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Municípios atingidos pela chuva no norte e noroeste do RS estimam prejuízo milionário na agricultura

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A maior tragédia climática do Rio Grande do Sul também afeta uma das principais fontes de renda do estado: o campo. Os prejuízos em vários setores do agronegócio ainda são contabilizados, mas já se sabe que, até mesmo nas regiões onde não houve alagamentos, o excesso de umidade abre espaço para prejuízos.

Ainda que a colheita já estivesse na fase final antes do início das chuvas, a soja também é afetada. Com 78% da área cultivada colhida no estado, a Emater realiza um levantamento das perdas da principal cultura do RS, como explica o diretor técnico Claudinei Baldissera.

— Além da soja e do milho, que está com 85% da área cultivada colhida, temos um cenário que, nas próximas semanas, através de levantamentos que já estão sendo efetuados, serão divulgados os danos causados a agropecuária gaúcha — afirmou.

Nessa safra, o município de Jóia, no noroeste gaúcho, plantou uma área de mais de 80 mil hectares de soja, segundo a Emater/RS. Porém, cerca de 10% desse total ainda não havia sido colhido antes do excesso de chuva que atingiu o Estado na última semana. Nas lavouras, o acumulado passou de 380 milímetros e trouxe perdas significativas.

No início desta semana, com o tempo firme, as máquinas puderam entrar nas lavouras e colher o que restou da cultura: grãos avariados, murchos, sem a casca e, muitos deles, apodrecidos.

— Esse é o cenário que estamos vendo aí hoje: muitas perdas, grãos avariados… Está tendo muito desconto na hora da entrega, cerca de 40% na média. (A soja) Está rendendo cerca de 30 sacas por hectare, por ter pegado a chuva, mais os descontos na hora da entrega que gira em torno de 40%. A gente estima R$ 50 milhões de prejuízo — disse o extensionista da Emater Danísio Tremea.

Na propriedade do Alessandro Pascoal, são cultivados 720 hectares com soja. A produtividade média que antes era de 55 sacas por hectare, agora não chega a 30.

— Nós viemos de dois anos terríveis de seca, mas era diferente. Assim a gente se iludiu, viu a produção, estava bonito, investiu o máximo que pôde, e agora estamos tomando uma rasteira. O que pretendíamos ter de lucro, agora vamos empatar porque muitas das nossas áreas são arrendadas — conta o agricultor.

 

Perdas em hortifrútis

Em Erechim, no norte do RS, conforme a Emater/RS, a chuva provocou a perda de cerca de 20 toneladas na produção de hortaliças. O agricultor Avelino Luiz Pieniak fez um levantamento prévio das perdas na propriedade.

— Jogando por baixo, perdemos em torno de R$ 30 mil. Além disso, não são só os produtos: a gente perdeu estufas que o vento levou, esmagou, levou terra embora, é bastante estrago por causa da chuva — disse.

O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Joel da Silva, afirmou que, mesmo sem levantamento, os produtores vão precisar de incentivos dos governos para retomarem as atividades.

— A situação é tão caótica que nós não conseguimos nem ir a campo pra saber a dimensão. Em muitas regiões, a água ainda está por cima das propriedades. Mas, na medida que a água vai baixando, estamos vendo o tamanho das perdas para toda a sociedade e principalmente os agricultores, que perderam o leite, o hortifrúti, os suínos… Vamos precisar de muito recurso para os produtores recomeçarem de novo — pontuou.

 

Fonte: Gaúcha ZH.
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Rio Grande do Sul sedia a primeira colheita mecanizada de erva-mate do Brasil

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portal plural nos últimos dias, o rio grande do sul foi palco da primeira colheita mecanizada de erva mate do brasil. o evento ocorreu em uma propriedade no interior de espumoso, município locali
Foto: Divulgação/ Emater
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Nos últimos dias, o Rio Grande do Sul foi palco da primeira colheita mecanizada de erva-mate do Brasil. O evento ocorreu em uma propriedade no interior de Espumoso, município localizado na região Norte do estado, durante um dia de campo organizado pela Ervais do Futuro, em parceria com a Emater.

