Ensino
MEC quer testar escolas pré-fabricadas para substituir colégios destruídos no Rio Grande do Sul
O governo federal pretende utilizar construções industrializadas, como as casas pré-fabricadas comuns nos Estados Unidos, em obras de escolas públicas. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) planeja iniciar um projeto-piloto com escolas no Rio Grande do Sul utilizando esse modelo.
O FNDE identificou que pelo menos 39 escolas foram completamente destruídas pelas enchentes históricas que atingiram o estado no mês passado e precisam ser reconstruídas. Diante dessa situação, autoridades locais têm questionado o governo federal sobre o tempo e o modelo de construção utilizado.
Atualmente, o FNDE não permite obras nesse formato em seus projetos de financiamento. No entanto, o órgão está agilizando os trâmites para viabilizar a possibilidade de construções industrializadas a partir de 2025. Enquanto isso, a reconstrução de algumas escolas deve ocorrer no modelo tradicional, mas o FNDE pretende habilitar o novo formato para acelerar o processo.
“Temos sido muito pressionados pelo pessoal do Rio Grande do Sul para construir de forma mais rápida. Tivemos 39 escolas destruídas. Elas precisarão ser reconstruídas do zero. Imagina começar agora e entregar daqui a quatro anos? O que faremos com essas crianças nesse meio tempo? Não faz sentido. Talvez esse seja um primeiro laboratório para desenvolver algo inovador”, afirmou ao Estadão a presidente do FNDE, Fernanda Pacobahyba.
Construções tradicionais podem levar anos, enquanto projetos industrializados podem ser concluídos em até 90 dias. Além disso, esse modelo permite que uma obra possa ser “transportada” para outro local, com uma perda mínima da estrutura construída. Contudo, essas construções tendem a ser mais caras. O FNDE ainda está levantando os custos, mas estima que possam ser cerca de 15% mais caras.
No início do mês, o FNDE realizou um encontro com especialistas no tema, em parceria com a Caixa Econômica, para começar a definir os critérios para adoção das chamadas “construções inovadoras”. Participaram pesquisadores da Universidade de Brasília, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e membros do governo.
O FNDE já identificou cerca de 20 empresas que podem oferecer esse serviço no Brasil, com base em um chamamento público feito no mês passado. O processo envolve questionar a vida útil das construções, comprovação científica de segurança contra incêndios, tipos de cobertura, revestimento, impermeabilização, entre outros aspectos. O FNDE também discutirá com autoridades locais onde serão reconstruídas as escolas destruídas, seja no modelo tradicional ou modular.
“Não é simplesmente dizer ‘vamos reconstruir’, mas sim onde. Não podemos investir recursos públicos para, em outubro, enfrentar outro evento semelhante que destrua tudo novamente”, analisa Pacobahyba.
A perspectiva do FNDE é que na próxima adesão a obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em janeiro, os municípios já possam acessar a construção rápida de escolas. O FNDE estima financiar cerca de 400 obras, a um custo de R$ 2 bilhões, que corresponde a 20% do orçamento destinado pelo PAC para essa área. O objetivo é disponibilizar pelo menos dois modelos de creche e um modelo de escola em tempo integral, que são os principais focos do PAC.
Além das necessidades do Rio Grande do Sul, o modelo de construção industrializada está sendo considerado pelo governo como uma alternativa rápida para a entrega de obras na área da educação. Neste ano, o governo federal foi criticado pelo ritmo lento de conclusão de obras retomadas.
Desde o início do mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou como prioridade a retomada de cerca de 4 mil obras paralisadas e inacabadas na área da Educação, mas o progresso em 2023 foi limitado.
O FNDE atribui parte da lentidão às decisões do Congresso, já que a Medida Provisória do Pacto Nacional pela Retomada de Obras e Serviços de Engenharia Destinados à Educação Básica caducou, forçando o governo a enviar um projeto de lei, aprovado apenas em outubro.
“A retomada efetiva começa mesmo a partir de janeiro, pois até 22 de dezembro ainda estava aberto o prazo de adesão dos estados e municípios. Hoje, já temos quase 200 obras retomadas”, afirma Pacobahyba.
