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Mutirão Infância Digna remete 847 inquéritos policiais referentes a crimes sexuais

Ações realizadas desde março em todo o Estado agilizaram a conclusão de investigações que envolvem cerca de 1,2 mil vítimas

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Na manhã desta terça-feira (18/5), Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescente, a Divisão Especial da Criança e do Adolescente (Deca) da Polícia Civil divulgou o balanço de ações desenvolvidas, desde o mês de março, por 16 Delegacias de Proteção à Criança e Adolescente (DPCAs) a fim de intensificar o combate a delitos contra esse público. No período, o Mutirão Infância Digna, focado na conclusão de investigações referentes a crimes sexuais, resultou na remessa de 847 inquéritos policiais ao Judiciário, envolvendo 1,2 mil vítimas.

A data criada para reforçar o alerta para proteção da infância e contra abusos foi determinada oficialmente pela Lei 9.970/2000, em memória à menina Araceli Crespo, que aos oito anos de idade foi sequestrada, violentada e assassinada em 18 de maio de 1973, em Vitória (ES). O Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual de Crianças e Adolescentes incentiva que, em todo o Brasil, sejam realizadas ações que visem alertar toda a sociedade sobre a necessidade da prevenção à violência sexual.

Nesse sentido, o Mutirão Infância Digna intensificou nos últimos dois meses uma série de diligências para concluir investigações de crimes sexuais contra crianças e adolescentes no Rio Grande do Sul. Agentes e delegados de 16 DPCAs em 14 municípios – três delas em Porto Alegre – ampliaram os esforços para cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão, de forma a direcionar para o Poder Judiciário os inquéritos para responsabilização dos autores de abusos.

A maioria dos crimes apurados eram de estupro de vulnerável. O resultado foi divulgado em coletiva de imprensa, no auditório do Palácio da Polícia, na capital. Participaram o subchefe de Polícia, delegado Fábio Mota Lopes, a diretora do Departamento de Proteção a Grupos Vulneráveis (DPGV), delegada Caroline Bamberg, a diretora do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM), delegada Adriana Regina da Costa, e a diretora da Deca, delegada Eliana Parahyba Lopes.

Paralelamente a essa ação, desde o início de maio as DPCAs tem realizado ações da Operação Infância Segura, que consiste na apuração e verificação das denúncias que chegam ao conhecimento da Polícia Civil, seja por meio do Disque 100, do Disque-Denúncia 181 ou pelo WhatsApp (51) 98444-0606, da PC. Até o momento, a Operação Infância Segura já atuou na apuração de aproximadamente 203 denúncias.

Para incentivar o relato à Polícia Civil de suspeitas de abuso e outras denúncias, além de ressaltar a importância da vigilância preventiva contra esse tipo de delito, a Deca também lançou nesta terça-feira a campanha “Conta que eu te escuto”. O objetivo é alertar a sociedade sobre a temática, reforçando a necessidade de pais e mães ouvirem seus filhos e dar credibilidade aos relatos das crianças e adolescentes.

A campanha destaca orientações para que adultos estejam atentos a mudanças bruscas de comportamento dos menores, que na maioria dos casos estão assustados ou envergonhados demais para contar o que sofreram. É importante observar alterações súbitas de humor ou personalidade que indiquem baixa autoestima, agressividade, choro, angústia e cansaço persistentes.

“Temos dois propósitos principais com a campanha. Primeiro, estimular as denúncias de qualquer tipo de suspeita à rede de proteção. É muito importante não se omitir. Enfrentamos a problemática da subnotificação e, infelizmente, esse tipo de abusador não para sozinho. Quando a criança cresce, ele troca de vítima e só vai cessar o cometimento de crimes quando for parado pela polícia. Outro ponto importante, expresso no próprio nome da campanha, é incentivar os pais a acompanharem mais de perto a rotina de seus filhos. Dialoguem, participem, saibam com quem eles se relacionam e estejam atentos para perceber os sinais que, muitas vezes, as vítimas não são capazes de verbalizar”, afirma a diretora da Deca.

As peças da campanha estão publicadas nas redes sociais da Polícia Civil e da SSP.

Diariamente, crianças e adolescentes são expostos as mais variadas formas de violência em diversos ambientes que frequentam e, dessa forma, a família, a sociedade e o poder público devem se envolver na discussão e nas atividades propostas em relação à prevenção ao abuso e à exploração sexual. A campanha “Conta que eu te escuto” destaca como fundamental que pais e familiares fomentem com as crianças a abertura de diálogo e confiança para elas relatarem qualquer situação em que se sintam incomodadas.