 Na região do Alto Taquari, onde se concentra a maior parte da produção gaúcha, o terreno acidentado dificulta a mecanização. Além disso, o alto custo da tecnologia é um obstáculo, especialmente para os agricultores familiares, que constituem a maioria dos produtores de erva-mate no estado.

A propriedade Ervais do Futuro conseguiu mecanizar a colheita graças ao terreno relativamente plano e à importação de uma máquina da Argentina. Agora, a empresa busca outras expansões, como a instalação de uma planta industrial na propriedade rural.

Fonte: GZH

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Agro

Exportações do agronegócio do Rio Grande do Sul atingem US$ 4,5 bilhões no terceiro trimestre de 2024

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portal plural o evento contará com mais de 600 expositores, sendo 100 somente do agronegócio, que estarão espalhados em mais 2 mil metros quadros de estrutura
Foto: Divulgação/Portos RS
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Em meio a um cenário de queda nos preços médios dos principais produtos vendidos pelo Rio Grande do Sul, as exportações do agronegócio gaúcho somaram US$ 4,5 bilhões no terceiro trimestre de 2024, uma queda de 1,4% em relação ao mesmo período do ano passado.

Apesar do aumento registrado em segmentos como o de fumo e seus produtos (totalizando US$ 732,6 milhões; +1,2%) e de produtos florestais (totalizando US$ 334,4 milhões; +25,0%), as reduções nas vendas de carnes (totalizando US$ 586,3 milhões; -10,3%), complexo soja (totalizando US$ 2,2 bilhões; -2,3%) e cereais, farinhas e preparações (totalizando US$ 203,7 milhões; -13,9%) foram decisivas para o desempenho do período.

Os dados são do boletim Indicadores do Agronegócio do RS, divulgado nesta quinta-feira (28) pelo DEE/SPGG (Departamento de Economia e Estatística, vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão). Elaborado pelo pesquisador Sérgio Leusin Júnior, o material traz informações sobre as exportações do terceiro trimestre, o acumulado do ano e o emprego formal no campo.

O valor exportado no trimestre pelo agronegócio representou 73,1% do total vendido a outros países pelo Estado no período. Em termos absolutos, a redução no trimestre foi de US$ 65,4 milhões.

Terceiro trimestre de 2024

A queda nos preços médios no mercado internacional afetou os valores das vendas de alguns dos principais produtos gaúchos do agronegócio. No segmento de carnes, a carne de frango apresentou uma redução de 18,9% no valor exportado (total de US$ 297,74 milhões) e no complexo soja, o farelo teve queda de 22,2% (total de US$ 362,03 milhões).

Conforme o boletim, o segmento de produtos florestais apresentou um avanço devido à elevação das vendas de celulose (total de US$ 257,19 milhões), principal produto do segmento, com alta de 43,6% em relação ao mesmo período de 2023, beneficiada pelo aumento nos preços médios (+50,4%).

Em relação aos principais destinos das exportações, China (37,6%), União Europeia (13,5%), Estados Unidos (4,6%), Irã (3,5%), Vietnã (3,1%), Emirados Árabes Unidos (2,4%) e Argentina (2,2%) lideraram o ranking do período, concentrando 66,9% do total vendido a outros países pelo Rio Grande do Sul.

Acumulado do ano

Entre janeiro e setembro de 2024, as exportações do agronegócio gaúcho somaram US$ 11,1 bilhões, uma queda de 8,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior, representando uma redução absoluta de US$ 995,7 milhões.

