Você já ouviu aquele ditado popular que diz que “se conselho fosse bom, não seria dado (de graça)”? Taí uma total inverdade. Particularmente, eu adoro conselhos. E, profissionalmente, acho os conselhos de uma sabedoria admirável – sobretudo se espontâneos, honestos e verdadeiros. Por isso, hoje eu trago conselhos. Fico torcendo para que você seja como eu, uma apreciadora das experiências alheias.
Geral
Mulheres e o mundo corporativo
Eu não tive essa mesma sorte. Quando entrei no mundo corporativo, fui obrigada a descobrir os caminhos por conta própria, sozinha. E, claro, as descobertas nem sempre foram muito agradáveis. Costumo dizer que perdi um bom tempo da minha carreira apenas entendendo os obstáculos – e pensando em formas de superá-los. Haja energia. Seria lindo se alguém tivesse aparecido na minha vida, naquele momento, compartilhando suas próprias experiências e (por que não?) me aconselhando.
Por tudo isso, resolvi te contar o que ninguém conta para mulheres-líderes, mulheres que ascendem no cenário organizacional. Quero mesmo é te poupar de algumas frustrações, dividir angústias, dores, tirar um peso de suas costas. Porque pesado já é, a gente sabe. E se pode ser mais simples, que seja. Ganhamos todas.
Em primeiro lugar, perceba que o ambiente masculino (e machista!) – esse lugar de valorização dos atributos masculinos -, tentará te moldar, de todas as formas. As pessoas ao seu redor tentarão te transformar em alguém que você não é, tudo isso para atender às expectativas de um suposto modelo de líder. Em outras palavras, o ambiente corporativo pode esperar (e cobrar!) que uma mulher-líder negra, por exemplo, use seu cabelo alisado ou preso – creiam, isso (ainda) acontece, infelizmente. O “jeito de ser” de cada uma de nós também costuma ser alvo de críticas: ela é séria demais, firme demais, delicada demais, doce demais, tem a voz fina demais. E, de repente, você se perceberá agindo como eles, falando como eles, se vestindo como eles. O resultado é: você não se reconhece mais e, por fim, se perde de si mesma. Não vale a pena, já te aviso.
Em segundo lugar, é importante que você saiba que sendo uma mulher líder, nem sempre você fará parte da turma. Você se sentirá sozinha – em um ambiente predominantemente masculino. Como entrar numa conversa masculina, durante os happy hours, por exemplo? Como buscar essa conexão com seus pares-homens, já que você não é um deles? E, talvez, ainda mais importante: se você é mãe, quem ficará com seus filhos para que você tome uma cerveja depois do trabalho, com seus colegas líderes homens – ansiosos por conversar sobre seus hobbies?
Eu já disse que você se sentirá sozinha, né?
De todos os conselhos, o que eu mais gostaria de ter recebido, na minha época: participe de grupos (de mulheres-líderes) fora da empresa em que você trabalha! Busque parcerias em espaços onde outras mulheres vivenciam questões similares às suas. Saia da solidão – ela pode te paralisar. Se possível, busque uma mentora (mulher!), capaz de orientar sua trajetória e, claro, acelerar seu crescimento profissional.
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