Mais de cem dias após a enchente, governos federal e estadual ainda não entregaram nenhuma moradia prometida
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Mais de cem dias após a enchente, governos federal e estadual ainda não entregaram nenhuma moradia prometida

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Foto: Jurgen Mayrhofer / Secom RS

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As casas que o governo federal prometeu serão entregues em duas modalidades. A primeira é por meio de compra assistida.

Nesse modelo, mais de 5 mil imóveis já prontos para morar foram registrados na Caixa Econômica Federal. As famílias poderão escolher uma dessas residências, e a União realizará a compra no valor de até R$ 200 mil por unidade.

Por ser uma operação mais rápida, as primeiras residências que o governo federal entregará às famílias que perderam suas casas nas enchentes serão nessa modalidade.

Segundo a Secretaria Nacional de Habitação (SNH), nesta semana, 80 famílias estão sendo convocadas para iniciar o processo de escolha dos imóveis já cadastrados — serão 20 famílias de Canoas, 34 de Montenegro, 19 de Novo Hamburgo e sete de Porto Alegre.

De acordo com o governo, a organização das famílias elegíveis, por município, prioriza aquelas com maior número de membros nos seguintes critérios: crianças ou adolescentes, idosos e pessoas com deficiência. Após essa etapa, será utilizado como critério de desempate a família que se enquadrar na menor faixa de renda familiar. Inicialmente, o governo federal planejava adquirir as primeiras moradias via compra assistida para a população ainda em junho, depois em julho, e agora projeta entregar as primeiras casas em agosto.

O atraso no processo, segundo o Executivo, deve-se à demora das prefeituras em cadastrar e enviar a lista das famílias que perderam suas casas nas enchentes. Em muitos casos, as administrações municipais alegaram dificuldades técnicas e de pessoal para realizar os cadastros com maior rapidez.

— Assim que a casa for comprada, ela será transferida para o nome da família beneficiada. São imóveis novos e usados, que já estão selecionados. Para que possamos operacionalizar a compra, precisamos que as prefeituras nos enviem os cadastros — afirmou o ministro da Reconstrução, Paulo Pimenta.

Processo de cadastro e análise

A prefeitura de Porto Alegre informou, por meio de nota, que já enviou o cadastro de 278 famílias ao governo federal. Os envios estão sendo feitos em dois formatos: via Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID), da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, e também por meio de ofícios direcionados à SNH.

Para efetuar a aquisição das moradias, o governo federal anunciou, por meio da Medida Provisória 1.233/24, de 17 de junho, a integralização de R$ 2 bilhões ao Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) para a compra de até 10 mil unidades em áreas urbanas, além de R$ 180 milhões para 2 mil unidades ao custo de R$ 90 mil cada em áreas rurais.

Construção de novas moradias

A segunda modalidade de entrega de moradias pelo governo federal às famílias das faixas 1 e 2 do programa Minha Casa Minha Vida será no formato tradicional do programa, com parceria de construtoras para a construção de novas unidades habitacionais. Em 17 de julho, o ministro das Cidades, Jader Filho, anunciou 11,5 mil novas moradias no Estado.

Para acelerar a construção dessas unidades habitacionais, será pago um bônus de 5% para projetos concluídos em até 10 meses — a média regular de entrega é entre 17 e 24 meses.

Das 11,5 mil novas casas, Porto Alegre e Canoas devem receber 3 mil unidades cada. A lista de cidades contempladas inclui Novo Hamburgo (1,3 mil), Eldorado do Sul (900), São Leopoldo (800), Estrela (800), Charqueadas (600), Cruzeiro do Sul (500), Lajeado (300) e Santa Maria (300).

Inicialmente, somando as aquisições via compra assistida e a construção de novas casas, o governo federal projeta entregar cerca de 20 mil unidades habitacionais às famílias das faixas 1 e 2 do Minha Casa Minha Vida. Um levantamento em andamento pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, em parceria com a Univates, já identificou 6,4 mil casas de famílias das faixas 1 e 2 que foram destruídas ou condenadas pela enchente, mas esse número pode aumentar até a conclusão do estudo, que deve ser finalizado em até um mês.

