Milho está em plena colheita e atinge 16% da área total cultivada - Portal Plural
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Milho está em plena colheita e atinge 16% da área total cultivada

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15 topo humberto pluralNuveraFAST AÇAÍ

A cultura do milho está em plena colheita no Rio Grande do Sul. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (16/01), em algumas regiões, as primeiras áreas colhidas apresentam excelentes resultados. Já foram colhidos 16% da área total cultivada, 31% da cultura está em fase de maturação, 30% em enchimento de grãos, 11% floração e 12% em germinação e desenvolvimento vegetativo. A ausência de chuvas afeta as lavouras em estágio reprodutivo de maneira mais intensa e o plantio está impactado pela reduzida umidade do solo.

 

MILHO SILAGEM

Tem continuidade a colheita de milho silagem no Estado. A produtividade dessas primeiras áreas está muito boa de maneira geral. As lavouras em fase reprodutiva estão sendo afetadas pela estiagem, principalmente nas regiões de Bagé, Santa Rosa, Santa Maria e Ijuí. Continua também o plantio de safrinha, sem maiores restrições na região Sul.

 

SOJA

A última semana foi caracterizada por umidade relativa do ar muito baixa em grande parte do Estado. As chuvas que ocorreram foram muito desuniformes e de baixos volumes e, em algumas localidades, acentuaram-se os sintomas de déficit hídrico. O plantio da soja segue suspenso onde não choveu e, em certas lavouras, não há estande adequado de plantas. Das lavouras implantadas, 6% estão em enchimento de grãos e 30% em floração, fases que mais exigem água.

As atuais condições climáticas têm trazido preocupação para os produtores e podem causar perdas irreversíveis nas culturas de verão, principalmente na soja. Estão sendo realizadas aplicações preventivas de fungicidas contra ferrugem-asiática e de inseticidas para tripes e ácaro principalmente.

 

ARROZ

O desenvolvimento da cultura do arroz tem sido favorecido pela alta radiação solar, principalmente na fase reprodutiva dos cultivos. Segundo o Instituto Rio Grandense de Arroz (Irga), a área implantada é de 927.885 hectares de arroz irrigado. A Emater/RS-Ascar estima produtividade inicial de 8.478 kg/ha.

 

FEIJÃO 1ª SAFRA

A colheita da primeira safra de feijão evoluiu na última semana, favorecida pelo clima seco, passando de 30% da área projetada. Os rendimentos alcançados estão em 1.600 kg/ha.

 

FRUTÍCOLAS

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em São Gabriel, os pomares de noz-pecã estão em fase de formação dos frutos. Os 25 hectares plantados já estão em fase de produção comercial, mas, nesta safra, deve ocorrer quebra devido à alta incidência de antracnose, provocada pelas chuvas excessivas no inverno e na primavera, bem como pela falta de chuvas, que vem se intensificando desde dezembro, levando a necessidade de irrigações.

Os produtores de melancia do município relatam acentuada queda nos preços (de R$ 1,90/kg, praticado há poucas semanas, e, para R$ 0,70/kg na lavoura atualmente). A colheita alcança 50% de 52 hectares plantados.

Em Itaqui, os produtores de melancia estão comercializando os frutos entre R$ 15,00 e R$ 25,00/unid, evitando vendas de cargas fechadas devido à queda no preço, que se dá pelo período de safra em todas as regiões produtoras do Estado. Devido às altas temperaturas e à intensa radiação solar, os produtores estão cobrindo as frutas em desenvolvimento com papel ou palha para evitar queimaduras.

Na região de Ijuí, os frutos de melão e melancia apresentam tamanho muito superior aos obtidos nos últimos anos, além de excelente sabor. Em relação às videiras, houve melhora no desenvolvimento dos ramos vegetativos, mas baixo potencial produtivo. Nos viveiristas locais, a produção de mudas de morango está sendo ampliada, e as matrizes têm emitido um alto número de estolões.

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Agro

Santa Rosa decreta emergência devido à estiagem

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Santa Rosa entrou em situação de emergência nesta segunda-feira (17), conforme decreto que será assinado pelo prefeito Anderson Mantei. O anúncio foi feito durante uma coletiva de imprensa pela manhã, antecipando a medida oficial.

A estimativa já provocou perdas significativas no município. De acordo com um levantamento da Emater, os prejuízos na agricultura e pecuária ultrapassaram R$ 82 milhões, com uma redução de produtividade superior a 50%. Além disso, três comunidades rurais – Rincão Honório, Lajeado Ipê e Linha 13 de Maio – estão recebendo abastecimento de água por caminhões-pipa para consumo humano.

Com a decisão, Santa Rosa se juntou a outros 12 municípios da região de Amufron que já decretaram emergência devido à seca.