A ação também incentiva a orientar sobre o direito de recusar carinhos, mesmo que partam de familiares, e a dizer não quando alguém tentar obrigá-las a fazer o que não querem. A clareza nessas orientações desempenha papel preventivo fundamental, principalmente entre as crianças, que muitas vezes ainda não têm a percepção do que é o abuso sexual.

No Rio Grande do Sul, conforme dados do Observatório Estadual da Segurança Pública, os registros de estupro de vítimas menores de 14 anos reduziram 14,2% em 2020, em relação ao ano anterior, de 2.786 ocorrências para 2.386 – ainda em nível muito elevado desse tipo de delito. Na comparação entre janeiro e abril deste ano com o mesmo período de 2020, os números também apontam redução, de 832 ocorrências para 752 (-9,6%).

No cenário nacional, os dados sobre tema são alarmantes. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2020, com compilação de dados do ano anterior, registra a ocorrência de 66.123 estupros no país – o que equivale a um caso a cada oito minutos. O levantamento apontou que 70,5% dos casos são de estupros de vulnerável, ou seja, crimes que envolvem vítimas menores de 14 anos ou pessoas que não possam oferecer resistência ao ato.

O documento, publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública com dados coletados junto aos Estados, destaca ainda que em 84,1% dos casos o autor era conhecido da vítima. Isso sugere um grave contexto de violência intrafamiliar, no qual crianças e adolescentes são vitimados por parentes ou pessoas de confiança da família, muitas vezes agressores com quem elas tinham algum vínculo afetivo.

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As 10 infrações de trânsito mais comuns no Brasil. Veja a pontuação e os valores

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Conheça as 10 infrações de trânsito mais comuns, os valores das multas e a pontuação que vai ser apontada na carteira de motorista. Conhecer as infrações de trânsito mais comuns é fundamental para evitar multas e manter a segurança nas ruas. Dirija com responsabilidade e contribua para um trânsito mais seguro para todos.

As 10 infrações de trânsito mais comuns

1. Excesso de velocidade:

  • Multa: R$ 130,16 a R$ 880,41 (varia de acordo com a gravidade da infração).
  • Pontos: 4 a 7 pontos.
  • Consequências: Maior risco de acidentes, suspensão da carteira de motorista e até mesmo prisão.

2. Dirigir sem cinto de segurança:

  • Multa: R$ 195,23.
  • Pontos: 5 pontos.
  • Consequências: Risco de graves lesões em caso de acidente, multa e pontuação na carteira.

3. Usar o celular ao volante:

  • Multa: R$ 146,73.
  • Pontos: 4 pontos.
  • Consequências: Perda de atenção, risco de acidentes, multa e pontuação na carteira.

4. Parar em local proibido:

  • Multa: R$ 195,23.
  • Pontos: 5 pontos.
  • Consequências: Transtornos para outros motoristas e pedestres, multa e pontuação na carteira.

5. Estacionar em local proibido:

  • Multa: R$ 195,23 a R$ 293,47 (varia de acordo com a gravidade da infração).
  • Pontos: 5 a 7 pontos.
  • Consequências: Transtornos para outros motoristas e pedestres, multa e reboque do veículo.

6. Trafegar na faixa de pedestres:

  • Multa: R$ 195,23.
  • Pontos: 7 pontos.
  • Consequências: Risco de atropelamento, multa e pontuação na carteira.

7. Ultrapassagem proibida:

  • Multa: R$ 195,23 a R$ 880,41 (varia de acordo com a gravidade da infração).
  • Pontos: 5 a 7 pontos.
  • Consequências: Maior risco de acidentes, multa e suspensão da carteira de motorista.

8. Avançar o sinal vermelho:

  • Multa: R$ 293,47.
  • Pontos: 7 pontos.
  • Consequências: Risco de acidentes graves, multa e suspensão da carteira de motorista.

9. Dirigir sob influência de álcool:

  • Multa: R$ 2.934,70.
  • Pontos: 7 pontos.
  • Consequências: Perda de controle do veículo, risco de acidentes graves, multa, suspensão da carteira de motorista e até mesmo prisão.

10. Licenciamento vencido:

  • Multa: R$ 293,47.
  • Pontos: 7 pontos.
  • Consequências: Apreensão do veículo, multa e pontuação na carteira.

Dicas para evitar multas:

  • Respeite as leis de trânsito.
  • Fique atento à sinalização.
  • Mantenha o veículo em boas condições.
  • Dirija com atenção e prudência.
  • Faça cursos de atualização de trânsito.

