Geral
‘Não temos como voltar’: o impacto das enchentes sobre os quilombos do RS

As enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul desde o final de abril devastaram diversas comunidades quilombolas, deixando muitas famílias desabrigadas e sem recursos básicos. “Não temos como voltar, não temos estrutura”, lamenta Vanderlei Silva, presidente do Quilombo Unidos do Lajeado, onde todas as 30 famílias foram forçadas a sair devido às chuvas. “É choro e lágrima. Não temos nada.”
Segundo o Ministério da Igualdade Racial, mais de 20 dos 147 quilombos do estado e mais de 2,5 mil dos 17,6 mil quilombolas foram severamente afetados. O número de afetados é ainda maior quando se consideram as perdas nas áreas de plantio e locais de trabalho, além do isolamento devido à obstrução de vias.
No Quilombo Unidos do Lajeado, 14 casas foram destruídas, interrompendo também as visitas e a venda de artesanatos, fontes importantes de renda para a comunidade. Desde as enchentes, a vila tem contado com doações de alimentos da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), do governo federal. “Sofremos esse impacto ambiental na comunidade e perdemos tudo”, afirma Silva.
A comunidade, formada por descendentes do escravizado Vô Teobaldo, está dividida entre os municípios de Lajeado e Cruzeiro do Sul, ambos banhados pelo Rio Taquari, que transbordou e devastou as áreas ao longo de seu curso.
A Vila do Sabugueiro, onde vivem 40 famílias quilombolas, também foi duramente atingida. “Ficamos 18 dias mais isolados”, relata Damaris Oliveira Azevedo, presidente da comunidade, explicando que os acessos à cidade ficaram comprometidos, obrigando os moradores a percorrer grandes distâncias para obter suprimentos.
O filho de Damaris, Erick Oliveira da Rosa, de 19 anos, perdeu sua casa e teve que morar de favor na casa do patrão. “Além da casa, perdi gatos e galinhas que criava”, conta Erick.
A maioria dos moradores da Vila do Sabugueiro trabalha em lavouras na região, mas muitos foram demitidos devido às perdas sofridas pelos patrões nas enchentes. Dependendo agora de doações, os moradores recebem ajuda da Central Única das Favelas (Cufa) e do Conselho de Desenvolvimento e Participação da Comunidade Negra do Rio Grande do Sul (Codene).
Luis Rogério Machado, conhecido como Jamaica, líder do Quilombo dos Machado, estima que 100 das 260 famílias da comunidade tiveram que abandonar suas casas devido às enchentes. “A comunidade organizou uma força-tarefa para apoiar os moradores do quilombo e dos bairros vizinhos”, diz Jamaica.
No Quilombo do Areal, em Porto Alegre, apenas seis dos 200 moradores não deixaram suas casas, por morarem em imóveis de vários andares. “Os moradores tiveram que procurar casas de parentes, amigos e abrigos em bairros seguros”, explica Fabiane Xavier, uma das lideranças do quilombo.
A esperança é que, apesar do medo de novas inundações, todos possam retornar, perpetuando o território para as futuras gerações. “É o lugar onde a gente nasceu, onde a gente viveu, onde a minha bisavó morou, minha avó morou, minha mãe morou, eu moro e meus filhos moram”, declara Fabiane, destacando a importância do retorno para a comunidade quilombola.
Fonte: G1
Geral
FAB abate avião venezuelano que entrou clandestinamente no espaço aéreo do Brasil

A Força Aérea Brasileira (FAB) abateu um avião venezuelano suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas. A aeronave entrou ilegalmente no espaço aéreo brasileiro na manhã de terça-feira (11) e desobedeceu às ordens de pouso forçado.
Após a interceptação com tiros, o avião caiu em uma área de floresta nas proximidades de Manaus (AM). De acordo com a corporação, a medida é utilizada como último recuso, após a aeronave descumprir todos os procedimentos estabelecidos e continuar o voo ilícito.
Dois homens que pilotavam a aeronave foram encontrados mortos. Durante a operação, realizada em conjunto com a Polícia Federal (PF), os agentes localizaram um carregamento de drogas dentro do avião, cuja quantidade ainda está sendo avaliada.
Segundo a FAB, a aeronave não tinha identificação e foi detectada invadindo o espaço aéreo brasileiro. Diante disso, foram iniciadas “medidas de averiguação” para identificar sua procedência. Os procedimentos adotados seguem o Decreto nº 5.144, de 2004, que regulamenta a chamada “Lei do Abate”.
Os militares ordenaram que o avião alterasse a rota e pousasse em um aeródromo na região amazônica. Como não houve resposta, tiros de aviso foram disparados. Após a continuidade do voo irregular, a FAB classificou a aeronave como “hostil” e aplicou o Tiro de Detenção (TDE), recurso extremo utilizado para impedir a continuidade do voo ilícito.
“Não atendendo aos procedimentos coercitivos descritos no Decreto nº 5.144, a aeronave foi classificada como hostil e, dessa forma, submetida ao Tiro de Detenção (TDE), que consiste no disparo de tiros, com a finalidade de impedir a continuidade do voo. Essa medida é utilizada como último recurso, após a aeronave interceptada descumprir todos os procedimentos estabelecidos e forçar a continuidade do voo ilícito”, informou a FAB.
Fonte: G1.
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