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Agro

Trabalhadores rurais protestam em Tuparendi por medidas de apoio ao setor

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Fotos: Geração Agro.
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Na manhã desta segunda-feira (17), trabalhadores rurais da região Noroeste se reuniram em Tuparendi para uma manifestação em defesa do setor agrícola. O movimento foi organizado por sindicatos em parceria com a Fetag/RS (Federação dos Trabalhadores na Agricultura) e ocorre em meio a mais uma frustração de safra.

Entre as demandas apresentadas estão a prorrogação por 120 dias das operações de crédito do Pronaf e Pronampe, a renovação das resoluções que reduziram a cobertura do Proagro, o enquadramento no CAR, a criação do programa “Desenrola Rural” e a liberação de recursos do BNDES para produtores que não foram contemplados em medidas anteriores.

O protesto aconteceu na área central da cidade e contou com a participação de delegações de 22 municípios da região.

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Agro

Emater/RS-Ascar acompanha impactos da restrição hídrica e calor nas culturas de verão

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O desenvolvimento da soja foi significativamente impactado pela restrição hídrica e pelas temperaturas elevadas da última semana, próximas a 40°C, que ampliaram as perdas. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (13/02), o Oeste do Estado ainda é a região mais afetada. No entanto, lavouras de todo o Rio Grande do Sul têm sido prejudicadas por essas condições climáticas.

De acordo com o diretor técnico da Emater/RS-Ascar, Claudinei Baldissera, a Instiutuição tem papel fundamental no apoio aos municípios afetados, emitindo laudos técnicos que ajudam no reconhecimento da situação de emergência e na obtenção de recursos. “Continuamos a prestar suporte às prefeituras e entidades locais para viabilizar as políticas públicas necessárias para mitigar os efeitos dessa crise hídrica”, afirma. Além dos danos na agricultura, a estiagem também impacta a pecuária e a disponibilidade de água para consumo humano.

As chuvas ocorreram de forma heterogênea na última semana e, apenas em áreas pontuais, os volumes acumulados foram significativos. Além do calor excessivo, a baixa umidade do solo também afetou diretamente as plantas em estágios reprodutivos, como floração (38% das lavouras) e formação e enchimento de grãos (49%). Outros 2% da área cultivada com soja está em maturação e 11% ainda em desenvolvimento vegetativo e enchimento de grãos.

Embora a coloração verde predomine, o potencial produtivo tende a se reduzir, uma vez que o volume de vagens e de grãos está inferior ao desejável. Em razão da variabilidade das chuvas, uma avaliação individualizada se faz necessária para mensurar as condições e as perdas em cada lavoura, até dentro de mesma localidade.

Entre os danos causados pelo estresse térmico e hídrico estão o abortamento floral, a queda prematura de vagens em estágios iniciais, desfolhação basal, o porte de plantas reduzido e a baixa emissão de ramos laterais. As cultivares precoces e as áreas semeadas entre o final de outubro e início de novembro são as mais prejudicadas. Nesses casos, as práticas de manejo foram suspensas devido ao comprometimento do potencial produtivo.

Nas áreas com umidade adequada, os tratamentos fitossanitários prosseguiram, tais como as aplicações de fungicidas e de inseticidas para controle preventivo de doenças e pragas.

 

MILHO 

Apesar das precipitações ocorridas em 5 de fevereiro, as temperaturas extremamente elevadas aceleraram a redução da umidade nas plantas e nos grãos de milho e, consequentemente, a colheita, alcançando 54% da área cultivada. As áreas colhidas, semeadas no início do período recomendado pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), mantêm produtividades elevadas. As lavouras em maturação, que representam 19% da área cultivada, já têm produtividade definida, sendo consideradas satisfatórias.

Os cultivos semeados tardiamente (7% das áreas em desenvolvimento vegetativo, 6% em floração e 14% em enchimento de grãos) estão sendo impactados pela restrição hídrica e pelas altas temperaturas. A onda de calor tem prejudicado o potencial produtivo da cultura do milho, pois seu ciclo está diretamente relacionado à soma térmica.

O aumento das temperaturas acelera o desenvolvimento fenológico, encurtando as fases de crescimento, assim como compromete a fecundação, se forem superiores a 35°C durante a polinização, afetando negativamente a produtividade. Além disso, as temperaturas noturnas elevadas reduzem o acúmulo de fotoassimilados, prejudicando o enchimento de grãos.

Após as chuvas, alguns produtores realizaram o plantio tardio, mesmo fora do período recomendado pelo Zarc. Observou-se elevação na incidência da cigarrinha-do-milho nas semeaduras realizadas em janeiro.

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