Além dessas iniciativas, o governo federal também anunciou que irá subsidiar parte da entrada de novas casas para famílias da faixa 3 do programa (renda mensal bruta entre R$ 4,4 mil e R$ 8 mil). Além disso, a gestão estadual também anunciou iniciativas para atenuar o déficit habitacional causado pela enchente. Com recursos próprios, o Piratini construirá casas permanentes e moradias provisórias para os atingidos pela tragédia.

Ainda no final de maio, foi anunciada a modalidade “Calamidade” do programa A Casa É Sua. O investimento previsto é de R$ 56,4 milhões, e deverão ser entregues 300 casas definitivas na primeira etapa e outras 105 na sequência.

O programa prevê a construção de casas com 44 metros quadrados, divididos em dois dormitórios, sala e cozinha conjugadas, um banheiro e área de serviço externa.

De acordo com a Secretaria Estadual de Habitação, o recurso do programa já está disponível, a autorização para início das obras foi dada, e os convênios com os oito municípios da primeira etapa estão assinados desde 23 de maio. As prefeituras serão responsáveis por definir os beneficiários entre os que tiveram as casas totalmente destruídas, com prioridade para famílias em situação de vulnerabilidade social, e por indicar os terrenos para as moradias.

A preparação dos terrenos nos municípios começou em junho, e as casas poderão ser entregues em até 120 dias após os terrenos estarem prontos. Os oito municípios que receberão moradias na primeira etapa do programa são Cruzeiro do Sul (40), Encantado (30), Estrela (40), Lajeado (35), Muçum (56), Roca Sales (35), Santa Tereza (24) e Venâncio Aires (40).

A primeira entrega de novas moradias para famílias que perderam suas casas na enchente deverá ocorrer na próxima segunda-feira (19), em Encantado. Com a presença do governador Eduardo Leite, o governo estadual fará a entrega de 30 casas, que serão residências provisórias.

No total, o governo do Estado prevê um investimento de R$ 66,7 milhões para a instalação de 500 unidades habitacionais de construção modular em chassi metálico. As unidades medem 27 metros quadrados e incluem um dormitório, sala e cozinha conjugadas e um banheiro. Os módulos serão entregues com móveis feitos sob medida e eletrodomésticos (fogão e geladeira).

Na primeira etapa, além de Encantado, os municípios beneficiados serão Cruzeiro do Sul, Eldorado do Sul, Estrela, Lajeado e Triunfo. As famílias não terão um prazo máximo de permanência nos locais, e, à medida que as casas definitivas ficarem prontas, deverão se mudar.

Fonte: GZH

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Inteligência Artificial, criação de nova disciplina para escolas municipais é proposta por Carlos Nasi

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Na Sessão do dia 14/04/2025, o Vereador Carlos Alberto Marchioro Nasi (Progressistas) protocolou um Projeto de Lei para incorporar nova disciplina a grade curricular das escolas municipais de Santa Rosa, trata-se da disciplina Inteligência Artificial (I.A.).

Nasi salienta que o uso da Inteligência Artificial na formação de alunos os familiariza com tecnologias emergentes, preparando-os para um futuro no qual a habilidade de interagir com sistemas inteligentes será cada vez mais essencial.

O vereador lembra que o cenário educacional deve se manter em constante evolução. A Inteligência Artificial emerge como uma ferramenta poderosa para enriquecer a experiência de aprendizado, proporcionando benefícios significativos para alunos, educadores e instituições de ensino.

“Independentemente da profissão futura que os alunos irão escolher, a Inteligência Artificial será útil, porque estará presente em todos os setores, sendo assim essa uma experiência que irá ajudar os alunos a enxergar novas possibilidades profissionais” completa o vereador.

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Ação solidária com galetos neste sábado busca ajudar santa-rosense em tratamento pós-cirúrgico

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No dia 14 de março, Fernando Schmidt passou por uma cirurgia de grande porte. O que todos esperavam ser um processo de recuperação difícil, mas administrável, acabou se tornando um verdadeiro desafio. “Nós sabíamos que a cicatrização não seria fácil, mas não imaginávamos que chegaria a esse ponto”, conta Fernando.