 

Fonte: Portal Leouve

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Novo golpe usa QR Code do Pix e código de barras de boletos para roubar vítimas

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A empresa de segurança digital Kaspersky identificou recentemente um novo golpe que tem se espalhado no Brasil com foco nos pagamentos usando o Pix e o boleto bancário. A novidade desenvolvida por golpistas permite que o roubo ocorra sem o uso de vírus para invadir computadores e celulares, exigindo mais atenção de possíveis vítimas.

Em um comunicado exclusivo compartilhado com a EXAME, a Kaspersky explica que os criminosos atualizaram uma ferramenta já existente no mercado, a Reboleto, e agora conseguem usá-la para aplicar o golpe. Com o recurso, é possível editar QR Codes usados para pagamentos no Pix e os códigos de barra de boletos bancários.

As alterações mudam os destinatários dos pagamentos, sem precisar usar qualquer tipo de vírus. Os valores são, então, enviados para contas de laranjas. Para a Kaspersky, o golpe “destaca a versatilidade dos criadores de fraudes do país” e exige um cuidado redobrado das pessoas, com destaque para a verificação das informações do destinatário de pagamentos.

A edição ocorre nos arquivos de contas enviadas por e-mails para os alvos dos golpistas, que costumam focar em especial em contas enviadas por empresas, como de luz ou de telefonia.  “O que torna o Reboleto um golpe muito perigoso é que a edição fraudulenta do boleto acontece diretamente na caixa de e-mail da vítima – portanto todas as dicas de ter atenção ao remetente e erros de ortografia não ajudarão a identificar o golpe”, comenta Fabio Assolini, chefe de equipe de analistas de segurança da Kaspersky.

“O único momento para evitá-lo é no momento de pagar a conta, pois é possível perceber a alteração no nome do destinatário, seja após a leitura do código de barra ou via o QRCode do PIX”, destaca. Um dos principais empecilhos para o golpe é que os criminosos só conseguem editar os QR Codes e códigos de barra quando obtêm acesso aos e-mails das vítimas.

Assolini explica que a ferramenta “uma função de validação de e-mails, no qual os criminosos sobem um banco de dados com diversas credenciais, que serão testadas de maneira automática. Em um painel, eles podem verificar todas as contas que eles tiveram acesso autorizado e assim o golpe se inicia”.

“A ferramenta fará automaticamente o monitoramento dos e-mails com anexos, que serão exibidos no painel de controle. A ferramenta busca e-mails que contenham no campo ‘Assunto’ as palavras ‘boleto’, ‘pix’, ‘segue anexo o boleto’, ‘duplicata’, ‘segunda via’, entre outras. O criminoso precisa, a partir daí, abrir a mensagem e realizar a edição da fatura, podendo inclusive acessar e alterar os e-mails ainda não lidos pela vítima”, afirma.

Segundo a Kaspersky, o golpe tem afetado tanto pessoas quanto empresas, mas os negócios têm ganhado mais espaço como vítimas. O motivo é que a edição é feita manualmente, o que exige mais esforço dos criminosos. Por isso, o foco está em golpes mais lucrativos, como os que atingem empresas.

Como forma de evitar o golpe, a Kaspersky recomenda que as pessoas tenham cuidado ao realizar pagamentos e sempre verifiquem as informações do destinatário. No caso do débito automático, é possível verificar os dados cadastrados pelos aplicativos de bancos. É importante, ainda, ficar atento a vazamentos de dados após ataques hackers, já que eles podem conter informações que facilitam o acesso ao e-mail e a realização do golpe.

 

Fonte: Exame.

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Curiosidades

Artista Venezuelano faz mural com tampas de garrafas

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Foto: Divulgação/Autos Sustentável
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O artista venezuelano Oscar Olivares (@olivarescfc), de 27 anos, juntou-se à organizações ambientais locais para criar um impressionante mural ecológico feito inteiramente de tampas de garrafas reutilizadas.
Foram 2 meses e meio de trabalho para colocar mais de 200.000 tampas plásticas descartadas na parede de uma pequena praça, a Plaza Escalona, no município de El
Hatillo, Caracas. O mural mede 45 metros de comprimento, com 3,5 metros de altura no ponto mais curto e 7,25 metros no ponto mais alto.
O resultado final é uma composição maravilhosamente colorida de araras em seu habitat natural.

Além dos pássaros majestosos, o mural inclui girassóis, montanhas do Parque Nacional El Ávila e dois prédios afundando nos prados verdes sob um céu estrelado, além de outros pequenos elementos. O mural revitalizou a praça que antes era abandonada, transformando-a em ponto turístico e trazendo um sopro de ar fresco para as comunidades que vivem na área.
O objetivo da obra de arte é reforçar a consciência ambiental em um momento em que a crise econômica levou as pessoas a usarem os espaços públicos verdes como depósitos de lixo.

Fonte:boredpanda

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