No passado, a ex-presidente Dilma Rousseff foi criticada por promover a construção de creches pré-fabricadas, que foram pejorativamente chamadas de “creches de plástico”. O modelo incluía estruturas de Concreto-PVC, Compósitos-Pultrudado e Steel Frame-Placas Cimentícias.
Agora, o governo quer garantir que o processo seja acompanhado por órgãos como o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) e a academia.
“Com a urgência das creches, não podemos esperar muito para construir, pois as crianças crescem e precisam de outro tipo de escola. Então, estamos aprofundando a questão das metodologias inovadoras. O governo federal já tentou uma compra em escala, mas o mercado ainda não atende a uma demanda tão grande”, afirma a presidente do FNDE.
Um exemplo considerado pelo FNDE é o modelo utilizado na construção de uma escola de 3 mil metros quadrados em Florianópolis, Santa Catarina. Com 18 salas e um custo de R$ 17 milhões, a escola foi construída em 42 dias para atender à demanda por vagas. A prefeitura utilizou o modelo “Steel Panel”, com painéis de aço revestidos com manta termoacústica, lã de vidro, placa cimentícia e gesso. O secretário adjunto de Educação de Florianópolis, Luciano Formighieri, apresentou o projeto ao FNDE.
“Acabei de entregar uma creche no modelo tradicional que comecei com o FNDE em 2016 e ficou pronta agora. Foram oito anos de obra, com falência de uma das empresas e três diferentes construtoras envolvidas. No mesmo bairro onde entreguei essa escola”, relata Formighieri.
Ele destaca que o custo da escola foi 25% maior do que o de uma construção tradicional, um ponto que o governo está analisando ao adotar o novo modelo. O processo será feito em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU).
“Nós temos quase 4 mil obras espalhadas pelo Brasil desde 2007 que ainda não foram concluídas. Algumas com mais de dez anos. Isso nos levou a repensar nossa abordagem”, conclui Pacobahyba.
Fonte: Estadão
Ensino
Inscrições para o Sisu 2025 começam nesta sexta-feira
Começam nesta sexta-feira (17) as inscrições para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O prazo segue até 21 de janeiro. De acordo com o cronograma oficial, o resultado da chamada regular está previsto para 26 de janeiro, enquanto o período de matrículas acontece de 27 a 31 de janeiro. Já o prazo para participar da lista de espera vai de 26 a 31 de janeiro.
Gerido pelo Ministério da Educação (MEC), o sistema executa a seleção dos estudantes com base na média da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) até o limite da oferta de vagas ofertadas por instituições públicas de ensino superior, por curso e modalidade de concorrência, de acordo com a escolha dos candidatos inscritos e perfil socioeconômico.
A inscrição é gratuita e feita exclusivamente pela internet. O acesso ao sistema de inscrição é realizado com as informações de login e senha para acesso aos serviços digitais do governo federal, mediante uma conta no Gov.br. Quando o candidato realiza o login, o sistema recupera, automaticamente, as notas obtidas na edição do Enem válida para o processo seletivo.
No ato da inscrição, o candidato preenche um questionário socioeconômico do perfil para Lei de Cotas e escolhe até duas opções de curso dentre as ofertadas em cada processo seletivo do Sisu. É possível alterar as opções de curso durante todo o período de inscrições. A inscrição válida será a última registrada no sistema.
Quem não for selecionado em nenhuma das duas opções de curso indicadas no ato de inscrição ainda pode disputar uma das vagas por meio da lista de espera do Sisu.
Todos os estudantes que participaram do Enem 2024, obtiveram nota na prova de redação maior do que zero e não declararam estar na condição de treineiro podem participar do Sisu.
Fonte: Agência Brasil.
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Lula sanciona lei que proíbe celular em escolas; veja quando começa a valer
Em um evento realizado no Palácio do Planalto nesta segunda-feira (13), Lula sancionou a lei que proíbe o uso de celulares e outros equipamentos eletrônicos em sala de aula. A nova medida já vale para o ano letivo de 2025 e contempla o uso dos aparelhos apenas em situações de emergência.