No início, os curativos eram simples — apenas gases e esparadrapo. No entanto, a intensa secreção fez com que o tratamento básico não fosse suficiente. Isso resultou em uma infecção, abertura dos pontos e, em pouco tempo, Fernando estava com um corte de mais de 30 centímetros aberto na perna.

Foi então que surgiu uma nova esperança: o Tratamento por Pressão Negativa (TPN), também conhecido como curativo a vácuo. “Nos primeiros sete dias, o curativo drenava cerca de 800ml de secreção por dia. Desde então, sigo com esse tratamento, que tem ajudado muito, mesmo que de forma bem gradativa”, explica.

Esse tipo de tratamento é relativamente novo na medicina e ainda não é coberto pelo SUS, o que significa que todos os custos precisam ser pagos de forma particular. Para seguir com a recuperação, Fernando e seus amigos o estão organizando uma ação solidária.

Ação com venda de galetos será neste sábado na Vigor

Neste sábado, será realizada uma venda de galetos na Vigor com o objetivo de arrecadar fundos para o tratamento. Os cartões estão à venda no Papa Burguer, na própria Vigor, ou diretamente com Fernando, pelo WhatsApp (55 9 9222-8665) e Instagram (@schmidt_com_schmidt).

“Tenho uma turma de amigos e familiares que estão me apoiando muito. Eles têm sido essenciais nas vendas e na organização. Algumas empresas da região também estão contribuindo para que tudo aconteça da melhor forma”, agradece Fernando. “Sou muito grato por todos!”, finaliza.

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Santa Rosa amplia serviços de reabilitação auditiva e intelectual com anúncio de novo prédio do CER II

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A Prefeitura de Santa Rosa anunciou uma grande novidade para a área da saúde. Foi assinada a ordem de início da construção do novo prédio do Centro Especializado em Reabilitação Auditiva e Intelectual – CER II. Com investimento superior a R$ 5 milhões, repassados pelo Ministério da Saúde, a nova sede vai qualificar o atendimento especializado para pessoas com deficiência, beneficiando não apenas o município, mas outras seis cidades da região Noroeste.

Após uma década da implantação do CER II em Santa Rosa, o serviço referência em reabilitação auditiva e intelectual vai ganhar uma nova estrutura. O prefeito Anderson Mantei assinou a ordem de início para as obras da nova sede do centro, que será construída em uma área total de 1.430,89 m², localizada na Rua Germano Dockhorn, ao lado do CRAS de Cruzeiro, “Essa é uma obra que simboliza cuidado, respeito e investimento em quem mais precisa. É uma conquista para Santa Rosa e toda a região”, enfatizou o prefeito.

O projeto foi elaborado pela equipe de arquitetos e engenheiros da Prefeitura e prevê uma infraestrutura moderna, pensada para acolher e qualificar ainda mais os atendimentos. Serão 10 salas de consultório e 6 salas de terapias que permitirão o desenvolvimento de atividades práticas, ações em grupo e estimulação precoce. O prédio contará ainda com vestiários, sanitários com acessibilidade, fraldários, depósito, almoxarifado, copa, sala de reuniões, recepção, sala administrativa, sala de audiometria com tratamento acústico completo e um auditório com capacidade para 36 pessoas.

Um dos grandes diferenciais do novo espaço está no atendimento ao público com Transtorno do Espectro Autista (TEA). As salas destinadas a esse grupo receberão tratamento acústico especial, e as áreas de atividade prática e estimulação precoce contarão com estruturas metálicas para atividades suspensas, trabalhadas pelos profissionais de fisioterapia e terapia ocupacional. Segundo o Presidente da FUMSSAR, Délcio Stefan, a nova sede representa um avanço importante na qualidade do atendimento, “Cada profissional terá sua própria sala de atividades, o que vai permitir um cuidado mais individualizado e uma qualificação ainda maior nos serviços oferecidos aos nossos usuários”. A previsão de conclusão da obra é de 540 dias, conforme estipulado em contrato.

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