taxa caiu de 5,5 para 4,1 óbitos por 100 mil habitantes.
Em 2022, o Ministério da Saúde registrou 10.994 mortes tendo HIV/Aids como causa básica, 8,5% a menos que os 12.019 óbitos registrados em 2012.
Fonte: Só notícia boa
Ciência
Cientista brasileiro embarca em missão espacial para investigar tratamentos para autismo e Alzheimer
O professor Alysson Muotri, que lidera o laboratório Muotri Lab na Universidade da Califórnia, em San Diego, nos Estados Unidos, participará de uma missão espacial com a NASA entre o final de 2025 e o início de 2026. A missão visa investigar a progressão de doenças neurológicas e buscar tratamentos – ou até a cura – para os casos mais graves de transtorno do espectro autista e Alzheimer. Analisando os efeitos da microgravidade no cérebro humano, ele e mais quatro cientistas serão os primeiros pesquisadores brasileiros a viajar para o espaço. Ainda não foram definidos outros nomes para a expedição.
A equipe embarcará no foguete Falcon 9 da SpaceX rumo à Estação Espacial Internacional (ISS), levando organoides cerebrais como ferramentas de estudo. Conhecidos como “minicérebros”, esses organoides são pequenas estruturas com neurônios criadas a partir de células-tronco de indivíduos vivos, que reproduzem aspectos do funcionamento cerebral. Os cientistas levarão organoides derivados de pacientes com Doença de Alzheimer e autismo, principalmente daqueles que necessitam de acompanhamento constante e correm risco de vida.
Esta não é a primeira vez que o laboratório envia organoides ao espaço. Desde 2019, realizam missões espaciais, mas sem a presença de cientistas. Os “minicérebros” viajam em caixas automatizadas, que são conectadas a tomadas para funcionar durante um período determinado pelos pesquisadores.
Então, por que as respostas para a cura e tratamentos do autismo e Alzheimer podem estar na microgravidade? Segundo Muotri, ao levarem os organoides para o espaço, seria como se os cientistas viajassem no tempo. “O aceleramento do desenvolvimento ou envelhecimento dos organoides cerebrais permite que estudemos o que acontece em outras etapas da vida da pessoa”, explicou ele. Na Terra, precisariam esperar muitos anos para, por exemplo, verificar como surge e se desenvolve a Doença de Alzheimer, que costuma aparecer na velhice.
No espaço, como os organoides envelhecem mais rápido do que na Terra, conseguem acelerar os processos para prever como o cérebro humano se comportará em diferentes estágios da doença ou transtorno. A partir daí, realizam testes em busca de tratamentos – e até da cura – dessas condições neurológicas. “Eu poderia cultivar o organoide por 80 anos? Poderia, mas não estarei mais aqui quando ele estiver maduro o suficiente para eu estudar o Alzheimer”, destacou o cientista.
A missão espacial contará, pela primeira vez, com interferência humana. Para isso, testarão fármacos ou bioativos derivados da floresta amazônica, que serão manualmente inseridos nos “minicérebros” durante a viagem, para testá-los como agentes de proteção contra o Alzheimer. “Precisamos colocar, em cada um desses organoides, o equivalente a um microlitro do volume de uma das drogas da Amazônia”, explicou ele.
Fonte: CNN Brasil
[mailpoet_form id="1"]Ciência
Pesquisador gaúcho coordenará a maior expedição científica latino-americana à Antártica
Ciência
Estudo sugere explicação científica para milagres bíblicos de Jesus
- Clima/Tempo5 anos atrás
Frio e gelo pode atingir o Brasil já em abril
- Uncategorized5 anos atrás
Isadora Heinrich é localizada viva em cativeiro
- Destaque5 anos atrás
94 empresas já anunciam fechamento em Santa Rosa
- Uncategorized5 anos atrás
Grave acidente na RS 344 em Santa Rosa
- Destaque5 anos atrás
Paciente com suspeita de coronavirus em Santa Rosa
- Destaque5 anos atrás
Atenção para não ser multado na Argentina
- Uncategorized5 anos atrás
Corpo de homem é encontrado sem vida
- Uncategorized5 anos atrás
Moradora acorda com gritos de mulher que fazia sexo e aciona a BM