O texto, que vale para escolas públicas e privadas, foi aprovado pelo Congresso em 2024 e busca reduzir a utilização dos aparelhos durante a aprendizagem. A ideia é que os estudantes ainda possam levar os dispositivos na mochila, mas a utilização destes será proibida durante as aulas, recreios, intervalos e quaisquer atividades extracurriculares.
No entanto, os professores devem liberar a utilização dos smartphones em determinadas situações, como em atividades pedagógicas e didáticas. Além disso, os dispositivos poderão ser utilizados para garantir acessibilidade, inclusão, direitos fundamentais e para atender as condições de saúde dos alunos.
Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, não há uma regra quanto ao armazenamento dos smartphones. O político diz que essas questões dependerão da infraestrutura de cada escola.
Quando começa a valer?
Com a sanção presidencial, a lei que proíbe o uso de smartphones em sala de aula já passa a valer em fevereiro, quando o ano letivo escolar começa. Orientações mais detalhadas e uma regulamentação serão desenvolvidas ainda em janeiro, mas as escolas já poderão implementar as regras propostas em fevereiro.
É importante lembrar que a lei abrange todos os níveis da educação básica, como a pré-escola, ensino fundamental e o ensino médio. Além da utilização do celular, a lei também inclui ao uso de aparelhos como tablets e relógios inteligentes.
Dentre os motivos que levaram o governo a sancionar a proposta está a relação entre o uso de celulares e o desempenho escolar. Segundo dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) em 2022, alunos que usam smartphones ou outros dispositivos digitais por mais de 5 horas diárias obtiveram resultados piores em provas do que aqueles que passam uma hora ou menos conectados.
O texto também exige que as escolas encontrem meios para tratar sobre o sofrimento psíquico e de saúde mental, além de oferecer treinamentos para detecção, prevenção e a abordagem de sinais sugestivos dessas condições.
Fonte: TecMundo.
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Notas em matemática e ciências caem, relata MEC sobre Enem
O Ministério da Educação (MEC) informou nesta segunda-feira que as notas médias das áreas de matemática e nas ciências humanas e naturais caíram nas avaliações do Enem 2024 em comparação com 2023. Os resultados médios ficaram 529 em matemática, 517 em ciências humanas e 495 nas ciências da natureza.
Na redação, cujo tema foi “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”, a pontuação média ficou em 660, um aumento de 15 pontos em comparação com 2022. A única área de conhecimento que teve pontuação positiva foi Linguagem, com uma média de 528, ou seja, 12 pontos a mais do que na última prova.
A última edição registrou 12 participantes que obtiveram nota máxima ou nota mil na redação, sendo apenas um proveniente de escola pública, em Minas Gerais. Os demais estados com nota máxima foram Alagoas, Ceará, Goiás, Maranhã, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, São Paulo e Distrito Federal.
“Lembrando que, este ano, o presidente vai lançar um prêmio de reconhecimento aos resultados da educação básica no Brasil – inclusive o resultado do Enem”, disse o ministro da Educação, Camilo Santana, durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (13).
“Realmente, nós tivemos [as áreas de] Linguagem e Redação bastante acima da média, com pontuações significativas, enquanto nas outras tivemos uma variação pequena, às vezes, até mesmo dentro da margem de erro”, afirmou Santana.
A nota média do exame, ou seja, aquela que considera todas as áreas, ficou em 546, três pontos a mais do que o registrado no exame de 2023.
Santana garantiu que o governo vai trabalhar para entender a queda nas pontuações. “Acho que o mais importante é que tivemos um aumento na média geral. Consequentemente, quando a gente considera o número de alunos que participam do Enem, a expectativa é que essa média diminua.” Para o ministro, o saldo é positivo, já que, mesmo com a aplicação do exame, a nota média aumentou.
O presidente do Inep, Manuel Palacios, afirmou que os resultados já estão sendo analisados para entender o desempenho das redes de educação. “No contexto desses estudos, os dados estão sendo esmiuçados, de modo que seja possível ver o desempenho das redes de educação e fazer projeções que permitam analisar como se desenvolveram os estudantes que concluíram a educação básica.”
Fonte: Correio do Povo – Com informações da Agência Brasil
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