Enquanto os segmentos de fumo (totalizando US$ 1,9 bilhão; +4,2%) e produtos florestais (US$ 1,1 bilhão; +3,9%) tiveram melhora no desempenho, as carnes (totalizando US$ 1,7 bilhão; -15,3%), complexo soja (totalizando US$ 4,1 bilhões; -6,8%), cereais, farinhas e preparações (US$ 882,9 milhões; -29,9%) e máquinas agrícolas (totalizando US$ 294,2 milhões; -32,9%) registraram quedas nas vendas.

No segmento de cereais, a redução nas vendas de trigo (-28,2%), milho (-89,9%) e arroz (-15,0%) explica o resultado, enquanto nas carnes a queda se deve ao menor comércio de carne de frango (-17,5%), carne suína (-10,4%) e carne de peru (-42,0%). Na soja, as quedas nas vendas de farelo (-22,5%) e óleo (-46,5%) impactaram os números finais.

No acumulado do ano, China (32,2%), União Europeia (13,7%) e Estados Unidos (5,5%) lideraram a lista de destinos. Apesar de manter a segunda posição no ranking, a União Europeia apresentou uma redução de 18,4% no total comprado do agronegócio do Rio Grande do Sul, movimento explicado pela menor aquisição de farelo de soja.

Fonte: O Sul

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Agro

Previsão de safra recorde de grãos é mantida no Rio Grande do Sul

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Foto: Rufino R. R/Embrapa
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O Rio Grande do Sul está a caminho de produzir o maior volume de grãos de sua história, segundo o levantamento da safra 2024/2025 divulgado nesta quinta-feira (14) pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).

A estimativa é de 38,35 milhões de toneladas, representando um aumento de 3,3% em relação ao ciclo anterior. A área plantada deve crescer 0,7%, totalizando 10,48 milhões de hectares.

Para a soja, projeta-se uma safra de 20,34 milhões de toneladas, um aumento de 3,5%. A área cultivada com soja deve aumentar para 6,84 milhões de hectares, com um acréscimo de 74,4 mil hectares, valor 1,1% superior ao da safra 2023/2024. O Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor de soja do Brasil, atrás apenas de Mato Grosso e Paraná.

A produção de arroz deve atingir 8,25 milhões de toneladas, em uma área de 988 mil hectares, com altas de 15,3% e 9,7%, respectivamente. O crescimento da área cultivada ocorre em todas as regiões produtoras, destacando-se o Sul e a Fronteira Oeste.

O volume esperado para o feijão preto e de cores é de 76 mil toneladas, um aumento de 6% em relação à safra anterior. As lavouras destinadas ao plantio chegam a 49,4 mil hectares, uma elevação de 1,9%. A semeadura do feijão preto de primeira safra já alcança 65% da área total prevista, enquanto o cultivo do feijão de cores começa em dezembro.

A produção de milho deve alcançar 4,3 milhões de toneladas, uma redução de 11,4%. A área cultivada também deve diminuir 11,7% em relação à safra anterior, chegando a 719,6 mil hectares. Entre os motivos para essa queda estão o elevado risco de perda por estiagem, o aumento da incidência de cigarrinha, que exige maior custo para o controle, e a substituição por culturas mais rentáveis.

A Conab ainda monitora a cultura do trigo da safra 2023/2024, cuja produção é estimada em 4,19 milhões de toneladas. O levantamento aponta uma queda de 10,6% na área cultivada com o cereal, totalizando 1,34 milhão de hectares, mas com boa produtividade. A falta de sementes em quantidade e qualidade e a alta suscetibilidade do trigo a perdas decorrentes de geadas e chuvas são os principais fatores para a redução de área.

A segunda estimativa da Conab para a safra nacional de grãos prevê uma produção de 322,53 milhões de toneladas no país, um aumento de 8,2% em comparação com o ciclo anterior, representando cerca de 24,6 milhões de toneladas a mais a serem colhidas.

No total, os agricultores deverão semear 81,4 milhões de hectares ao longo deste ciclo, em comparação com 79,9 milhões de hectares cultivados em 2023/2024.

Fonte: O Sul

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